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Sobre Energias Renováveis
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Com objetivo de preservar os recursos naturais do planeta e diminuir os impactos ambientais, deu-se inicio à busca por fontes de energia com baixo custo ambiental, denominadas fontes alternativas.
Seguindo essa tendência, a Petrobras traçou metas para ampliar sua área de atuação e se estabelecer como uma empresa de energia. A companhia vem investindo no segmento de energias renováveis: energia eólica, energia solar, biocombustíveis e biogás, entre outros, contribuindo para diversificar a matriz energética brasileira.
PREPARANDO O FUTURO
Como será a Petrobras do futuro? Com base nos planos atuais traçados no "Plano Estratégico 2015" e sem precisar fazer vagos exercícios de futurologia, já é possível apontar em algumas direções.
A Petrobras estará posicionada como uma empresa de energia, presente nos mercados mundiais, líder da indústria do petróleo na América Latina, com grande ênfase na prestação de serviços e livre para atuar como empresa internacional.
Mais do que simplesmente guiar a Petrobras através dos caminhos do crescimento e de maiores lucros, o objetivo principal do Plano é consolidar a posição de liderança como uma companhia petrolífera integrada no Brasil.
Em paralelo, a empresa visa aumentar a presença no mercado internacional, tornando-a uma importante companhia regional, com destacado desempenho na oferta global de energia para a América Latina.
Tendo o meio ambiente como ênfase especial, o Plano Estratégico estabelece metas para que sejam atingidos, em todos os segmentos da indústria do petróleo, os mesmos níveis de excelência já alcançados nas tecnologias de prospecção, exploração e produção de petróleo, especialmente em águas profundas.
Este é, sem dúvida, um grande passo. Mas enfrentar e vencer obstáculos tem sido sempre a marca registrada da Petrobras, em 50 anos de história. De todos os desafios que já enfrentou e superou, talvez o mais estimulante seja a nova realidade do mercado brasileiro, com o fim do monopólio do petróleo.
A abertura do mercado do petróleo criou novas oportunidades de negócios, e a Petrobras saberá como obter os melhores resultados. Uma companhia internacionalmente ativa e na vanguarda do setor em toda a América Latina, assim será a Petrobras do futuro.
ÁLCOOL
A utilização do álcool como aditivo à gasolina teve início nos anos 30. A medida foi regulamentada pelo decreto 19.717, de 20 de fevereiro de 1931, que estabeleceu a aquisição obrigatória de álcool anidro de procedência nacional, na proporção de 5% da gasolina importada, e dava outras providências.
Entre essas demais providências, o decreto isentava de impostos de importação, expediente e taxas aduaneiras todo material necessário para a implementação e aprimoramento de usinas para a fabricação e redestilação do álcool anidro - concedendo igual beneficio à destilação do xisto.
A adição do álcool anidro à gasolina permanece indicada por lei, tendo sido elevada a proporção para 25%.
Apenas com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, o álcool combustível teve um impulso. Os primeiros veículos movidos a álcool hidratado chegaram às ruas em 1979. O mundo vivia a crise do petróleo e o Brasil lançava as raízes de uma capacidade instalada de produção anual de 16 bilhões de litros de álcool, o equivalente a 84 milhões de barris de petróleo/ano.
Hoje são três milhões de veículos, em média, movidos a álcool hidratado, consumindo 4,9 bilhões de litros/ano. Nas últimas décadas a substituição da gasolina pelo álcool registrou a economia de 1,8 bilhão de dólares por ano.
"Carro a álcool, um dia você vai ter um". O slogan do Proálcool quase se concretizou. A produção dos veículos crescia a cada ano, até ultrapassar os 70% em 1986. Nessa época, o Proálcool atingiu seu apogeu, quando um terço da frota nacional utilizava o álcool como combustível. Contudo, com o fim da crise do mercado internacional de petróleo, o programa foi revisto.
