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Os maiores acidentes aéreos da história envolveram um elevado número de vítimas e tiveram repercussões profundas na segurança aérea global. A queda do voo Japan Airlines 123, em 1985, que deixou 520 vítimas, e a colisão entre dois Boeing 747 nas Ilhas Canárias, em 1977, que resultou na morte de 583 pessoas, estão na lista dos mais trágicos. No Brasil, acidentes como o voo Gol 1907, que matou 154 pessoas após uma colisão no ar, e o voo TAM 3054, com 199 mortos, devido a falhas operacionais em Congonhas, ressaltam a necessidade de melhorias contínuas na segurança aérea.
Além disso, o incêndio no voo Varig 820 e o desaparecimento do voo Varig 967 evidenciam os desafios enfrentados pela aviação brasileira, que demandam constante aprimoramento das operações e protocolos de segurança.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre os maiores acidentes aéreos da história
- 2 - Quais foram os maiores acidentes aéreos do mundo?
- 3 - Acidentes aéreos no Brasil
Resumo sobre os maiores acidentes aéreos da história
- Os maiores acidentes aéreos da história ocorreram devido a fatores como falhas de comunicação e operacionais, problemas na aeronave e até terrorismo.
- A colisão entre dois Boeing 747 na pista de um aeroporto em Tenerife, em 1977, foi o maior acidente aéreo da história e causou em 583 mortes.
- A queda do voo Japan Airlines 123 fez 520 vítimas em 1985.
- Uma bomba derrubou o voo Air India 182, em 1985, matando 329 pessoas.
- No Brasil, o voo Gol 1907 caiu após colidir no ar com um Legacy em 2006, deixando 154 mortos.
- O voo TAM 3054 matou 199 pessoas ao não conseguir parar na pista do aeroporto de Congonhas em 2007. É considerado o maior desastre aéreo da história do Brasil.
- Em 1973, um incêndio a bordo do voo Varig 820 matou 123 pessoas.
- Em 1979, o voo Varig 967 desapareceu misteriosamente sobre o Pacífico e nunca foi encontrado.
Quais foram os maiores acidentes aéreos do mundo?
1. Colisão de Tenerife (1977)
Considerado o maior acidente aéreo da história, a colisão entre dois Boeing 747 na pista do Aeroporto de Los Rodeos, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, resultou na morte de 583 pessoas. O acidente ocorreu quando um avião da KLM tentou decolar sem autorização, colidindo com outro avião da Pan American que ainda estava na pista.
O denso nevoeiro e a falha de comunicação entre a tripulação e a torre de controle foram fatores cruciais nesse desastre. Esse incidente levou a mudanças significativas nas regulamentações de aviação, incluindo a padronização da comunicação entre pilotos e controladores de tráfego aéreo.
2. Voo Japan Airlines 123 (1985)
Esse é o acidente com o maior número de mortes em um único avião. O Boeing 747SR da Japan Airlines caiu em uma montanha 32 minutos após decolar de Tóquio, resultando na morte de 520 das 524 pessoas a bordo. A causa foi a falha na pressurização da cabine, que levou à perda de controle da aeronave.
Esse acidente ressaltou a importância da manutenção adequada e da prontidão para emergências, levando a uma revisão completa dos procedimentos de segurança da Japan Airlines e das autoridades de aviação do Japão.
3. Voo Charkhi Dadri (1996)
Esse acidente ocorreu no espaço aéreo indiano, quando um Boeing 747 da Saudi Arabian Airlines colidiu no ar com um Ilyushin Il-76 da Kazakhstan Airlines, resultando na morte de 349 pessoas. O acidente foi atribuído à má comunicação e à falta de clareza nas instruções dadas aos pilotos, bem como à altitude incorreta mantida por um dos aviões. Esse desastre levou a melhorias nas regras de controle de tráfego aéreo e na padronização da linguagem usada entre pilotos e controladores.
4. Voo Turkish Airlines 981 (1974)
O McDonnell Douglas DC-10 da Turkish Airlines caiu nos arredores de Paris, matando todas as 346 pessoas a bordo. O acidente foi causado pela falha da porta de carga traseira, que abriu durante o voo, levando à despressurização explosiva e à perda de controle da aeronave. Esse acidente foi um marco na história da aviação, levando à revisão do design do DC-10 e à implementação de novos regulamentos de segurança para portas de carga em aeronaves.
5. Voo Air India 182 (1985)
Esse foi o resultado de um ato de terrorismo, no qual uma bomba explodiu a bordo de um Boeing 747 da Air India sobre o oceano Atlântico, matando todas as 329 pessoas a bordo. Esse evento destacou a vulnerabilidade das aeronaves a ataques terroristas e levou a um aumento nas medidas de segurança e na vigilância contra ameaças terroristas em aeroportos e voos internacionais.
6. Voo Saudi Arabian Airlines 163 (1980)
Um incêndio a bordo de um Lockheed L-1011 da Saudi Arabian Airlines durante o voo levou à morte de todas as 301 pessoas a bordo, após uma tentativa de pouso de emergência em Riad. Embora a aeronave tenha conseguido pousar, a evacuação foi malsucedida devido ao rápido alastramento do fogo. Esse incidente chamou a atenção para a necessidade de protocolos de evacuação mais eficientes e a importância do treinamento da tripulação para situações de emergência.
