Refugiados climáticos (migrantes do clima) são pessoas forçadas a sair do local que habitam devido às consequências de fenômenos meteorológicos que afetam drasticamente a sua qualidade de vida. Esses fenômenos estão sendo intensificados com o aquecimento global e com as mudanças climáticas, fazendo com que eventos raros e extremos sejam mais recorrentes. Assim, chuvas torrenciais, secas severas, ondas de calor, ciclones tropicais e extratropicais e o aumento do nível do mar são exemplos das causas de refugiados climáticos, que migram para garantir maior segurança.
As secas no Chifre da África, principalmente na Somália, as monções de verão no Paquistão e em Bangladesh e mesmo as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024, são eventos que ocasionaram refugiados climáticos. Essas pessoas têm a sua vulnerabilidade ampliada, assim como há o aprofundamento da exclusão e das desigualdades socioeconômicas. Além da adoção de medidas de combate ao aquecimento global, o aumento da resiliência dos territórios às mudanças climáticas e a maior proteção legal são ações fundamentais para garantir a segurança dos refugiados climáticos.
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre refugiados climáticos
- 2 - O que são refugiados climáticos?
- 3 - Causas dos refugiados climáticos
- 4 - Exemplos de refugiados climáticos
- 5 - Refugiados climáticos no Brasil
- 6 - Consequências dos refugiados climáticos
- 7 - Soluções e desafios dos refugiados climáticos
- 8 - Refugiados climáticos no Enem
Resumo sobre refugiados climáticos
- Refugiados climáticos (migrantes do clima) são pessoas forçadas a sair do local onde vivem devido às consequências de fenômenos meteorológicos ou atmosféricos.
- Está relacionado com os refugiados ambientais. A expressão “refugiado ambiental” é mais abrangente e foi criada por Essam El-Hinnawi em 1985.
- Não é uma terminologia oficial adotada por órgãos como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Nesse caso, o termo refugiado inclui todos os tipos de causas de deslocamento, incluindo climáticas.
- O número de refugiados climáticos no mundo tem aumentado em função do aquecimento global e das mudanças no clima.
- Algumas das causas dos refugiados do clima incluem chuvas torrenciais, secas, ondas de calor, nevascas, aumento do nível dos oceanos, ciclones tropicais e erosão costeira.
- As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 produziram refugiados do clima no Brasil, assim como acontece frequentemente com deslizamentos de terra e com secas.
- A migração forçada aumenta a insegurança e a vulnerabilidade dos refugiados climáticos.
- A solução para os refugiados climáticos inclui o aumento da resiliência dos territórios às mudanças climáticas, a adoção de medidas de contenção do aquecimento global e o reforço das proteções sociais e legais das pessoas forçadas a migrar.
O que são refugiados climáticos?
Refugiados climáticos (ou migrantes do clima) são as pessoas obrigadas a deixar as suas moradias fixas, temporária ou permanentemente, por questões de segurança em decorrência de fenômenos meteorológicos ou atmosféricos. Na maioria das vezes, tais eventos estão diretamente relacionados com o agravamento do aquecimento global e com a intensificação das mudanças climáticas.
Esses indivíduos são deixados sem escolha diante de um evento devastador ou de grande magnitude, mesmo que não tenham algum outro lugar para ir. Por isso é que a terminologia “refugiados”, nesse caso, é mais adequada: é uma migração forçada, e não voluntária. É importante ressaltar, entretanto, que “refugiado climáticos” não é uma expressão oficialmente adotada por órgãos como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), por exemplo, já que a definição de refugiado cobre todo o qualquer tipo de deslocamento forçado.
A expressão “refugiados climáticos” faz parte de um conceito mais amplo, que é o de “refugiados ambientais”. Essa é uma visão mais abrangente de como as perturbações acentuadas que acontecem no meio ambiente, sejam de origem natural, sejam de origem antrópica, interferem profundamente na qualidade de vida dos seres humanos. O conceito de refugiado ambiental que apresentamos foi criado pelo então professor e parte do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) Essam El-Hinnawi em 1985.
Causas dos refugiados climáticos
O que causa a existência de refugiados climáticos são eventos extremos que colocam em risco ou afetam seriamente a qualidade de vida dos indivíduos, seguindo aqui a definição criada por El-Hinnawi.
Os eventos que têm o potencial de causar destruição e, portanto, produzir novos refugiados climáticos (migrantes do clima) são:
- enchentes de grandes proporções;
- deslizamentos de terra resultantes de chuvas torrenciais;
- ciclones tropicais e extratropicais;
- fortes ondas de calor;
- secas prolongadas;
- nevascas;
- incêndios florestais;
- aumento do nível dos oceanos;
- erosão costeira.
As mudanças do clima começaram a ser discutidas com maior escala a partir da década de 1980, mesmo período em que o conceito de refugiado ambiental foi elaborado. No entanto, os refugiados climáticos sempre existiram, uma vez que os fenômenos climáticos e meteorológicos interferem na vida dos seres humanos desde o seu surgimento sobre o planeta Terra. O que tem acontecido nas últimas décadas, no entanto, é a maior recorrência de eventos extremos.
Antes vistos como raros, ocorrências como secas severas, chuvas torrenciais e fortes ondas de calor acontecem com intervalos de tempo cada vez mais curtos, que é, muitas vezes, inferior ao tempo necessário para a recuperação de uma área ou para o restabelecimento de famílias em áreas destruídas. Com isso, o número de pessoas que se tornaram refugiadas do clima tem crescimento muito rapidamente em todo o mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos.
Outro ponto, então, que contribui para o surgimento dos refugiados do clima é o contexto socioeconômico em que os indivíduos estão inseridos. Nos países subdesenvolvidos, a resiliência aos desastres climáticos e ambientais é menor por conta da baixa disponibilidade de recursos financeiros e infraestruturais. Com isso, a população torna-se mais vulnerável aos eventos extremos. A localização contribui, de igual maneira, para o aumento dos refugiados climáticos. As ilhas habitadas, as cidades litorâneas, as encostas de morros e as planícies de inundação, por exemplo, são áreas que estão mais suscetíveis às mudanças climáticas, colocando em risco a vida de seus habitantes.
Veja também: Quais são as ações antrópicas no meio ambiente?
Exemplos de refugiados climáticos
- A seca na Somália, país no oeste da África, é um dos maiores exemplos de fenômeno climático que tem ocasionado, até hoje, o deslocamento forçado de famílias inteiras. Em 2022, as estimativas indicavam que 1 milhão de pessoas já haviam migrado por causa da seca severa que se agravou no referido ano. A maior parte dos refugiados desloca-se para países vizinhos, como o Quênia, em busca de condições que garantam a sua sobrevivência. A Etiópia, que faz divisa com ambos os países, também sofre com as estiagens prolongadas.
- Bangladesh, na Ásia, é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas|1| em todo o mundo. A intensificação das monções de verão tem ocasionado volumes de chuva muito elevados no país, que produzem enchentes de grandes magnitudes que obrigam o deslocamento de milhares de pessoas. O Banco Mundial estima que, até 2050, caso as mudanças climáticas não sejam amenizadas, 13,3 milhões de pessoas serão refugiadas em Bangladesh.
- No Paquistão, em 2022, 8 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por causa de enchentes que afetaram o país após uma temporada de fortes monções de verão. Recentemente, em 2025, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 2,7 milhões de pessoas tornaram-se refugiadas do clima no estado de Punjab, na divisa com a Índia, após a temporada de monções. Assim como Bangladesh, o Paquistão é um dos territórios altamente vulneráveis às mudanças climáticas, correndo o risco de ter o seu número de refugiados do clima multiplicados nos próximos anos.
- Os moradores de países-arquipélago do Oceano Pacífico, como Tuvalu, Vanuatu e Nauru, serão refugiados climáticos em um futuro não muito distante. O motivo é o aumento do nível do mar ocasionado pela aceleração do derretimento do gelo nos polos do planeta Terra, e que ameaça a manutenção não somente de cidades litorâneas, mas, principalmente, de pequenos países insulares em todo o mundo.
- Na Austrália, na costa oeste dos Estados Unidos e no sul da Europa, o clima seco potencializado pelas fortes ondas de calor tem provocado incêndios florestais de proporções cada vez maiores. A aproximação do fogo, a fumaça e a destruição de residências causaram o deslocamento de milhares de pessoas nessas localidades, tornando-as, então, refugiadas climáticas.
Refugiados climáticos no Brasil
Os refugiados climáticos não são uma exclusividade de países subdesenvolvidos ou insulares. Na realidade, o problema das mudanças climáticas é global e afeta a todos os territórios, incluindo, portanto, o Brasil.
