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Segundo Triunvirato

Segundo Triunvirato foi um período de transição da República para o Império Romano. Foi formado pelos líderes Marco Antônio, Otávio e Lépido.

Estatua de Otávio Augusto, primeiro imperador romano e membro do Segundo Triunvirato.
Estatua de Otávio Augusto, primeiro imperador romano e membro do Segundo Triunvirato.
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O Segundo Triunvirato foi uma aliança política que se formou para conter as tensões sociais e garantir a estabilidade da República Romana, tendo início no ano 43 a.C., após o fim do Primeiro Triunvirato, que ocorreu de maneira trágica, com o assassinato do ditador Júlio César pelos seus opositores do senado romano.

Durante aproximadamente oito anos, o Segundo Triunvirato foi formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido, que, juntos, tinham o objetivo de harmonizar o poder político em Roma e conter as tensões sociais que se espalhavam pelo território.

Leia também: Primeiro Triunvirato — a aliança entre Crasso, César e Pompeu

Tópicos deste artigo

Resumo sobre o Segundo Triunvirato

  • O Segundo Triunvirato foi uma aliança política que se formou para conter as tensões sociais e garantir a estabilidade da República Romana.
  • Foi formado por Marco Antônio, Lépido e Otávio em 43 a.C.
  • Eles tinham poderes para governar a república por um período de cinco anos.
  • Lépido retirou-se da aliança em 37 a.C.
  • Em 32 a.C., Marco Antônio e Otávio entraram em guerra. Tendo como principal resultado o fim da república e o início do império.
  • Otávio tornou-se o primeiro imperador romano e adquiriu o título de Augusto. 

Contexto histórico do Segundo Triunvirato

A formação dos triunviratos em Roma teve ligação direta com o processo de expansão no período republicano, pois quanto mais regiões eram conquistadas, mais o exército ganhava relevância política e social em Roma. Com a politização do exército, generais como Caio Mario, Silas e Júlio César foram responsáveis por colocar em xeque o poder político que estava historicamente nas mãos do senado. A ascensão dos militares e o declínio dos patrícios mostraram que Roma estava próxima de um colapso político.

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Diante desse contexto, Júlio César adotou o título de ditador, rompendo com as bases da república e aproximando-se de um governo imperial. No ano 60 a.C., o ditador aliou-se a outros dois generais, Pompeu e Crasso, dando início ao Primeiro Triunvirato.

Em março do ano 44 a.C., César foi assassinado pelo senado após um período de conquistas territoriais, centralização de poder, divergências com a elite romana e rompimento com os demais generais.

Em 43 a.C., o senado optou por permanecer com o governo de três generais (Otávio, Marco Antônio e Lépido), dando início ao Segundo Triunvirato, período marcado por tensões sociais, crises políticas e sucessórias. 

  • Videoaula sobre o contexto do Segundo Triunvirato

Participantes do Segundo Triunvirato

  • Otávio: foi o fundador do Império Romano e o seu primeiro imperador. Pertencia a uma família de plebeus ricos e influentes, além de ser sobrinho do ditador Júlio César. Em seu testamento, César considerou Otávio seu filho adotivo e herdeiro. Com isso, Otávio aumentou seu prestigio político e social, uniu forças para derrotar os opositores de César, e instaurou o Segundo Triunvirato ao lado de Marco Antônio e Lépido.
  • Marco Antônio: foi um político e militar relevante durante a República Romana, com participação efetiva no Primeiro Triunvirato sendo mestre de cavalaria do ditador Júlio César. Em Roma, Marco Antônio foi eleito por três vezes para o cargo de cônsul (44 a.C., 34 a.C. e 31 a.C.).
  • Lépido: foi um competente general do exército romano e eleito cônsul por duas vezes (46 a.C. e 42 a.C.) durante o período republicano. O general pertencia a uma das famílias mais ricas de Roma, e sua proximidade com César foi fundamental para sua relevância política e militar dentro do Segundo Triunvirato. 