Sem as vantagens e incentivos de antes - tais como a redução do valor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) -, a produção entrou em declínio até atingir 3,3%, em 2002.
A novidade do mercado automobilístico que tem aumentado a participação do álcool no segmento fica por conta dos carros bicombustíveis. Esses veículos permitem ao proprietário escolher com qual produto irá abastecer: álcool hidratado ou gasolina.
Muitos países têm mostrado interesse em misturar álcool à gasolina para reduzir a emissão de gases poluentes. Por isso, a Petrobras desenvolve - em cooperação com outros segmentos da sociedade - um programa de exportação de álcool para o mercado externo.
ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO COMBUSTIVEL (AEAC)
O produto adicionado por lei federal à gasolina é o álcool anidro (isento de água). Ele é obtido a partir da fermentação do caldo da cana-de-açúcar e, de acordo com a Portaria ANP 45/01, possui teor alcoólico mínimo de 99,3º INPM.
ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO COMBUSTÍVEL (AEHC)
O álcool combustível é um produto renovável e limpo que contribui para redução do efeito estufa e diminui substancialmente a poluição do ar, minimizando os seus impactos na saúde pública.
No Brasil, o uso intenso do álcool restringe a emissão de poluentes da crescente frota de veículos, principalmente de monóxido de carbono, óxidos de enxofre, compostos de chumbo e compostos orgânicos tóxicos como o benzeno.
O álcool etílico hidratado combustível (AEHC), utilizado nos carros a álcool, como o próprio nome diz é hidratado, ou seja, possui água. Esse teor de água é, em média, de 7% (a Portaria ANP 45/01 fixa o teor alcoólico na faixa de 92,6º a 93,8º INPM. Este produto não é utilizado como aditivo à gasolina.
BIODIESEL
Nomenclatura utilizada genericamente para combustíveis derivados de oleaginosas como mamona, dendê, babaçu, soja, palma e gordura animal.
O biodiesel pode ser adicionado ao óleo diesel tradicional, de origem fóssil, como uma alternativa de combustível para o transporte, além de ser usado na geração de energia elétrica.
Comparativamente com o diesel convencional, o biodiesel apresenta várias vantagens ambientais, como a diminuição das emissões de gás carbônico e a ausência de enxofre. Outra contribuição do produto é a geração de empregos e renda nas áreas rurais.
Algumas das frentes em combustíveis alternativos passam pelo aprimoramento da fonte fóssil em uso, e sua gradual substituição. É o caso do biodiesel, no qual a Companhia deve investir, principalmente na produção de óleo vegetal a partir da mamona, espécie que pode ser plantada no semi-árido, em terrenos de pouco valor.
Esse produto produzido no Cenpes a partir de etanol e sementes da mamona é o destaque do programa desenvolvido pela Petrobras para atuação no biodiesel.
No Programa Brasileiro de Biodiesel, um grupo interministerial trabalha atualmente na regulamentação deste mercado, e já está prevista a adição de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo a partir de novembro deste ano.
A companhia também está desenvolvendo plantas-piloto de diferentes tecnologias. A partir dos resultados obtidos será selecionada a melhor tecnologia para as plantas industriais a serem construídas pela Petrobrás.
BIOMASSA
O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do Governo Federal, prevê a geração de energia a partir de bagaço de cana, lixo e esgoto, contando com os benefícios do Protocolo de Quioto.
A utilização do biogás proveniente de lixo e dejetos sanitários como insumo para produção de energia representa grande benefício socio-ambiental. Esse tipo de projeto proporciona vantagens, principalmente para os grandes centros urbanos, devido à redução de emissões de poluentes, como o metano, gás de grande impacto no efeito estufa e que, em média, corresponde a 50% do volume do biogás.
A Petrobras negocia parcerias com empresas de limpeza urbana e saneamento em todo Brasil para aproveitar o biogás de lixo e esgoto sanitário na geração de energia elétrica.
