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Joe Biden

Joe Biden é o 46º presidente norte-americano. Assumiu o poder em janeiro de 2021. Ele também foi vice-presidente durante os dois mandatos de Barack Obama.

Joe Biden discursando em palanque; ao fundo, bandeiras dos Estados Unidos.
Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2020, assumindo a função no ano seguinte.[1]
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
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Joe Biden é um político norte-americano que teve longa carreira no Senado, além do cargo de vice-presidente que ocupou durante os dois mandatos de Barack Obama. É o 46º presidente dos Estados Unidos, após ser eleito no pleito presidencial de 2020. Biden ingressou na política na década de 1970, sendo reeleito para a posição de senador por diversas vezes.

Demonstrou interesse em concorrer à presidência norte-americana em 1988 e 2008, mas retirou suas candidaturas. Foi convidado por Barack Obama para ser seu vice-presidente, e depois disso organizou sua candidatura para derrotar Donald Trump. Biden casou-se duas vezes, possuindo quatro filhos. Em 2024, Biden retirou sua candidatura à reeleição da presidência dos Estados Unidos.

Leia também: Particularidades das eleições presidenciais nos Estados Unidos

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Joe Biden

  • Joe Biden é um político de longa carreira na política norte-americana.

  • Nasceu em uma família de boa condição econômica, e possui duas graduações.

  • Ingressou na política no começo da década de 1970, sendo reeleito para o Senado ininterruptamente, entre 1972 e 2008.

  • Foi vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de Barack Obama.

  • Foi eleito presidente na eleição de 2020, tomando posse no ano seguinte.

  • Governou os Estados Unidos por apenas um mandato, pois retirou sua candidatura de reeleição em julho de 2024.

Biografia de Joe Biden

  • Nascimento e juventude de Joe Biden

Joseph Robinette Biden Junior, popularmente conhecido como Joe Biden, nasceu no dia 20 de novembro de 1942, sendo originário da cidade de Scranton, no estado da Pensilvânia. Ele foi o filho mais velho do casal formado por Joseph Robinette Biden Senior e Catherine Eugenia Biden, sendo parte de uma família de origem irlandesa e com ótima condição econômica.

Biden morou alguns anos em Scranton, mas, ainda durante a sua infância, residiu em Mayfield, no estado de Delaware. Nesse estado, realizou parte de sua formação educacional, estudando em escolas locais e graduando-se em História e Ciência Política pela Universidade de Delaware em 1965.

Também ingressou na Universidade de Syracuse para estudar Direito. Ele concluiu esse curso em 1968, e, no ano seguinte, foi admitido na ordem dos advogados de Delaware. Fala-se que parte da sua juventude foi afetada por uma leve gagueira, que ele alega ter superado sozinho.

Além disso, sua juventude coincidiu com o período da Guerra do Vietnã. Biden foi dispensado do exército norte-americano porque, além de estar matriculado em uma universidade, ele tem asma.

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  • Vida pessoal de Joe Biden

Ao longo de sua vida, Joe Biden casou-se duas vezes. O seu primeiro casamento, com Neilia Hunter, foi realizado em 1966. Juntos, o casal teve três filhos, chamados Beau, Hunter e Naomi. Infelizmente, uma grande tragédia alcançou a família Biden. Em 1972, um acidente automotivo envolvendo seus integrantes aconteceu.

Nesse acidente, Neilia Hunter faleceu junto da filha mais nova do casal, Naomi, com apenas um ano de idade. Os outros dois filhos sofreram ferimentos graves, receberam tratamento médico e sobreviveram ao acidente. Nessa altura, Biden já era senador dos Estados Unidos, e cogitou renunciar à posição para cuidar de sua família, mas foi convencido a não fazê-lo.

Alguns anos depois, Biden conheceu Jill Tracy Jacobs, casando-se com ela em 1977. Em seu segundo casamento, ele teve uma filha, Ashley Biden.

Joe e Jill Biden em 1987.[2]
Joe e Jill Biden em 1987.[2]

Início da carreira profissional e política de Joe Biden

Depois de se graduar em Direito, Joe Biden deu início a sua carreira profissional, atuando na advocacia. Nessa experiência, ele atuou como advogado independente, como defensor público, participou da firma de um membro do Partido Democrata e formou um escritório de advocacia com um colega de profissão.

Joe Biden no Senado

A experiência na advocacia não agradou muito a Joe Biden, e ele decidiu ingressar na política no começo da década de 1970. Filiado ao Partido Democrata, foi eleito para o conselho municipal de Castle County, permanecendo nessa função entre 1970 e 1972. Em seguida, concorreu a uma vaga no Senado por Delaware, sendo eleito.

Sua campanha defendia propostas como a defesa do meio ambiente, a saída da Guerra do Vietnã, os direitos civis, melhorias no sistema de saúde norte-americano, entre outros. Foi eleito com mais de 50% dos votos, tornando-se um dos senadores mais jovens dos Estados Unidos.

Foto oficial de Joe Biden como senador em 1973.
Foto oficial de Joe Biden como senador em 1973.