Fim do Segundo Triunvirato

O Segundo Triunvirato durou aproximadamente 16 anos (43 a.C.-27 a.C.). Inicialmente foi formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido, sendo que este último abandonou o cargo em 37 a.C., uma vez que não ambicionava o poder, tal como os demais generais da aliança.

Essa fase da República Romana foi marcada pela intensa rivalidade entre os generais, o que levou Otávio a propor um casamento entre sua irmã e Marco Antônio em troca da fidelidade do general ao seu governo. Entretanto, em 36 a.C., Marco Antônio rompeu o laço matrimonial com a sua esposa e, consequentemente, com Otávio, e resolveu se casar com a rainha Cleópatra do Egito. Marco Antônio pretendia deixar sua segunda esposa como herdeira de seu cargo político e seu filho, Cesárion, como regente do governo de Roma.

Otávio conseguiu apoio do senado e de boa parte da população e marchou com seu exército rumo ao Egito para capturar o general e a rainha. Durante esse processo, diversos territórios foram conquistados no Egito e objetos valiosos foram tomados pelos romanos.

Temendo o pior, Marco Antônio e Cleópatra cometeram suicídio. Em Roma, Otávio foi aclamado pela população por defender os interesses romanos. Como principais resultados, o general obteve mais poder político e prestígio social, fatores fundamentais que levaram ao fim da República e ao início do Império Romano.

Otávio consolidou-se como o principal governante romano, adquirindo o título de Augusto, aumentando seu poder militar e tornando-se o primeiro imperador de Roma. Durante seu governo, as tensões sociais e políticas foram contidas e o império passou por um período de estabilidade e prosperidade.

Leia também: Como o Império Romano chegou ao fim?

Exercícios resolvidos sobre o Segundo Triunvirato

Questão 1

Otávio consolidou-se como o principal governante romano, adquirindo o título de Augusto, aumentando seu poder militar e tornando-se o primeiro imperador de Roma. Durante seu governo, as tensões sociais e políticas foram contidas e o império passou por um período de estabilidade e prosperidade. Qual das alternativas abaixo representa a política adotada por Otávio Augusto no início do Império Romano?

a) Política educacional

b) Política expansionista

c) Política de pão e circo

d) Política imperial

e) Política religiosa e cristã

Resolução: letra C

A política de pão e circo foi utilizada por Otávio para conter as agitações sociais iniciadas no período republicano. Ela previa a distribuição de alimentos e entretenimento para a população, o que levou a um período chamado de Pax Romana.

Questão 2

Quais das alternativas abaixo marcam o fim do Segundo Triunvirato e o início do Império Romano?

a) O suicídio de Marco Antônio e o aumento da popularidade de Otávio na sociedade romana. 

b) A saída de Lépido do Segundo Triunvirato e as conquistas territoriais de Otávio no norte da África.

c) A aliança política e militar de Otávio e Marco Antônio frente ao expansionismo de Lépido.

d) A ascensão política dos opositores do Segundo Triunvirato.

e) O aumento expressivo na quantidade de escravos e de cristãos na sociedade romana.

Resolução: letra A

Após se separar da irmã de Otávio, Marco Antônio conspirava com sua nova esposa, Cleópatra, o domínio de terras pertencentes a Roma. No entanto, Otávio iniciou uma perseguição ao general e sua esposa. Temendo as consequências, Marco Antônio e Cleópatra suicidaram, e Otávio foi aclamado pela população por defender os interesses romanos, tornando-se assim o primeiro imperador do Império Romano.

Fontes

BUENO, Giovanni Pando. Visualidade e Poder: a atuação das imagens na construção política do Principado de Augusto. PET-História USP, p. 661.

DA SILVA, Gilvan Ventura; MENDES, Norma Musco (Ed.). Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural. Mauad Editora Ltda, 2006.

Escritor do artigo
Escrito por: Anderson Luiz Marques Esteves Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ESTEVES, Anderson Luiz Marques. "Segundo Triunvirato"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segundo-triunvirato.htm. Acesso em 13 de novembro de 2024.

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