No território brasileiro, temos vivenciado episódios cada vez mais frequentes de chuvas volumosas, de secas prolongas, de fortes ondas de calor e de mudanças bruscas nas condições de tempo atmosférico que ocasionam desastres de grandes proporções. Um dos mais recentes foi o das enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024, resultado de chuvas torrenciais que ocorreram por todo o estado. Por causa disso, os leitos dos rios extravasaram e registraram enchentes históricas, atingindo 90% dos municípios. A capital, Porto Alegre, foi uma das áreas afetadas. Esse é considerado o maior desastre natural da história do estado.
Devido às enchentes no Rio Grande do Sul, 600 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Cerca de seis meses depois do desastre, em novembro de 2024, quase 2 mil pessoas ainda estavam morando em abrigos sem a perspectiva de retornarem para as suas residências. A cidade de Canoas, uma das mais atingidas pelas chuvas, era a que concentrava a maior população deslocada na ocasião, com 499 pessoas vivendo nos abrigos|2|. Mesmo que a legislação brasileira não os classifique como tal|3|, os afetados pelas enchentes no Sul do Brasil podem ser considerados refugiados climáticos, já que foram forçados a migrar para preservar a sua vida e a de suas famílias.
Os deslocados da tragédia no Rio Grande do Sul não são os únicos refugiados climáticos no Brasil. Em toda temporada chuvosa, especialmente entre dezembro e abril, fortes precipitações ocasionam enxurradas violentas e deslizamentos de terra que deixam dezenas de pessoas desabrigadas, forçando com que deixem a área em que viviam em busca de maior segurança. Muitas das vezes, na ausência de opções, elas acabam retornando para regiões de risco, ou mesmo para as suas próprias residências após o período das chuvas. As secas severas na região Nordeste também produziram centenas de milhares de refugiados que partiram do Semiárido em direção a cidades litorâneas ou situadas em áreas de clima mais ameno.
Consequências dos refugiados climáticos
Os refugiados climáticos vivem em meio à insegurança e ao medo, o que causa uma queda drástica na sua qualidade de vida e no seu bem-estar. Na maioria das vezes, os refugiados são pessoas que sempre estiveram em condição de vulnerabilidade, habitando em áreas de risco não por escolha própria, mas pela falta de recursos. Diante desse quadro, são consequências dos refugiados climáticos:
- aprofundamento das desigualdades socioeconômicas e da exclusão desses indivíduos, que enfrentam dificuldades para se estabelecerem na nova localidade;
- crescimento ou instalação de uma crise habitacional nas áreas para onde os refugiados climáticos migram;
- aumento da vulnerabilidade dos indivíduos deslocados, que podem enfrentar novas ameaças, incluindo maior insegurança física, falta de alimentos, sede, e, ainda, diferentes tipos de preconceito, como a xenofobia;
- desenvolvimento de doenças físicas e, sobretudo, psicológicas devido à situação em que se encontram.
Acesse também: Você sabe o que é racismo ambiental?
Soluções e desafios dos refugiados climáticos
Os refugiados climáticos encontram-se em uma situação de vulnerabilidade profunda. Segundo informações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), todos os refugiados do mundo, hoje, enfrentam algum tipo de insegurança relacionada com as condições ambientais e estão instalados em áreas que não oferecem a preparação adequada para as mudanças climáticas em curso. Ainda de acordo com o comissariado, o que acontece, hoje, é uma sobreposição de crises.
Face ao problema, a ampliação da resiliência dos territórios às mudanças climáticas é uma das medidas mais urgentes a serem tomadas de maneira a garantir a segurança da população e evitar a produção de novos refugiados climáticos. Essa é uma pauta recorrente nas reuniões ambientais, como a Conferência de Partes (COP), que tem focado na justiça climática e no financiamento ambiental como uma das formas de enfrentamento ao aquecimento global.
Nesse sentido, as próprias medidas de combate às mudanças climáticas, a exemplo da transição energética, são cruciais para solucionar, ou amenizar, a situação das pessoas mais vulneráveis a elas. Outras soluções para os refugiados climáticos são:
- reforço da proteção legal aos refugiados em escala nacional e internacional, já que uma parte importante deles se desloca para territórios vizinhos;
- Ampliação dos serviços de proteção social aos refugiados, o que pode ser feito em conjunto com órgãos como o ACNUR;
- Implementação de projetos que garantam a oferta de alimentos, água potável e outros serviços de saneamento básico aos refugiados.
