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Olimpíadas Tóquio 2020

As Olimpíadas de Tóquio 2020 foram realizadas sem público e em 2021 devido à pandemia de coronavírus.

32ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão ocorreu em Tóquio, no Japão. [1]
32ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão ocorreu em Tóquio, no Japão. [1]
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As Olimpíadas de Tóquio 2020, no Japão, foram realizadas de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Elas foram adiadas em um ano por causa da pandemia do coronavírus (covid-19). A 32ª edição das Olimpíadas foi a primeira da Era Moderna a ser adiada — outras três foram canceladas por guerras.

Apesar do adiamento para 2021, o nome dos Jogos Olímpicos de Verão continuou como Tóquio 2020. As Olimpíadas tiveram 33 modalidades esportivas, com a expectativa de participação de mais de 11 mil atletas, os quais representaram 206 países.

Leia também: Quais atletas brasileiros ganharam ouro nas Olimpíadas?

Tópicos deste artigo

Resumo das Olimpíadas de Tóquio 2020

  • Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foram realizados de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

  • As Olimpíadas foram adiadas de 2020 para 2021 por causa da pandemia de covid-19. No entanto, os jogos permaneceram com o nome Tóquio 2020.

  • Por causa da pandemia, as competições realizadas na capital, Tóquio, não tiveram público, devido ao estado de emergência global.

  • O quadro de medalhas foi liderado por Estados Unidos, China e Japão. O Brasil teve o seu melhor desempenho em Olímpiadas até agora, conquistando 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, o que deixou a delegação brasileira em 12º lugar.

  • Skate, surfe, caratê, escalada e beisebol/softball foram as modalidades a estrear nos Jogos de Tóquio.

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Cidade-sede das Olimpíadas de 2020

O Comitê Olímpico Internacional (COI) realizou por dois anos um processo de seleção para a escolha da cidade-sede das Olimpíadas de 2020. Em 15 de fevereiro de 2012, Madri, Istambul, Bacu, Tóquio e Doha tornaram-se cidades postulantes a serem sede dos Jogos Olímpicos. Em seguida, Tóquio, Madri e Istambul foram definidas como as três finalistas para a eleição.

A escolha de Tóquio como cidade-sede foi feita em 7 de setembro de 2013, durante a 125ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, em Buenos Aires. A votação final elegeu a capital do Japão como anfitriã dos Jogos Olímpicos, com 62% dos votos.

Presidente do COI, Jacques Rogge anuncia Tóquio como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. [2]
Presidente do COI, Jacques Rogge anuncia Tóquio como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. [2]

Tóquio foi anunciada oficialmente como sede das Olimpíadas de 2020 na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, data em que começou a contagem regressiva para a 32ª edição da competição. A estimativa orçamentária oficial do Comitê Olímpico de Tóquio para a realização dos jogos foi de 12,6 bilhões de dólares. Além desse valor, o governo anunciou o investimento de mais 7,5 bilhões.

A estrutura dos Jogos Olímpicos conta com 43 locais, sendo:

  • 25 já existentes, que passaram por adaptação para os Jogos;

  • 10 temporários;

  • 8 novas construções.

Algumas modalidades serão disputadas em lugares que foram construídos para as Olimpíadas de 1964 e permanecem em atividade, como é o caso do Estádio Olímpico, do Nippon Budokan e do Ginásio Nacional de Yoyogi.

O Estádio Nacional do Japão, ou Estádio Olímpico, passou por uma grande reforma para receber a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos, além das modalidades de atletismo e partidas de futebol. O estádio renovado tem capacidade para 68 mil pessoas e custou cerca de 1,5 bilhão de dólares.

Estádio Nacional foi reformado para os Jogos Olímpicos. [3]
Estádio Nacional foi reformado para os Jogos Olímpicos. [3]

Os Jogos de Tóquio 2020 não tiveram um parque olímpico. As competições foram disputadas em diversas partes da capital do Japão e também em outras cidades. As partidas de futebol, por exemplo, foram disputadas também em Miyagi, Saitama, Yokohama, Fukushima e Sapporo.

Acesse também: Qual é a origem dos Jogos Olímpicos?

Esportes e modalidades das Olimpíadas de 2020

As Olimpíadas de Tóquio de 2020 contaram com 33 esportes, que foram disputados por mais de 11 mil atletas. Algumas modalidades esportivas tiveram diferentes categorias de competição, como os esportes aquáticos e o atletismo.