ENERGIA EÓLICA
A transformação da força do vento em energia é uma tendência mundial. A energia eólica contribui para a preservação do meio ambiente, não requer água nem gera gases que provocam o efeito estufa.
A Petrobras investiu em três parques eólicos: o primeiro em Macau, no Rio Grande do Norte, com capacidade de produzir 1,8 MW, e dois nos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, com capacidade entre 3 MW e 4 MW cada.
Para analisar a viabilidade das futuras unidades, a Petrobras mantém equipamentos de medição do potencial dos ventos em cerca de vinte localidades do Brasil.
ENERGIA SOLAR E FOTOVOLTAICA
O SOL COMO FONTE DE ENERGIA
A Petrobras aproveita a energia solar em projetos de aplicação térmica (para aquecimento de água) e fotovoltaica (para a geração de energia elétrica) em suas unidades operacionais.
ENERGIA TÉRMICA: A energia solar para geração térmica é uma tecnologia limpa ainda pouco explorada no Brasil apesar de apresentar grande potencial, em função das características climáticas brasileiras e pelos resultados expressivos obtidos nos projetos que estão sendo implementados.
A Petrobras identificou várias oportunidades para aplicação de aquecimento termo-solar de água, em vestiários e restaurantes das diversas unidades da empresa.
Os sistemas desenvolvidos fazem parte de um grande programa de instalação de unidades termo-solares em várias unidades do Sistema Petrobras.
ENERGIA FOTOVOLTAICA: a transformação da luz em eletricidade (energia fotovoltaica) será cada vez mais aplicada pela Petrobras, em locais isolados como monobóias, proteção catódica de dutos por injeção de corrente elétrica, sistemas de medição e monitoramento e geração de energia em pequenas plataformas.
A energia fotovoltaica é obtida a partir de duas tecnologias principais: a de células de silício cristalino (poli e monocristalino) e a de filmes finos.
A tecnologia com células de silício cristalino apresenta menos restrições e é mais aprimorada, enquanto que a de filmes finos permite uma maior integração em sistemas arquitetônicos, apesar de ser menos eficiente.
A tecnologia de filmes finos utiliza silício amorfo, cádmio, índio, gálio e selênio como matéria-prima.
Em Mossoró, Rio Grande do Norte, módulos de filme fino já fornecem energia para uma unidade de bombeio de petróleo. Trata-se de um motor de 1 HP com 760 watts instalados em módulos fotovoltaicos. Outro sistema de bombeio com potência maior está sendo projetado.
A empresa está instalando no Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras) mais 40 MW, o maior conjunto de painéis fotovoltaicos do Brasil em um único local.
ENERGIA GEOTÉRMICA
A energia geotérmica, ou o calor da terra, aumenta de acordo com a profundidade. Em condições normais, ocorre um acréscimo de 20 a 40ºC por quilômetro.
No Rio Grande do Norte, a Petrobras está utilizando poços de petróleo já secos para aquecer cerca de 500 mil metros cúbicos/dia de gás natural a ser injetado em poços produtores. Assim, diminui a queima de combustíveis, o que reduz custos e evita emissões de CO2 para a atmosfera.
Produtos
DERIVADOS DO PETRÓLEO
Os derivados do petróleo são obtidos em processos básicos de refinação: destilação atmosférica e a vácuo. Tanto são originados produtos acabados quanto componentes que entrarão na transformação e acabamento de outros.
Os produtos derivados do petróleo podem ser reunidos nos seguintes grupos:
COMBUSTÍVEIS: Gasolinas, Gás Natural e GLP, Óleo diesel, Óleo combustível, Querosene de aviação, Bunker (combustíveis marítimos).
LUBRIFICANTES: Óleos lubrificantes minerais, Óleos lubrificantes graxos, Óleos lubrificantes sintéticos, Composição betuminosa.
INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA: Nafta, Gasóleo.
ESPECIAIS: Solventes, Parafinas, Asfalto, Coque.