O ingresso de Biden no Senado fez com que ele assumisse a posição de um dos políticos mais tradicionais do país, pois foi reeleito em todas as eleições que disputou para o Senado até o ano de 2008. Na posição de senador, atuou na defesa dos direitos dos consumidores, além do combate à violência contra as mulheres.

Também atuou, durante muitos anos, na Comissão Judiciária do Senado, responsável pela nomeação de juízes a diversos cargos do Judiciário norte-americano. Joe Biden também foi membro do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, responsável por tomar importantes decisões acerca da agenda diplomática norte-americana.

No começo do século XX, Biden apoiou as intervenções militares norte-americanas no Afeganistão e no Iraque, mas, com o passar dos anos, tornou-se crítico do conflito e admitiu que seu apoio havia sido um erro.

Leia também: George W. Bush — o presidente dos EUA que liderou a chamada Guerra ao Terror

Joe Biden na campanha presidencial de 2008

Em 2008, Joe Biden demonstrou interesse em candidatar-se à presidência dos Estados Unidos pela segunda vez (a primeira havia sido em 1988), mas sua candidatura não era tão popular como a de outros membros do Partido Democrata, como Hillary Clinton e Barack Obama. Essa baixa receptividade fê-lo retirar a candidatura.

Pouco tempo depois de desistir, ele foi convidado para participar do governo de Obama, caso este fosse eleito. Uma reunião entre os dois definiu que Biden seria o candidato de Obama à vice-presidência dos Estados Unidos. Houve algumas divergências entre os dois durante a campanha eleitoral, mas, no final, Obama foi eleito presidente e Biden, vice.

 Joe Biden ao lado de Barack Obama, que discursa na campanha presidencial de 2008.[3]
Joe Biden ao lado de Barack Obama, que discursa na campanha presidencial de 2008.[3]

Joe Biden na vice-presidência dos Estados Unidos

Joe Biden foi 47º vice-presidente dos EUA, durante os dois mandatos do governo de Barack Obama. Na vice-presidência, ele ficou encarregado de muitos assuntos associados com as relações exteriores norte-americanas, sendo o responsável direto pela situação das tropas do país no Iraque.

Ainda, atuou em diversos assuntos de relevância dos Estados Unidos, como a redução da violência causada por armas de fogo, além da defesa de medidas contra a violência contra as mulheres e do incentivo a pesquisas de combate ao câncer (doença que matou o seu filho Beau).

Joe Biden também atuou na montagem do programa de recuperação econômica dos Estados Unidos após a crise de 2008, o Recovery Act, e teve participação no Obamacare, uma reforma no sistema de saúde realizada pelo governo de Barack Obama. Esse programa foi responsável por dar acesso à saúde a milhões de pessoas.

Joe Biden na campanha presidencial de 2020

Com o fim do governo Obama, Biden ocupou-se de diversas atividades, entre elas a de ser professor universitário. Seu nome foi constantemente especulado como um dos possíveis candidatos para a eleição de 2020, em que os democratas tentariam impedir a reeleição de Donald Trump. Um comitê de apoio à candidatura de Biden foi formado em 2018, e sua candidatura foi formalizada em abril de 2019.

Nas primárias do Partido Democrata, Joe Biden derrotou a concorrência de nomes como Bernie Sanders e Elizabeth Warren, e, em agosto de 2020, seu nome foi oficializado como o candidato democrata nas eleições. No mesmo mês, Kamala Harris, senadora pela Califórnia, foi anunciada como sua vice-presidente.

Na eleição, Joe Biden conquistou 51,3% dos votos, permitindo que ele obtivesse 306 votos no Colégio Eleitoral, quantidade suficiente para ser eleito presidente dos Estados Unidos. Sua posse, no entanto, foi afetada pela postura de Donald Trump, político da extrema-direita norte-americana que se recusou a aceitar a vitória de seu concorrente e, ainda, conspirou um golpe para permanecer no poder.

Governo Biden

Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2021, com 78 anos de idade, fazendo dele a pessoa mais velha a assumir a presidência norte-americana na história, além de ser o 46º presidente do país. Algumas de suas primeiras medidas visavam reverter decisões tomadas durante o governo de Donald Trump.

Em abril de 2021, Biden anunciou a retirada de todas as tropas norte-americanas do Afeganistão, país ocupado pelos Estados Unidos desde 2001. A saída das tropas permitiu que o Talibã, organização fundamentalista islâmica, retornasse ao poder do país. A medida dividiu a opinião pública.

O governo Biden recebeu críticas pelo aumento na inflação, que afetou o custo de vida da população norte-americana. Um dos produtos que tiveram alta no preço foram os combustíveis. Ainda assim, a economia norte-americana registrou bons índices de crescimento. Joe Biden também foi criticado por manter um rígido controle sobre a política de imigração nos Estados Unidos.

No final, o governo de Biden obteve resultados considerados expressivos, com desemprego baixo, inflação sob controle e crescimento econômico do PIB. Em 2021, o PIB norte-americano cresceu 5,8%; em 2022, o crescimento foi de 1,9%; e em 2023, o crescimento foi de 2,5%. Para o ano de 2024, o último de Biden, a projeção de crescimento foi de 2,6%.