Lista de algumas modalidades disputadas nas Olimpíadas de 2020, à esquerda, e um atleta de salto, à direita.

Ginasta, à esquerda, e lista de algumas modalidades das Olimpíadas 2020, à direita.

Jogadora de vôlei à esquerda, lista de modalidades das Olimpíadas ao centro e jogador de tênis de mesa à direita.

Novidades nas Olimpíadas de Tóquio

Alguns esportes foram incluídos ao hall de competições das Olimpíadas:

  • Surfe;

  • Escalada;

  • Skate;

  • Beisebol/Softball.

Dentro das modalidades esportivas já existentes nos jogos, houve o acréscimo das categorias de basquete 3x3 e BMX Freestyle (bicicleta).

Outra novidade dessa edição dos Jogos Olímpicos foi o aumento da participação feminina. Foram criadas categorias mistas para as competições de revezamento 4x400 m e 4x100 m em estilo livre nas piscinas, assim como equipes mistas de triatlo, judô, tiro com arco e tênis de mesa.

Paralimpíadas

As Paralimpíadas são jogos olímpicos voltados para atletas com deficiência física ou cognitiva, conhecidos como paratletas. A edição de Tóquio dos Jogos Paralímpicos também seria realizada em 2020, mas foi adiada para o período de 24 de agosto a 5 de setembro de 2021. A Paralimpíada de Tóquio teve 23 modalidades esportivas.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio contaram com dois novos esportes em suas modalidades de competição: badminton e taekwondo.

Emblema e mascote das Olimpíadas de 2020

O emblema das Olimpíadas de Tóquio foi inspirado no ichimatsu moyo, formas quadriculadas características do período Edo (1603–1867), trazendo a predominância do azul índigo para representar o que a organização das Olimpíadas definiu como “expressão da elegância e sofisticação do Japão”.

Formado de três formas retangulares, que representam diferentes países e culturas, o emblema de Tóquio 2020 buscou unir seu símbolo com a mensagem propagada durante todo o período dos jogos: “unidade na diversidade”, atribuindo ao esporte a função de celebrar as diferenças.

Emblemas das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio
Emblemas das Olimpíadas e Paralimpíadas representam os diferentes países da competição. [4]

A mascote das Olimpíadas de Tóquio também seguiu a cartela de cores e formas do emblema e foi chamada de Miraitowa, nome formado pelas palavras japonesas mirai (futuro) e towa (eternidade), que representa o desejo de um futuro cheio de esperança nos corações de todas as pessoas.

Já a mascote das Paralimpíadas de Tóquio foi Someity, criatura inspirada nas tradicionais flores de cerejeira do Japão, com incrível poder mental e força física, simbolizando a superação de obstáculos dos paratletas. Seu nome é baseado na junção de someiyoshino (espécie de flor de cerejeira) com o termo so mighty (“tão poderoso(a)”, em adaptação ao português).

Mascotes das Olimpíadas e Paralimpíadas
Miraitowa foi a mascote das Olimpíadas e Someity, das Paralimpíadas. [5]

Veja também: Medalhas, tocha e mascotes - conheça os símbolos olímpicos

Medalhas das Olimpíadas de 2020

A premiação das Olimpíadas é constituída de medalhas, destinadas aos três primeiros lugares em cada competição ou torneio, sendo o pódio formado pelos medalhistas de ouro, prata e bronze.

O ranking do quadro de medalhas é definido pela quantidade de medalhas de ouro, seguida pelas de prata e, por último, de bronze. Em Tóquio 2020, o ranking foi liderado por:

Veja o quadro de medalhas dos Jogos de Tóquio 2020:

Quadro de medalhas Tóquio 2020
Brasil ficou na 12ª posição no quadro de medalhas nas Olimpíadas 2020.

Brasil nas Olimpíadas de Tóquio

O Brasil teve em Tóquio 2020 o melhor desempenho em suas participações em Jogos Olímpicos. O Time Brasil, como foi chamada a delegação do país, ficou em 12º lugar no ranking geral, superando a última edição, em que o Rio de Janeiro foi sede e a campanha brasileira ficou na 13ª posição.

