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Nas guerras, essas substâncias são usadas pelos soldados que desejam se manter alertas e acordados.
As anfetaminas são compostos sintéticos que foram produzidos com o objetivo de imitar a função da adrenalina, um mecanismo de defesa natural de nosso organismo. Quando levamos um susto ou estamos realmente em perigo, a concentração da adrenalina no sangue aumenta e, como resultado, os batimentos cardíacos e a pressão arterial também se elevam, dando-nos mais energia para correr ou enfrentar o perigo.
Abaixo estão as estruturas químicas da adrenalina e do primeiro composto produzido como anfetamina, a benzedrina. Compare as estruturas e veja que são semelhantes e, portanto, os seus efeitos também o são:
Popularmente, as anfetaminas são conhecidas como “bolinhas” e muitas pessoas que querem ficar acordadas fazem seu uso, como, por exemplo, motoristas de caminhões e estudantes que precisam estudar longas horas para provas.
No entanto, o uso e a venda das anfetaminas em farmácias são controlados por receita médica, porque seu uso prolongado pode causar, além da dependência química, dores de cabeça, palpitações, aumento crônico da pressão arterial e “psicose de anfetamina”, que é uma crise parecida com esquizofrenia, na qual a pessoa tem alucinações e se torna mais agressiva.
Só para citar um exemplo, o livro Farmacologia, de H. P. Rang e M. M. Dale, na página 449, menciona certo estudante de medicina que tinha consumido muita anfetamina para estudar para uma prova. Ele saiu confiante da avaliação, acreditando que tinha se saído muito bem. Porém, ele havia apenas escrito o seu nome várias vezes na folha da prova.
Muitos confundem o ecstasy com as anfetaminas ou metanfetaminas. Mas, na realidade, o ecstasy é o 3,4-metilenodioximetanfetamina, que é um derivado da anfetamina. O seu uso também é muito prejudicial à saúde, podendo causar a hipertermia, isto é, um aumento da temperatura do corpo, fazendo o sangue coagular, causando convulsões e paradas cardíacas. Podem acontecer também outros efeitos adversos de seu uso, como problemas renais, alucinações, crises de pânico e hepatite tóxica.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química