7. Voo Iran Air 655 (1988)
Um Airbus A300 da Iran Air foi derrubado por um míssil lançado pelo cruzador USS Vincennes da Marinha dos EUA, resultando na morte de 290 civis. O incidente ocorreu durante a Guerra Irã-Iraque e foi causado por uma série de erros de identificação e comunicação. Esse evento trágico ressaltou os riscos de operações militares em áreas de tráfego aéreo civil e levou a discussões internacionais sobre a segurança de voos comerciais em zonas de conflito.
8. Voo American Airlines 191 (1979)
Esse acidente ocorreu em Chicago, quando um McDonnell Douglas DC-10 perdeu um motor logo após a decolagem, resultando na morte de todas as 271 pessoas a bordo e mais duas em solo. A investigação revelou que a perda do motor havia danificado sistemas críticos da aeronave, levando à perda de controle. Esse acidente levou à suspensão temporária do uso do DC-10 até que os problemas de design fossem resolvidos.
Veja também: Como foi o ataque terrorista que envolveu o sequestro de dois aviões
Acidentes aéreos no Brasil
O Brasil tem um histórico de acidentes aéreos que, embora menos numerosos que em outros países, tiveram grande impacto na aviação e na sociedade brasileira. Alguns dos mais notáveis são:
1. Voo Gol 1907 (2006)
Um dos mais graves acidentes aéreos do Brasil, o voo Gol 1907 colidiu no ar com um jato executivo Embraer Legacy 600 sobre a Amazônia, resultando na queda do Boeing 737-800 da Gol e na morte de todos os 154 ocupantes. O jato Legacy, apesar de danificado, conseguiu realizar um pouso de emergência.
As investigações apontaram falhas no controle de tráfego aéreo e problemas na comunicação entre as aeronaves. Esse acidente provocou uma reavaliação dos procedimentos de controle aéreo e das tecnologias utilizadas para prevenir colisões.
2. Voo TAM 3054 (2007)
O acidente com o Airbus A320 da TAM é considerado o maior desastre aéreo da história do Brasil. A aeronave não conseguiu parar ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e acabou colidindo com um prédio da própria companhia aérea, causando a morte de 199 pessoas, incluindo todas a bordo e outras em solo.
A causa do acidente foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo problemas na pista molhada, falhas técnicas nos reversores de empuxo e falhas operacionais. Esse acidente gerou uma ampla revisão das condições operacionais de Congonhas e levou a mudanças nas regulamentações de segurança nos aeroportos brasileiros.
3. Voo Varig 820 (1973)
O Boeing 707 da Varig, que realizava o voo Rio de Janeiro-Paris, enfrentou um incêndio a bordo pouco antes de aterrissar em Paris, forçando a tripulação a realizar um pouso de emergência em um campo. O incidente resultou na morte de 123 das 134 pessoas a bordo, principalmente devido à inalação de fumaça.
A causa do incêndio nunca foi completamente esclarecida, mas suspeita-se que tenha sido causado por um cigarro aceso na área dos lavatórios. Esse acidente levou à proibição do fumo em aviões e ao aumento das normas de segurança contra incêndios.
4. Voo Vasp 168 (1982)
Um Boeing 727 da Vasp colidiu com a Serra da Aratanha, no Ceará, durante a aproximação para pouso em Fortaleza, resultando na morte de todas as 137 pessoas a bordo. A investigação apontou erro do piloto, que desceu a aeronave abaixo da altitude mínima de segurança, como a causa do acidente.
Esse evento foi um marco na necessidade de melhorias na formação dos pilotos e nos procedimentos de aproximação e pouso, além de contribuir para a implementação de sistemas de alerta de proximidade ao solo (GPWS) em aeronaves brasileiras.
5. Voo Varig 967 (1979)
Esse é um dos mistérios mais intrigantes da aviação brasileira. O Boeing 707 da Varig desapareceu sobre o oceano Pacífico durante um voo de Tóquio para o Rio de Janeiro, com seis tripulantes a bordo e uma carga valiosa, incluindo obras de arte. Nenhum destroço da aeronave foi encontrado, e a causa do desaparecimento permanece desconhecida. Esse caso destaca as dificuldades nas investigações de acidentes aéreos em regiões remotas e o impacto emocional sobre as famílias dos desaparecidos.
6. Voo Rio-Santos (1952)
O acidente com o hidroavião Consolidated PBY Catalina, operado pela Aerovias Brasil, é considerado um dos primeiros grandes desastres aéreos do Brasil. A aeronave caiu no mar próximo a Santos durante uma tempestade, matando 18 dos 21 ocupantes. Esse acidente chamou a atenção para os desafios operacionais enfrentados pelas companhias aéreas na época, especialmente em condições climáticas adversas e com aeronaves adaptadas para operações anfíbias.
Créditos das imagens
[4] Agência Brasil / Wikimedia Commons
Fontes
DANTAS, Ivan Sant'Anna. Caixa-preta: O relato de 25 desastres aéreos brasileiros. Edição Kindle. São Paulo: Objetiva, 2012.
SMITH, Christine Negroni. Detetives da aviação: Investigações sobre acidentes aéreos misteriosos. São Paulo: DarkSide, 2016.