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Marina Colasanti

Marina Colasanti é uma famosa escritora brasileira. Suas obras fazem parte da nossa literatura contemporânea. Ela é autora de contos, poemas, ensaios e crônicas.

Reprodução de foto da escritora brasileira Marina Colasanti (Instagram @marina.colasanti).
Marina Colasanti é uma escritora que faz parte da literatura brasileira contemporânea. (Créditos: Instagram @marina.colasanti | Reprodução)
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Marina Colasanti é uma escritora brasileira. Ela nasceu em 26 de setembro de 1937, na cidade de Asmara, na Eritreia. Mais tarde, se mudou para o Brasil, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes, escreveu textos para alguns periódicos e trabalhou como entrevistadora e apresentadora de programas televisivos.

A autora é cronista, ensaísta, poeta, contista, além de escrever livros de sucesso para o público infantojuvenil. Suas obras são caracterizadas pela presença de protagonistas femininas, realismo fantástico, crítica social e elementos referentes aos contos de fadas. Com uma carreira literária bem-sucedida, Colasanti já recebeu vários prêmios literários.

Leia também: Milton Hatoum — um dos autores mais conhecidos da literatura contemporânea

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Marina Colasanti

  • A autora brasileira Marina Colasanti nasceu no ano de 1937.

  • Além de escritora, também foi apresentadora e entrevistadora de programas de tevê.

  • Suas obras fazem parte da literatura brasileira contemporânea.

  • Seus textos apresentam protagonismo feminino e elementos fantásticos.

  • Ela é autora de contos, crônicas, ensaios, poesia e obras infantojuvenis.

Biografia de Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara, na Eritreia. Três anos depois, ela e a família se mudaram para a Itália. Ali presenciaram os últimos anos da Segunda Guerra Mundial. Mas, em 1948, eles decidiram morar no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, a escritora possui dupla nacionalidade: brasileira e italiana.

De 1952 a 1956, estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Começou a trabalhar no Jornal do Brasil, em 1962. Ali, foi redatora, cronista, ilustradora, além de ser editora do Caderno Infantil. Em 1968, publicou seu primeiro livro, Eu sozinha. Já em 1971, se casou com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna.

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No ano de 1974, apresentou o noticiário Primeira Mão, da Tevê Rio. Dois anos depois, apresentou o programa Os Mágicos, da Tevê Educativa, e também se tornou editora da revista Nova. Em 1986, foi cronista da revista Manchete. Entre 1985 e 1988, foi apresentadora do programa Sábado Forte, da TVE.

No início dos anos 1990, foi entrevistadora dos programas Sexo Indiscreto, da Tevê Rio, Olho por Olho, da Tevê Tupi, e Imagens da Itália, da TVE. De lá para cá, publicou diversas obras, recebeu muitos prêmios e participou de vários eventos literários no Brasil e no exterior.

Prêmios de Marina Colasanti

  • FNLIJ (1979)

  • APCA (1979)

  • FNLIJ (1982)

  • FNLIJ (1988)

  • FNLIJ (1989)

  • FNLIJ (1990)

  • FNLIJ (1991)

  • FNLIJ (1993)

  • Jabuti (1993)

  • Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños (1994) — Costa Rica

  • Jabuti (1994)

  • FNLIJ (1994)

  • Norma-Fundalectura (1996) — Colômbia

  • Jabuti (1997)

  • FNLIJ (1998)

  • Mejores del Año (1998) — Venezuela

  • Orígenes Lessa (2001)

  • Monteiro Lobato (2002)

  • Orígenes Lessa (2003)

  • IBBY Honour List (2004) — Suíça

  • FNLIJ (2004)

  • Ordine della Stella della Solidarietà Italiana (2005) — Itália

  • Odylo Costa Filho (2008)

  • Alphonsus de Guimarães (2009)

  • Mejores del Año (2010) — Venezuela

  • Orígenes Lessa (2010)

  • Jabuti (2010)

  • Jabuti (2011)

  • FNLIJ (2013)

  • Ofélia Fontes (2014)

  • Jabuti (2014)

  • Orígenes Lessa (2015)

  • Monteiro Lobato (2015)

  • IBBY Honour List (2015) — Suíça

  • Fundación Cuatrogatos (2016) — Estados Unidos

  • Prêmio Iberoamericano SM (2017)

  • Selo Cátedra (2017)

Características da obra de Marina Colasanti

Marina Colasanti é uma autora da literatura contemporânea brasileira. Escreveu crônicas, contos, poesia e literatura infantojuvenil. De forma geral, suas obras apresentam as seguintes características:

  • intertextualidade;

  • caráter mitológico;

  • protagonismo feminino;

  • questões do universo feminino;

  • fatos do cotidiano;

  • crítica social e de costumes;

  • lirismo;

  • elementos do conto de fadas;

  • realismo fantástico;

  • frases curtas;

  • crítica ao individualismo.