Na política internacional, o governo Biden tem sido criticado por apoiar financeiramente o esforço de guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 2022. Além disso, a política externa de Biden foi questionada pelo apoio irrestrito que os Estados Unidos concedem a Israel no cenário do conflito contra a Palestina, principalmente pelas acusações de que Israel comete genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos, inclusive, atuaram para barrar resoluções que propunham o cessar-fogo do conflito na ONU.

Internamente, a polarização política dos Estados Unidos afeta significativamente o governo de Biden, uma vez que o presidente foi alvo de um pedido de impeachment. O impeachment foi pedido por um deputado republicano que acusa o presidente de abuso de poder, obstrução e corrupção. Investigações foram realizadas, mas não foram encontradas provas de que o líder tenha cometido nenhum crime. O processo impeachment contra Biden, por sua vez, fracassou.

Leia também: Como surgiram os partidos Democrata e Republicano nos EUA

Posições políticas de Joe Biden

Joe Biden é considerado um político com posições políticas moderadas e de tendências centristas no interior do Partido Democrata. Sendo assim, ele possui posições que dialogam com tendências progressistas mas também possui opiniões conservadoras. Um exemplo de sua capacidade de ponderação é sua posição acerca do casamento homoafetivo, pois, enquanto senador, ele foi contra, mas anunciou, durante sua vice-presidência, que havia modificado sua opinião nessa questão.

Outras posições defendidas por Biden são:

  • descriminalização da maconha (apesar de ter sido contra durante muitos anos);

  • combate às mudanças climáticas;

  • descriminalização do aborto;

  • controle das armas de fogo.

Joe Biden na campanha presidencial de 2024

Joe Biden e Kamala Harris entre dois guardas.
Joe Biden retirou sua candidatura e indicou sua vice, Kamala Harris, para concorrer às eleições presidenciais.[4]

Na campanha para a eleição presidencial de 2024, Joe Biden foi reafirmado como candidato para a reeleição em abril de 2024. No anúncio de Biden ele seria candidato a reeleição como presidente e Kamala Harris, como vice-presidente. A notícia da candidatura de Biden à reeleição não foi bem recepcionada por parte do eleitorado democrata.

Apesar de ele ter realizado a recuperação da economia norte-americana após a pandemia, a grande desconfiança dos eleitores era se Biden conseguiria dar sequência ao crescimento econômico do país. As primárias democratas reforçaram que Biden seria mesmo o candidato do Partido Democrata à eleição presidencial nos Estados Unidos.

A campanha de Joe Biden perdeu o rumo após ele participar do primeiro debate eleitoral contra Donald Trump, no final de junho de 2024. A participação de Biden foi fortemente criticada porque seu desempenho foi ruim. Frequentemente, Biden perdeu a linha de raciocínio ou deu respostas vagas.

O desempenho de Joe Biden foi tão ruim que no dia seguinte surgiram questionamentos à sua condição de saúde para disputar a presidência. A capacidade cognitiva de Joe Biden e sua idade na ocasião, 81 anos, foram argumentos usados para questionar a sua candidatura. O então presidente resistiu, mas em julho de 2024, anunciou que estava retirando a sua candidatura.

O Partido Democrata, então, realizou novas primárias e Kamala Harris (vice-presidente) foi anunciada como a candidata democrata. A nova candidatura deu força para a campanha democrata, com expectativa de uma disputa acirrada.

FONTES

WHITE HOUSE. Joe Biden. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/administration/president-biden/.

LEVINGSTON, Steven. Joe Biden: life before presidency. Disponível em: https://millercenter.org/joe-biden-life-presidency.

BIOGRAPHY. Joe Biden. Disponível em: https://www.biography.com/political-figures/joe-biden.

NATIONAL GEOGRAPHIC. Joe Biden. Disponível em: https://kids.nationalgeographic.com/history/article/joe-biden.

BBC BRASIL. Impeachment contra Biden: 3 razões pelas quais inquérito não deve derrubar presidente dos EUA. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/clwx75y4w3qo.

REDAÇÃO. ‘Bidenomics’: Entenda as ações de Joe Biden que estão fazendo a economia dos EUA crescer. UOL, 14 set. 2023. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/economia/noticias/2023/09/14/300_bidenomics-entenda-as-acoes-de-joe-biden-que-esta-fazendo-a-economia-dos-eua-crescer.html

REDAÇÃO. Biden anuncia novas medidas para controle de armas de fogo nos EUA. Exame, 15 mar. 2023. Disponível em: https://exame.com/mundo/biden-anuncia-novas-medidas-para-controle-de-armas-de-fogo-nos-eua/

REDAÇÃO. Biden desiste da candidatura a presidente dos EUA e anuncia apoio a Kamala Harris. G1 Mundo, 21 jul. 2024.  Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/07/21/biden-presidencia.ghtml

Créditos da imagem

[1]lev radin / Shutterstock

[2]mark reinstein / Shutterstock

[3]K2 images/ Shutterstock

[4]DT phots 1/ Shutterstock

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Joe Biden"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/joe-biden.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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