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Palácio de Buckingham

O Palácio de Buckingham é conhecido como a residência do rei e da rainha do Reino Unido, além de ser um importante centro administrativo da monarquia britânica.

Fachada do Palácio de Buckingham
O Palácio de Buckingham, em Londres, foi construído em 1703 e transformado em residência real em 1837. [1]
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O Palácio de Buckingham, localizado em Londres, é a residência do rei e da rainha consorte da monarquia britânica. Além de residência real, o palácio também serve como centro administrativo, possuindo alguns órgãos de Estado em seu interior. Anualmente, o local também abriga importantes eventos e recebe delegações estrangeiras.

Essa estrutura foi construída em 1703, sendo adquirida como bem da monarquia britânica em 1761. Em 1837, durante o reinado da rainha Vitória, foi convertida em residência real, passando por inúmeras transformações. Costuma ser aberta para visitação durante o verão, janeiro, dezembro e durante a Páscoa.

Leia também: Quem são os membros da família real britânica?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre o Palácio de Buckingham

  • O Palácio de Buckingham é a residência do rei e da rainha do Reino Unido.

  • Foi construído em 1703 e convertido em residência real em 1837.

  • Está localizado em Londres, tendo sido adquirido como posse da monarquia britânica em 1761.

  • Foi bombardeado por nove vezes durante a Segunda Guerra Mundial.

  • Estima-se que possua 77 mil metros quadrados.

Características do Palácio de Buckingham

O Palácio de Buckingham é conhecido como a residência oficial do monarca do Reino Unido, localizada em Londres. Assim, o rei Charles III e a rainha consorte Camilla residem nesse lugar. O palácio também é o centro administrativo do Reino Unido, sendo o local que recebe uma série de eventos importantes para a administração do Reino Unido.

Dentro do palácio existem cômodos dedicados à moradia do rei e da rainha consorte, mas muitos cômodos são dedicados a órgãos do Estado britânico. O Palácio de Buckingham é a residência oficial dos monarcas ingleses desde 1837, quando a rainha Vitória decidiu se mudar para lá.

Ao todo, o Palácio de Buckingham possui 775 cômodos, dos quais 19 são dedicados a assuntos do Estado, 52 são dedicados à própria família real e aos seus visitantes, 188 são usados pela equipe que trabalha no local, além de haver 92 escritórios e 78 banheiros. Ademais, há um jardim em sua área externa que é o maior jardim privado de Londres.

Vista do jardim do Palácio de Buckingham.
O jardim do Palácio de Buckingham é o maior jardim privado de Londres.

O palácio, além de ser moradia da família real e sede de assuntos do Estado, é também um local que reúne delegações estrangeiras para eventos diplomáticos. É bastante comum a realização de eventos para receber e entreter chefes de Estado que estão em visita oficial ao Reino Unido. Os eventos realizados pela família real no palácio reúnem milhares de pessoas todos os anos.

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O local também recebe turistas, embora a família real britânica limite as visitações para o verão na Inglaterra e também permita que algumas excursões no interior do palácio sejam realizadas durante os meses de dezembro, janeiro e durante a Páscoa.

O palácio foi construído no começo do século XVIII por um aristocrata britânico, sendo adquirido pela monarquia britânica no mesmo século. Ao longo do século XIX e do começo do século XX, o Palácio de Buckingham passou por algumas reformas de ampliação.

Leia também: Big Ben — a história desse famoso cartão-postal de Londres

História do Palácio de Buckingham

Durante a Idade Média, o local em que está o palácio era um feudo que ficava às margens de um córrego chamado Tyburn. O córrego foi canalizado e corre em túneis subterrâneos na atual cidade de Londres (inclusive o curso do rio passa debaixo do palácio). Esse local abrigou diversas personalidades, como o rei Eduardo, o Confessor.

No século XVI, a propriedade passou para as mãos do rei Henrique VIII, e uma série de aristocratas ingleses residiram lá. Décadas depois, o rei Jaime VI a vendeu, mas manteve a posse sobre uma área específica da localidade que compõe o atual Palácio de Buckingham. No final do século XVII, sir Hugh Audley ficou a cargo do palácio.

Ao longo do século XVII, a propriedade pertenceu a diversas pessoas até ser adquirida por John Sheffield, em 1698. Sheffield era um político e poeta inglês que decidiu, em 1703, construir uma grande residência no local, intitulando-a de Buckingham House. Ela levou esse nome porque Sheffield foi o primeiro duque de Buckingham e Normandia.

O palácio foi adquirido pela família real britânica em 1761, quando o rei Jorge III comprou a residência por cerca de 21 mil libras esterlinas. O rei Jorge III o fez com o intuito de utilizá-la como um retiro privativo de sua esposa, a rainha consorte Charlotte. As primeiras modificações no palácio começaram a ser realizadas logo em seguida.

  • Palácio de Buckingham enquanto residência real

Durante o reinado de Jorge IV, uma grande reforma foi iniciada para que o local fosse convertido oficialmente em um palácio. A obra foi finalizada durante o reinado de William IV. Em 1837, a rainha Vitória assumiu o trono britânico, e com a coroação dela o palácio foi convertido em residência real. Ela foi, portanto, a primeira monarca a residir no local.

A mudança da rainha Vitória para o palácio foi acompanhada de uma série de modificações na propriedade, pois ela foi considerada pouco luxuosa para abrigar a rainha e ainda possuía alguns problemas estruturais graves. Em 1840, a rainha casou-se com o príncipe Alberto, e a ele foi entregue a responsabilidade de reorganizar o local.

Em 1847, o palácio foi ampliado por ordem da rainha Vitória, e em 1861, a rainha abandonou o local depois que seu marido faleceu. Nessa ocasião, a rainha Vitória se mudou para o Castelo de Windsor, outra importante propriedade da família real britânica. A pressão pública fez com que a rainha retornasse para o palácio tempos depois.

Durantes os reinados de Eduardo VII e Jorge V, o local também passou por reformas na estrutura. Durante a Primeira Guerra Mundial, alguns itens foram levados para o Castelo de Windsor, mas o palácio não sofreu nenhum tipo de dano. Durante a Segunda Guerra Mundial, a história foi diferente, e a propriedade foi bombardeada nove vezes durante esse conflito.

O dano mais significativo que o palácio sofreu durante a Segunda Guerra Mundial foi a destruição da sua capela, em 1940. O local foi reconstruído durante o reinado de Elizabeth II e transformado na Galeria da Rainha, um ambiente que expõe para a população o acervo de objetos e obras de arte da Coroa inglesa.

Curiosidades sobre o Palácio de Buckingham

  • Desde 1914, pelo menos 12 pessoas conseguiram entrar no Palácio de Buckingham sem autorização.

  • A troca da guarda que acontece na frente do local é um evento que atrai milhares de turistas todos os anos.

  • Ao todo, o complexo que envolve o palácio possui cerca de 77000 m².

  • O Palácio de Buckingham tem 108 metros de comprimento e 24 metros de altura.

  • Diferentes levantamentos procuraram estimar o valor da estrutura, e os dados apontam que ela pode valer algo entre 1,5 bilhão a 7 bilhões de libras esterlinas.

  • O rei Jorge IV chegou a sugerir que o Parlamento fosse transferido para as dependências do palácio, mas a proposta foi recusada.

  • A rainha Vitória foi a primeira monarca a sair de lá para ir à Abadia de Westminster ser coroada.

Créditos da imagem

[1] HVRIS / Shutterstock

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Palácio de Buckingham"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/palacio-de-buckingham.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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