PARÂMETROS PARA COMERCIALIZAÇÃO
Os derivados do petróleo comercializados devem atender determinados parâmetros relacionados a combustão, escoamento, estabilidade química e térmica, poluição e corrosão.
COMBUSTÃO: de acordo com o processo de utilização, os produtos devem possuir facilidade de queima, sem produzir resíduos nem fuligens.
OS PARÂMETROS RELACIONADOS A CADA PRODUTO SÃO: octano (gasolina), cetano (diesel), luminômetro (querosene e aviação), ponto de fuligem (querosene de iluminação), poder calorífico (querosene de aviação e óleo combustível).
ESCOAMENTO: o produto deve possuir facilidade de transporte a baixas temperaturas. A análise leva em conta ponto de congelamento (querosene de aviação), ponto de névoa e ponto de entupimento (diesel) e ponto de fluidez (lubrificantes e óleos combustíveis).
ESTABILIDADE QUÍMICA E TÉRMICA: esta especificação verifica a facilidade que o produto tem de reagir, degradando-se e formando resíduos por oxidação ou na combustão.
OS PARÂMETROS DESSA ANÁLISE SÃO: teor de gomas (gasolina), teor de gomas e hidrocarbonetos aromáticos (querosene de aviação) e teor de compostos nitrogenados e resíduos de carbono (diesel)
POLUIÇÃO E CORROSÃO: análise das partículas poluidoras e corrosivas expelidas por quase todos os derivados. Os itens verificados são o teor de enxofre e a corrosividade. Os valores obtidos atendem a normas estabelecidas e visam preservar o meio-ambiente e a vida-útil dos equipamentos.
EVOLUÇÃO DAS QUALIFICAÇÕES DOS DERIVADOS
Nos primórdios da comercialização dos derivados de petróleo, o controle de qualidade dos produtos era realizado a partir de poucas características sugeridas e normalizadas por órgãos controlados pelas próprias companhias.
Nessa fase, havia pequena variedade de produtos que era obtida na sua maioria por destilação atmosférica. Com o avanço tecnológico, os produtos se diversificaram e passaram a ser obtidos por processos de conversão de maior complexidade.
Nos dias atuais, o controle das qualificações passou a ser exercido pela sociedade que se organizou através de códigos de consumidores e de leis de proteção ambiental. As empresas passaram a desenvolver tecnologias que permitissem produzir derivados de petróleo que aliassem desempenho elevado, economia e mínima agressão ao meio ambiente.
Toda essa evolução contribuiu para que as companhias de petróleo se especializassem na Engenharia de Produtos, que estuda e analisa as interações dos produtos de petróleo com seu processo de produção, de utilização e com o meio ambiente.
Um derivado somente apresentará um bom desempenho sem agredir o meio ambiente, quando existir compromisso de responsabilidade entre o refinador, fabricante do equipamento e usuário.
GASOLINA
A gasolina é líquida, volátil, inflamável e constituída quimicamente por uma mistura complexa de mais de 400 hidrocarbonetos. As características e especificações dos componentes da gasolina são regulamentadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O octano é um dos hidrocarbonetos presentes em qualquer tipo de gasolina e sua importância está relacionada com uma das principais propriedades do combustível: o poder antidetonante.
DETONAÇÃO X OCTANAGEM
O QUE É DETONAÇÃO?
A mistura da gasolina vaporizada com o ar, no carburador do veículo, acarreta na queima do combustível. A detonação acontece quando essa queima é rápida e irregular, produzindo uma grande explosão e um ruído facilmente ouvido.
A detonação é conhecida popularmente como "batida de pino", que causa a diminuição da potência do motor.
O QUE É OCTANAGEM?
A octanagem é determinada pela porcentagem de octano existente na gasolina e corresponde a medida do poder antidetonante da gasolina. Quanto maior for a octanagem da gasolina maior será o seu poder antidetonante.