Ganhar uma medalha é sempre uma grande conquista, mas alguns feitos entraram para a história do esporte. A ginasta Rebeca Andrade foi a primeira mulher brasileira a subir no pódio duas vezes em uma mesma edição – ouro no salto e prata no individual geral. Ela também foi a primeira medalhista brasileira da ginástica artística em Jogos Olímpicos – prata no individual geral.

Com apenas 13 anos, Rayssa Leal conquistou sua primeira medalha olímpica e trouxe a prata para o Brasil na estreia do skate street em Olimpíadas, além de ser a mais jovem atleta da história da delegação brasileira.

Já a dupla Luísa Stefani e Laura Pigossi conquistou o bronze inédito para o Brasil no tênis.

Sustentabilidade nas Olimpíadas de 2020

Para as Olimpíadas de Tóquio, o projeto de sustentabilidade da competição utilizou lixo eletrônico (material coletado de celulares e outros produtos) para fabricação da parte interior das mais de 5 mil medalhas que foram distribuídas aos atletas.

Fora essa iniciativa, as medalhas também contaram com 0,048 grama de ouro, 0,26 grama de prata e 12 gramas de cobre, e os esportistas que conquistaram o primeiro lugar tiveram suas medalhas banhadas com cerca de 6 gramas de ouro.

Pandemia e restrições nas Olimpíadas de 2020

O Comitê Olímpico Internacional precisou fazer algumas mudanças e impor restrições para que a realização dos Jogos Olímpicos fosse possível durante a pandemia.

- Público

Para a manutenção dos Jogos em 2021, o comitê restringiu a participação de espectadores. Faltando poucos dias para o início do evento, foi decretado estado de emergência em Tóquio e, com isso, a ideia de permitir público foi suspensa em grande parte dos locais.

Nos poucos lugares em que a presença do público foi permitida, foi obrigatório o uso de máscara e não foram admitidos gestos como falar alto ou gritar, pedir autógrafos aos atletas, entrar em contato físico com outros torcedores, agitar toalhas ou ações similares. Além disso, a venda e o consumo de álcool foram proibidos.

- Atletas

Os atletas também tiveram restrições para participar das Olimpíadas de Tóquio. Eles fizeram testes diários para a covid-19, não puderam se deslocar (exceto entre competições, treinamentos e a Vila Olímpica) e precisaram embarcar para seus países de origem ao fim das competições de suas modalidades. O número de representantes do exterior foi reduzido, e o comitê só permitiu a ida de atletas e pessoas essenciais às delegações.

- Desistência de voluntários

Diante das críticas de médicos ao governo japonês, por causa da realização dos Jogos Olímpicos durante a pandemia, cerca de 10 mil dos 80 mil voluntários desistiram de participar do evento.

Apesar do deficit de voluntários, a realização dos jogos não foi afetada, já que as restrições impostas concentraram a atuação do voluntariado na assistência aos atletas e nos ambientes dos jogos em si, sem atendimento ao público, como de costume.

- Impacto financeiro

Com a proibição do público estrangeiro, o comitê organizador reembolsou cerca de 600 mil ingressos para os Jogos Olímpicos e 300 mil para as Paralimpíadas. Ou seja, foi intenso o impacto financeiro da ausência de turistas estrangeiros em Tóquio. Redes de hotelaria e restaurantes não receberam o público esperado e, para quem fez investimento, isso gerou um prejuízo que não estava previsto.

Próximas Olimpíadas

As sedes das próximas três edições das Olimpíadas de Verão já estão definidas. Entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024 serão realizados os Jogos Olímpicos de Paris. Será a terceira vez que a capital francesa receberá o evento – a primeira foi em 1900 e a segunda, em 1924.

As Olimpíadas de Verão 2028 serão em Los Angeles, nos Estados Unidos, cidade que também já recebeu os Jogos Olímpicos em duas oportunidades: 1932 e 1984. Já as Olimpíadas de 2032 serão em Brisbane, na Austrália.

Créditos das imagens

[1] kovop58 / Shutterstock

[2] Reprodução COI / Olympic.org

[3] yu_photo / Shutterstock

[4] Reprodução COI / Olympic.org

[5] Reprodução COI / Olympic.org

 

Por Lorraine Vilela
Jornalista

Escritor do artigo
Escrito por: Lorraine Vilela Campos Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CAMPOS, Lorraine Vilela. "Olimpíadas Tóquio 2020"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/olimpiadas-toquio-2020.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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