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Os métodos contraceptivos são utilizados para evitar uma gravidez indesejada. Eles devem ser escolhidos de acordo com a realidade de cada casal, avaliando-se sempre o custo do método, a facilidade do uso, sua capacidade de reversibilidade, a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, efeitos colaterais e a aceitabilidade por parte dos envolvidos. Os métodos contraceptivos podem ser de barreira, hormonais, definitivos e comportamentais. Os métodos de barreira são aqueles que impedem a passagem do espermatozoide, impossibilitando, portanto, a fecundação.
Entre os métodos de barreira existentes, podemos destacar os espermicidas, também chamados de espermaticidas. Trata-se substâncias químicas usadas no interior da vagina e no colo do útero para impedir que espermatozoide atinja o canal cervical.
Os espermicidas podem ser encontrados na forma de cremes, geleias, filmes, supositórios, comprimidos, tabletes ou espumas e são formados por diferentes substâncias químicas, sendo a mais comum o nonoxinol-9. Essa substância age na membrana do espermatozoide, diminuindo sua mobilidade ou causando a sua morte. Além do nonoxinol-9, outras substâncias bastante utilizadas são o menfegol, clorexidina e o cloreto de benzalcônio.
O modo de usar o espermicida é bastante simples: basta colocar o produto o mais próximo possível do colo do útero. Quando a substância estiver na forma de comprimidos e tabletes, será necessário colocar e aguardar pelo menos 15 minutos antes da relação sexual. Vale destacar também que é necessário observar na bula do produto o tempo de ação do espermicida a fim de evitar novas relações após o fim do efeito medicamentoso. A grande maioria dos produtos possui ação por cerca de uma hora.
O uso do espermicida pode provocar irritação na vagina e/ou no pênis, sendo recomendando, nesses casos, o interrompimento do uso do método. Dependendo da quantidade e da frequência do uso, podem surgir microfissuras na mucosa da vagina, o que favorece o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis. Além dessas doenças, o uso do espermicida favorece o desenvolvimento de candidíase, vaginose bacteriana e infecções urinárias.
Os espermicidas apresentam uma eficácia relativamente baixa quando comparados com outros métodos, apresentando índice de falha de 29% em uso habitual. Quando associados com outros métodos, tais como camisinha e diafragma, podem aumentar significativamente a eficiência dessas técnicas.
ATENÇÃO: O espermicida não é recomendado para pessoas com múltiplos parceiros, uma vez que podem aumentar os riscos de acometimento por DST.
Por Ma. Vanessa dos Santos