GASOLINAS COMERCIALIZADAS
Os tipos de gasolina comercializados no país são: comum, aditivada, Premium e Petrobras Podium (produto exclusivo dos Postos Petrobras). Em todas, as distribuidoras adicionam um percentual de álcool anidro definido, por lei, pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento.
A gasolina comum é o produto básico comercializado em todo o território nacional, também chamado de Gasolina C.
A gasolina aditivada difere da comum por receber das companhias distribuidoras um aditivo com características detergentes e dispersantes.
A função dele é manter o motor limpo, sem agregação de depósitos, o que permite um bom fluxo de combustível e conseqüentemente um melhor desempenho. Esse tipo de gasolina é indicado para todos os veículos de injeção eletrônica ou carburado.
A gasolina Premium também recebe aditivos detergentes e dispersantes das companhias distribuidoras, porém difere das demais por apresentar octanagem mais elevada e um menor teor de enxofre. Sua utilização é indicada para veículos com motores de alta taxa de compressão.
Petrobras Podium é a gasolina com mais alta octanagem comercializada no mundo. Ela proporciona um total aproveitamento da potência projetada pelo fabricante do motor.
O produto foi desenvolvido com a mesma tecnologia da gasolina utilizada pelos carros da equipe BMW WilliamsF1 e possui baixíssimos teores de benzeno e enxofre na sua composição, o que reduz a emissão de monóxido de carbono em até 42%.
GASES LIQUEFEITOS DE PETRÓLEO - GLP
Conhecido popularmente como gás de cozinha, o GLP é obtido a partir das frações mais leves do petróleo ou das mais pesadas do gás natural.
Quando proveniente do gás natural é constituído pelos hidrocarbonetos propano e butano. No caso de ser extraído nas refinarias a partir do petróleo, o GLP é composto também de propeno e buteno (hidrocarbonetos do tipo insaturados, oleofínicos).
CARACTERÍSTICAS:
*O GLP sob pressão atmosférica e temperatura ambiente apresenta-se no estado gasoso;
*Nos processos de armazenamento e transporte, apresenta-se no estado líquido.
*Queima limpa;
*Composição química razoavelmente uniforme;
*Baixo teor de enxofre (não corrosivo);
*Alto poder calorífico;
*Fácil armazenamento e segurança no uso;
*Combustão completa.
APLICAÇÕES:
*Combustível doméstico
*Combustível industrial
*Corte de metais
*Aerossóis
ÓLEO DIESEL
O diesel é constituído basicamente por hidrocarbonetos. Possui concentrações baixas de enxofre, nitrogênio e oxigênio. É um produto inflamável, medianamente tóxico, volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico.
O óleo diesel é utilizado em motores de combustão interna e ignição por compressão empregados nas mais diversas aplicações.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
*apresenta ótima qualidade de ignição: a combustão ou queima se inicia rapidamente após a injeção;
*proporciona queima limpa e completa, produzindo o mínimo de resíduos, depósitos e cinzas;
*não é corrosivo nem produz gases tóxicos e corrosivos em sua combustão;
*mistura-se facilmente com o ar;
*não contém água e sedimentos que ocasionariam a interrupção do seu fluxo;
*proporciona segurança e facilidade de manuseio e estocagem.
APLICAÇÕES:
*combustível industrial;
*combustível para motores a explosão de máquinas (locomotivas);
*combustível para veículos pesados (carretas, tratores, caminhões);
*combustível para automotivo (ônibus, veículos utilitários);
*combustível para embarcações marítimas;
*combustível para geração de energia elétrica.
ÓLEO COMBUSTÍVEL
O óleo combustível é originado das frações residuais da destilação do petróleo e possui uma composição química bastante complexa.
Ele possui derivados que contêm enxofre, nitrogênio, oxigênio e quantidades pequenas de alguns metais como vanádio, níquel, sódio, ferro e outros. Além disso, seus hidrocarbonetos são de elevado peso molecular.
