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Discordância gráfica e irregularidade verbal fazem referência a uma classe gramatical (verbo) dotada de distintas particularidades, das quais devemos ter conhecimento. Dessa forma, em face de tal realidade, o artigo em questão tem por finalidade abordar acerca das diferenças demarcadas entre esses dois elementos, postos em discussão.
Muitas vezes tais expressões são consideradas sinônimas, razão pela qual é preciso saber distingui-las, de modo a não cometer nenhum “tropeço” que possa ferir o idioma. Para tanto, consideremos as ideias presentes nas afirmações de dois renomados gramáticos – Celso Cunha e Lindley Cintra, em sua Gramática do Português Contemporâneo:
* Alguns verbos referentes à primeira conjugação, cujos radicais terminam em “-ç”, “-c” e “-g”, mudam essas letras, respectivamente, para “-qu”, “-c” e “-gu”, sempre que o “-e” lhes seguir. Constatemos alguns exemplos:
ficar – fiquei
justiçar – justicei
chegar – cheguei
* Os verbos referentes à segunda e terceira conjugações, cujos radicais terminam em “-c”, “-g” e “-gu” mudam tais letras para, respectivamente, “-ç”, “-j” e “-g”. Vejamos estes casos que seguem:
vencer – venço – vença
tanger – tanjo – tanja
erguer – ergo – erga
restringir – restrinjo – restrinja
extinguir – extingo – extinga
Mediante as mudanças ora demarcadas, constatamos que se tratam de apenas acomodações gráficas que em nada se assemelham à irregularidade verbal, submetidas ao convencionalismo regido pelos postulados gramaticais, sobretudo aqueles que dizem respeito a questões ortográficas.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras