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A linha de sucessão britânica é uma lista com o nome das pessoas que são consideradas membros do trono britânico de acordo com os critérios estabelecidos em duas leis: Bill of Rights e Act of Settlement. Os sucessores do trono britânico não podem ser católicos, mas podem casar-se com católicos e devem garantir a preservação da Igreja Anglicana.
A partir de 2015, uma alteração nas regras de sucessão colocou fim à preferência masculina. A linha de sucessão britânica foi modificada em setembro de 2022, com a morte de Elizabeth II e a coroação de Charles III. Atualmente, o primeiro na linha de sucessão é o príncipe William, filho mais velho do rei inglês.
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Linha de sucessão britânica atualmente
No dia 8 de setembro de 2022, a rainha Elizabeth II faleceu, após 70 anos de reinado. Com isso, o seu filho mais velho, conhecido como Charles de Gales, foi coroado rei do Reino Unido. Assim, ele passou a ser conhecido como Charles III do Reino Unido. Isso aconteceu porque ele era, até então, o primeiro da linha de sucessão.
A partir da morte de Elizabeth II e da coroação de Charles III, a linha de sucessão britânica (destacando apenas os primeiros nomes) passou a ser a seguinte:
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Príncipe William, filho mais velho do rei Charles III
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Príncipe George, filho mais velho de William
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Princesa Charlotte, filha de William
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Príncipe Louis, filho de William
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Príncipe Harry, segundo filho do rei Charles III
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Archie Mountbatten-Windson, filho mais velho de Harry
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Lilibet Mountbatten-Windson, filha de Harry
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Príncipe Andrew, filho de Elizabeth II
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Princesa Beatrice, filha mais velha de Andrew
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Siena Mapelli Mozzi, filha mais velha de Beatrice
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Princesa Eugenie, filha de Andrew
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August Brooksbank, filho mais velho de Eugenie
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O que é a linha de sucessão britânica?
O Reino Unido é uma monarquia constitucional parlamentarista e, como tal, possui uma linha de sucessão que determina quais são as pessoas que podem assumir o trono britânico e qual a ordem delas nessa linha de sucessão. A legitimidade dessa linha de sucessão é garantida por dois documentos importantes da história inglesa.
Esses documentos são a Bill of Rights, de 1689, e o Act of Settlement, de 1701. O primeiro é conhecido por ter estabelecido a monarquia constitucional no Reino Unido, colocando limites sobre o poder dos monarcas, principalmente em relação ao Parlamento, além de estabelecer regras para a sucessão do trono.
Já o Act of Settlement foi estabelecido como forma de garantir que o trono britânico seria ocupado por uma sucessão de monarcas protestantes. Esse ato foi estabelecido porque os monarcas Maria II, Guilherme de Orange e Ana I, os últimos monarcas ingleses, não haviam conseguido estabelecer herdeiros para o trono britânico.
Assim, foi escolhido que a linha de sucessão britânica seria dos herdeiros de Sófia de Hanover, neta de James I e sobrinha de Carlos I. Esse ato ainda determinava que todos aqueles que fossem católicos seriam eliminados da linha de sucessão, garantindo apenas os protestantes como herdeiros do trono.
Além de não ser católicos, os monarcas do trono britânico devem jurar respeitar e garantir a preservação da Igreja da Inglaterra, a forma como é conhecida a Igreja Anglicana naquele país.
A partir de 2013, algumas modificações aconteceram nas regras de sucessão do trono britânico. Essas modificações ficaram conhecidas como Crown Act e colocaram fim à preferência masculina sobre a feminina na sucessão, no caso de filhos do mesmo pai. Além disso, os herdeiros na linha de sucessão poderão se casar com pessoas de fé católica sem que isso afete sua posição na sucessão.
Antes dessas modificações, filhos do sexo masculino tinham preferência em relação a filhas do sexo feminino, mesmo sendo mais novos que elas, e herdeiros na linha de sucessão que se casavam com pessoas católicas eram desqualificadas da linha de sucessão. Essas modificações entraram em vigor em março de 2015.
Outra regra importante da linha de sucessão britânica é o fato de que os seis primeiros nessa linha sucessória só podem se casar com o consentimento do monarca. Se casarem-se sem o consentimento real, são desqualificados. Além disso, os quatro primeiros da linha de sucessão com mais de 21 anos são estabelecidos como Conselheiros de Estado.
Crédito da imagem
[1] Frederic Legrand – COMEO e Shutterstock
Por Daniel Neves Silva
Professor de História