Este produto pode receber aditivos especiais para melhorar a estabilidade do produto ou combater a ação corrosiva dos compostos de vanádio.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
*produz combustão mais completa possível;
*os gases provenientes da combustão não devem apresentar toxidez e nem corrosividade elevada;
*não produz depósitos inorgânicos nos queimadores;
*possui alto poder calorífico;
*escoa facilmente em baixas temperaturas;
*é de fácil manuseio e transporte seguro.
APLICAÇÃO:
*equipamentos destinados à geração de energia ou calor (caldeiras, fornos, aquecedores etc).
QUEROSENE
O querosene possui diversas características específicas como uma ampla curva de destilação, conferindo a este um excelente poder de solvência e uma taxa de evaporação lenta, além de um ponto de fulgor que oferece relativa segurança ao manuseio.
Ele é um produto intermediário entre a gasolina e o óleo diesel, obtido por destilação fracionada do óleo cru. Sua aplicação vai desde líquido para limpeza até como combustível para aviação.
APLICAÇÕES:
*iluminação em lampiões e lamparinas;
*combustível para aquecimento doméstico em regiões frias;
*veículo para aplicação de inseticidas;
*solventes para produção de asfaltos diluídos para pavimentação
*desengordurante de peles e couros;
*líquido de limpeza;
*combustível para turbinas de avião a jato.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS
QUEROSENE ILUMINANTE (QI)
*Produzir queima isenta de odor e de fumaça;
*viscosidade adequada;
*o teor de enxofre deve ser baixo;
*o ponto de fulgor deve ser no mínimo 40ºC.
VEÍCULO DE INSETICIDA E LÍQUIDO DE LIMPEZA
Estes tipos de querosene devem ser altamente refinados para reduzir o odor e eliminar a possibilidade de incorporar manchas.
QUEROSENE DE AVIAÇÃO (QAV)
O Querosene de Aviação (QAV) deve apresentar as seguintes características ideais para proporcionar um melhor desempenho nas turbinas dos aviões a jato:
*Máxima eficiência de combustão;
*alto poder calorífico;
*mínima tendência à formação de resíduos;
*ausência de corrosividade;
*baixo ponto de congelamento;
*baixa pressão de vapor.
BUNKER - COMBUSTÍVEL NAVAL
O Bunker é um óleo combustível para navios em geral. Ele é resultado da mistura de petróleo importado com petróleo nacional, o que proporciona um baixo teor de metais (alumínio e silício) e de enxofre.
A Petrobras fornece combustível a mais de 7.000 navios por ano, sempre trabalhando em estreita parceria com os clientes. O serviço eficiente, os preços competitivos e a qualidade garantida dos produtos levaram a empresa a ser reconhecida como um dos melhores fornecedores físicos de Bunker do mundo.
Petrobras Bunkering é o departamento especializado no fornecedor de serviços e combustíveis para abastecer embarcações 'na costa atlântica da América do Sul ou na área de Cingapura.
Os cuidados com a segurança e o meio ambiente são constantes em todos os navios. As 36 barcaças da companhia possuem interruptores automáticos de corte de emergências nos distribuidores e equipamento de recuperação de óleo.
Todo o pessoal de operações recebe treinamento permanente e os dispositivos de segurança também são constantemente mantidos em perfeitas condições de uso. A preocupação em oferecer os melhores serviços levou a uma certificação de qualidade ISO 9002 para as operações de logística e marketing da Petrobras Marine.
ÓLEOS LUBRIFICANTES
O produto cria uma película de espessura muito pequena, mas de grande resistência, que cobre as superfícies que se movimentam em um equipamento. A função do óleo lubrificante é reduzir o atrito e o desgaste dessas peças.
Quanto à natureza, os lubrificantes podem ser apresentados na forma gasosa, líquida, pastosa ou semi-sólida e sólida.
Os lubrificantes líquidos podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxos), derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura de dois ou mais tipos (óleos compostos).