Obras de Marina Colasanti

Capa do livro “Eu sozinha”, de Marina Colasanti, publicado pelo Grupo Global Editorial.
Capa do livro Eu sozinha, de Marina Colasanti, publicado pelo Grupo Global Editorial. [1]
  • Eu sozinha (1968) — crônicas

  • A morada do ser (1978) — contos

  • Uma ideia toda azul (1979) — contos

  • Doze reis e a moça no labirinto do vento (1982) — contos

  • E por falar em amor (1985) — ensaios

  • Ofélia, a ovelha (1989) — infantil

  • Intimidade pública (1990) — ensaios

  • Rota de colisão (1993) — poesia

  • Ana Z, aonde vai você? (1994) — infantojuvenil

  • O lobo e o carneiro no sonho da menina (1994) — infantil

  • Eu sei, mas não devia (1995) — crônicas

  • Longe como o meu querer (1997) — contos

  • O leopardo é um animal delicado (1998) — contos

  • Gargantas abertas (1998) — poesia

  • Um espinho de marfim e outras histórias (1999) — contos

  • A casa das palavras (2000) — crônicas

  • Esse amor de todos nós (2000) — crônicas

  • Penélope manda lembranças (2001) — contos

  • Um amor sem palavras (2001) — infantil

  • A amizade abana o rabo (2002) — infantil

  • A moça tecelã (2004) — contos

  • Fragatas para terras distantes (2004) — ensaios

  • 23 histórias de um viajante (2005) — contos

  • Uma estrada junto ao rio (2005) — infantil

  • Fino sangue (2005) — poesia

  • Os últimos lírios no estojo de seda (2006) — crônicas

  • Minha ilha maravilha (2007) — infantil

  • Minha tia me contou (2007) — infantil

  • Poesia em 4 tempos (2008) — infantojuvenil

  • Com certeza tenho amor (2009) — contos

  • Do seu coração partido (2009) — contos

  • Entre a espada e a rosa (2009) — contos

  • Cada bicho seu capricho (2009) — infantil

  • Passageira em trânsito (2009) — poesia

  • Minha guerra alheia (2010) — autobiografia

  • Contos de amor rasgados (2010) — contos

  • Antes de virar gigante (2010) — infantil

  • Classificados e nem tanto (2010) — infantil

  • Como se fizesse um cavalo (2012) — ensaios

  • O nome da manhã (2012) — infantil

  • Breve história de um pequeno amor (2013) — infantil

  • Hora de alimentar serpentes (2013) — contos

  • Como uma carta de amor (2014) — contos

  • Mais de 100 histórias maravilhosas (2015) — contos

  • Quando a primavera chegar (2017) — contos

  • Um amigo para sempre (2017) — infantil

  • Mais classificados e nem tanto (2019) — infantil

Veja também: Lygia Bojunga — uma das mais importantes autoras de livros infantis e juvenis

Poemas de Marina Colasanti

No poema “Lá fora, a noite”, do livro Rota de colisão |1|, o eu lírico (a voz que enuncia o poema) sugere que a mulher só consegue ser plena no silêncio e na solidão da noite. Afinal, é quando “a família dorme” que ela pode se entregar ao silêncio, já que “ninguém lhe exige/ ninguém lhe pede/ nada”:

É quando a família dorme
— inertes as mãos nas dobras dos lençóis
pesados os corpos sob a viva mortalha —
que a mulher se exerce.
Na casa quieta
onde ninguém lhe cobra
ninguém lhe exige
ninguém lhe pede
nada
caminha enfim rainha
nos cômodos vazios
demora-se no escuro.
E descalços os pés
aberta a blusa
pode entregar-se
plácida
ao silêncio.

Já no poema “Frutos e flores”, também do livro Rota de colisão, o eu lírico é uma mulher, comparada, pelo amado, a uma maçã. Assim, as características dessa maçã estão relacionadas a essa mulher. Os dois versos finais sugerem a penetração sexual. Porém, o pênis do “amado” é comparado a uma faca, o que pode sugerir frieza e dor:

Meu amado me diz
que sou como maçã
cortada ao meio.
As sementes eu tenho
é bem verdade.
E a simetria das curvas.
Tive um certo rubor
na pele lisa
que não sei
se ainda tenho.
Mas se em abril floresce
a macieira
eu maçã feita
e pra lá de madura
ainda me desdobro
em brancas flores
cada vez que sua faca
me traspassa.

Frases de Marina Colasanti

A seguir, vamos ler algumas frases de Marina Colasanti, retiradas de suas crônicas “Falar de amor”, “Não há como medir o amor”, “Que beijo mais lindo!” e “O mundo escuro”:

  • “Sem amor também não se vive.”

  • “Não existe metro nem fita métrica para medir a felicidade.”

  • “O amor é inconsútil, não tem medida.”

  • “A diversidade dos desejos não pode ser ignorada.”

  • “Assim a vida vai, entre os revolucionários que gostam de mudanças, e os conservadores que não gostam delas.”

  • “Estamos chegando demasiado perto da beira do precipício.”

Notas

|1| COLASANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

Crédito de imagem

[1] Grupo Editorial Global (reprodução)

 

Por Warley Souza
Professora de Literatura

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Marina Colasanti"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/marina-colasanti.htm. Acesso em 10 de dezembro de 2024.

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