Refugiados climáticos no Enem
O tema dos refugiados reaparece com frequência no Enem. Diante da emergência climática e da ampliação das discussões sobre medidas de contenção da crise, principalmente com a realização da COP 30 no Brasil, as questões a respeito do clima e do meio ambiente podem incluir informações sobre os refugiados climáticos. Dentre os assuntos que podem ser cobrados, estão:
- a relação entre as mudanças climáticas e as migrações forçadas;
- os impactos socioeconômicos do aquecimento global nos diferentes grupos de países, evidenciando as diferenças entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
- a importância do fortalecimento da resiliência climática dos territórios, o que inclui a garantia de segurança para a população vulnerável;
- o racismo ambiental e a justiça climática diante das desigualdades socioeconômicas.
Além de questões da prova de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, os refugiados climáticos podem aparecer como tema de redação. Ainda que não esteja evidenciada como a problemática central, a questão dos refugiados pode ser abordada em propostas que incluam as mudanças climáticas, o aquecimento global (ou ebulição global) e as consequências das intervenções antrópicas na natureza.
Para argumentar a respeito dos impactos do clima, confira algumas dicas de repertório que auxiliam a evidenciar a relação entre o ser humano e os fenômenos climáticos e meteorológicos, assim como a vulnerabilidade das populações diante de eventos de grande magnitude:
- as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, que afetaram 90% do estado;
- as secas no Chifre da África, aprofundando a crise humanitária nos países da região;
- as fortes ondas de calor vivenciadas no mundo, especialmente em 2023, que ampliaram a ocorrência de secas e de incêndios florestais;
- monções de verão no subcontinente indiano, principalmente em Bangladesh e no Paquistão, que têm sofrido com grandes inundações;
- o aumento do nível dos oceanos e seus impactos nos países insulares da Oceania e nas cidades litorâneas.
Note, ainda, que o livro Vidas Secas (Graciliano Ramos) é uma excelente referência quando tratamos da vulnerabilidade dos seres humanos diante das intercorrências ambientais.
Créditos de imagem
[1] mehmet ali poyraz / Shutterstock
[2] HM Shahidul Islam / Shutterstock
[3] kamran kami / Shutterstock
Notas
|1| DISPLACEMENT SOLUTIONS. Climate Displacement in Bangladesh: The Need for Urgent Housing, Land and Property (HLP) Rights Solutions. Geneva: Displacement Solutions, 2012. Disponível em: https://unfccc.int/files/adaptation/groups_committees/loss_and_damage_executive_committee/application/pdf/ds_bangladesh_report.pdf.
|2| PÉRTILE, Michelle. RS ainda tem 1,8 mil pessoas em abrigos seis meses após enchentes: 'É tanto tempo que a gente está aqui', diz moradora. G1, 07 nov. 2024. Disponível: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/11/07/rs-ainda-tem-18-mil-pessoas-em-abrigos-seis-meses-apos-enchentes-e-tanto-tempo-que-a-gente-esta-aqui-diz-moradora.ghtml.
|3| HERRERA, Laís. Refugiados climáticos no Brasil: quem são e por que estão chegando? Abraço Cultural, 05 jun. 2025. Disponível em: https://abracocultural.com.br/refugiados-climaticos-no-brasil-quem-sao-e-por-que-estao-chegando/.
Fontes
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APÚBLICA. RS: Tragédia escancara o Brasil dos refugiados climáticos. Outras Palavras, 09 mai. 2024. Disponível em: https://outraspalavras.net/outrasmidias/rs-tragedia-escancara-o-brasil-dos-refugiados-climaticos/.
BARBOSA, Júlia. Quem são os Refugiados Ambientais? CSVM – UFG, [s.d.]. Disponível em: https://csvm.ufg.br/n/140699-quem-sao-os-refugiados-ambientais.
DIAS, Lucas Torres. O que acontece com os refugiados climáticos? Jornal da USP, 11 jul. 2024. Disponível em: https://jornal.usp.br/noticias/o-que-acontece-com-os-refugiados-climaticos/.
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MOSHIRI, Azadeh. Devastation on repeat: How climate change is worsening Pakistan's deadly floods. BBC, 01 nov. 2025. Disponível em: https://www.bbc.com/news/articles/cgmx2e3nnw0o.
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