ÓLEOS MINERAIS
Esses óleos são quimicamente constituídos por hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, podendo conter quantidades menores de hidrocarbonetos aromáticos e, raramente, traços de hidrocarbonetos olefínicos.
De acordo com o tipo de hidrocarbonetos que prevalece na sua composição são denominados como: óleos lubrificantes básicos naftênicos ou óleo lubrificante básico parafínico.
Sua principal característica é a viscosidade que deve variar o mínimo possível em altas temperaturas.
APLICAÇÕES:
*setor automotivo;
*setor industrial;
*setor marítimo;
*setor ferroviário.
NAFTA - INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA
Líquido incolor utilizado principalmente como matéria-prima na obtenção, principalmente, de propeno, eteno e correntes aromáticas.
A Petrobras é a única produtora de nafta petroquímica no Brasil, atendendo à demanda nacional com produção própria e por importações.
GASÓLEO - INSUMOS PARA A PETROQUÍMICA
A fração leve de gasóleo produzida na unidade de coqueamento retardado pode ser incorporada ao pool de diesel, após hidrotratamento. Outra forma de obtenção do produto é através da destilação a vácuo.
SOLVENTES
Os solventes correspondem às frações especiais de hidrocarbonetos líquidos obtidos pela destilação de naftas leves e médias, que são selecionadas e refinadas.
Este produto é utilizado em processos industriais e formulações comerciais para dissolver, manter em suspensão ou servir de veículo para outros ingredientes dessas operações.
Os modernos processos de refinação produzem uma grande variedade de solventes de alta pureza, grande estabilidade e diversas amplitudes de faixas e pontos de ebulição.
Esses solventes são, em geral, de baixo custo por estarem disponíveis em grandes volumes e possuem uma composição química muito variada, que pode conter hidrocarbonetos parafínicos, aromáticos ou naftênicos.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
*possuir volatilidade adequada;
*ser inodora e incolor;
*possuir poder de solvência satisfatório
*apresentar boa estabilidade química;
*não apresentar acidez;
*não apresentar corrosividade;
*ser de manuseio seguro.
APLICAÇÕES:
*desidratação de álcool;
*fluído para isqueiro;
*tira-manchas;
*solventes para laboratórios;
*solventes para inseticidas e pesticidas;
*solventes para pastas de polimento e outros.
PARAFINAS
Produto obtido na destilação do alcatrão do petróleo, composto basicamente por uma mistura de hidrocarbonetos do tipo parafínicos, com predominância de alcanos normais, que são os responsáveis pelo estado cristalino das parafinas.
Em temperatura ambiente apresenta consistência sólida.
APLICAÇÕES:
*fabricação de velas;
*indústria de papel e embalagens (impermeabilizante);
*indústria têxtil (impermeabilizante);
*fabricação de fósforo;
*indústria de pilhas e baterias eletroquímicas;
*indústria de laticínios e frigoríficos;
*indústria de borrachas e pneumáticos;
*indústria de cosméticos;
*indústria de explosivos;
*indústria de ceras polidoras;
*indústria farmacêutica (vaselinas - pomadas);
*fabricação de moldes para próteses dentárias;
*indústria agrícola (proteção de frutas e sementes);
*fabricação de filmes fotográficos;
*fabricação de arroz parboilizado.
ASFALTO
Originalmente, o asfalto é encontrado dissolvido no petróleo e pode ser obtido por evaporação natural de depósitos localizados à superfície terrestre (asfalto natural) ou por destilação em unidades industriais a partir do óleo combustível.
Quimicamente é formado por uma mistura de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular e pode ser encontrado sob a forma líquida, viscosa ou semi-sólida.
O betume é o elemento ativo do asfalto e transfere a ele a propriedade impermeabilizante e aglutinante.
APLICAÇÕES
*Pavimentação de estradas;
*Impermeabilizante na construção civil;
*Fabricação de tintas especiais para proteção contra erosão;
*Fabricação de tintas de impressão;
*Confecção de baterias eletroquímicas;
*Fabricação de solados especiais para calçados.
COQUE DE PETRÓLEO
Produto resultante do processo de craqueamento de resíduos pesados (coqueamento), o coque de petróleo é constituído basicamente de carbono (90 a 95% de sua composição). Apresenta-se em estado sólido, negro e brilhante e sua queima não produz cinza como resíduo.
APLICAÇÕES:
*matéria-prima para produção de gás, gasolina, gasóleo e gasóleo pesado.
*utilizado na fabricação de coque calcinado, pela indústria do alumínio e na fabricação de eletrodos;
*componente da produção de coque siderúrgico, misturado com carvão mineral
*como redutor, em metalurgia, na fabricação de carboneto de cálcio e carboneto de silício.
XISTO
O QUE É XISTO?
O xisto betuminoso, ou folhelho pirobetuminoso, é uma rocha sedimentar do tipo oleígena, normalmente argilosa, que contém betume e querogênio, um complexo orgânico que se decompõe termicamente e produz óleo e gás.
Ao ser submetido a temperaturas elevadas, o xisto libera um óleo semelhante ao petróleo, água e gás, deixando um resíduo sólido contendo carbono. O xisto é considerado, mundialmente, a maior fonte em potencial de hidrocarbonetos.
O xisto gera uma infinidade de subprodutos e rejeitos que podem ser aproveitados pelos mais diversos segmentos industriais. É utilizado na produção de vidros, cimento e cerâmicas vermelhas, além de ser ótima matéria-prima na produção de argila expandida, empregada em concretos estruturais e isolantes termoacústicos.
O refino tradicional do xisto obtém nafta, gasolina, óleo diesel, óleo combustível e gás liquefeito - correspondentes aos mesmos derivados do petróleo extraído dos poços. As características desses produtos dependem do tipo de matéria orgânica e inorgânica que possuem e do solo onde foram formados.
Os rejeitos economicamente aproveitáveis após a mineração do xisto são:
CALXISTO: rocha carbonatada, denominada marga dolomítica empregada na agricultura para corrigir a acidez do solo.
CINZAS DE XISTO: utilizadas como insumo para a produção de cimento;
TORTA OLEOSA: combustível sólido alternativo à lenha e ao carvão mineral;
FINOS DE XISTO: utilizados como combustível e em cerâmica;
ÁGUA DE RETORTAGEM: utilizada na produção de adubo e defensivos agrícolas.
As técnicas de processamento são: retortagem ou pirólise, gaseificação e combustão. A Petrobras produz óleo de xisto na Superintendência da Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, no Paraná.
FERTILIZANTES
O fertilizante é utilizado para suprir as necessidades do solo e, com isto, objetiva aumentar a produtividade. Mas o uso não se restringe à agricultura. A uréia, por exemplo, é um fertilizante sólido aplicado também na pecuária e na indústria.
A Petrobras é a maior fabricante de matéria-prima para fertilizantes do país e atende as empresas misturadoras de compostos agrícolas.
Os principais fertilizantes produzidos pela Petrobras são amônia, uréia fertilizante, uréia pecuária, uréia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico.
Os fertilizantes da Petrobras são obtidos em duas unidades das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados, localizadas em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE).
A unidade de Camaçari, que foi pioneira na implantação do Pólo Petroquímico, iniciou suas atividades em 1971, produzindo fertilizantes nitrogenados a partir do gás natural dos campos produtores de petróleo da Bahia e de Sergipe.
A fábrica de Laranjeiras foi inaugurada em 6 de outubro de 1982 e marcou um novo ciclo do desenvolvimento no estado, com a construção da adutora do Rio São Francisco, a ampliação da rede de energia elétrica, a revitalização da ferrovia que liga Sergipe à Bahia e ainda com a instalação do Terminal Portuário Ignácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros, a 36 quilômetros de Aracaju.