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História da música

A história da música é antiga. Sua origem remonta aos primórdios da humanidade, quando sons naturais e instrumentos rudimentares eram utilizados para comunicação e rituais.

Sala São Paulo, a maior sala de concertos da América Latina e uma parte importante da história da música.
A música é uma parte importante da história.[1]
Crédito da Imagem: Commons
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A história da música começa nos primórdios da humanidade, quando sons naturais e instrumentos rudimentares eram utilizados para comunicação e rituais. Ao longo das eras, a música evoluiu de forma significativa, refletindo mudanças culturais, sociais e tecnológicas.

Na Pré-História, os instrumentos simples desempenhavam papel central em rituais e atividades grupais. No Egito Antigo, a música era fundamental em contextos religiosos e seculares, conectando humanos aos deuses. Na Mesopotâmia, instrumentos como liras e harpas eram usados em rituais religiosos e festividades.

A Grécia Antiga considerava a música essencial para a educação e cultura, influenciando o caráter das pessoas e desenvolvendo teorias musicais. Na Roma Antiga, a música, fortemente influenciada pela Grécia, era essencial em cerimônias religiosas e eventos sociais. Atualmente, a música continua em evolução e tem a tecnologia exercendo um papel central e possibilitando um maior alcance.

Leia também: Qual é a história da arte?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a história da música

  • A história da música é antiga. Sua origem remonta aos primórdios da humanidade.
  • A música evoluiu desde os sons primitivos da Pré-História até as complexas composições do século XX, refletindo mudanças culturais, sociais e tecnológicas em cada período.
  • Durante a Pré-História, a música era utilizada como forma de comunicação e expressão emocional, com instrumentos simples, como ossos e pedras, desempenhando um papel central em rituais religiosos e atividades grupais.
  • No Egito Antigo, a música era fundamental, tanto em contextos religiosos quanto em seculares, utilizando instrumentos como harpas e liras.
  • Na Mesopotâmia, a música tinha um papel vital em rituais religiosos, festividades e entretenimento nas cortes reais. Utilizava-se instrumentos como liras e harpas, e hinos e cânticos religiosos narravam histórias e transmitiam conhecimentos.
  • A música na Grécia Antiga era uma das principais artes, sendo essencial para educação e cultura, influenciando profundamente o caráter das pessoas e desenvolvendo teorias musicais significativas. Instrumentos como liras e flautas eram usados.
  • A música na Roma Antiga, influenciada pela cultura grega, era parte essencial de cerimônias religiosas, eventos militares e banquetes, contribuindo para o desenvolvimento da música escrita e da educação musical. Instrumentos como tuba e lira eram usados.
  • Na Idade Média, a música sacra dominava com o canto gregoriano na liturgia católica, enquanto a música secular florescia, com trovadores cantando sobre amor e guerra, e a polifonia emergia, culminando em composições vocais complexas que moldaram a música ocidental.
  • O Renascimento trouxe inovação na música com a polifonia sofisticada; a impressão, que facilitou a disseminação de ideias; a popularidade do madrigal e da música coral; e o destaque crescente dos instrumentos. Esse período musical estabeleceu as bases para a música ocidental moderna.
  • O Barroco, caracterizado por expressividade e ornamentação, viu o surgimento da ópera, o desenvolvimento de concertos e sonatas, e a proeminência da música instrumental, com compositores como Bach e Vivaldi criando obras complexas e emocionantes.
  • O Classicismo buscou equilíbrio e clareza, com compositores como Haydn e Mozart criando sonatas e sinfonias elegantes, desenvolvendo a harmonia tonal e a forma sonata, e estabelecendo fundamentos duradouros para a música ocidental com coesão e desenvolvimento temático.
  • O século XX trouxe diversidade e inovação na música, com movimentos como impressionismo e minimalismo explorando novas técnicas e expressões. O jazz, rock e pop refletiam mudanças sociais, e a globalização resultava em uma fusão de estilos culturais.
  • Hoje, a música continua a evoluir, com a tecnologia desempenhando um papel central e permitindo que artistas independentes alcancem audiências globais. A acessibilidade de softwares democratiza a criação musical, refletindo a diversidade da sociedade contemporânea.

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Qual a origem da música?

A origem da música remonta aos primórdios da humanidade. Os primeiros seres humanos utilizavam sons para comunicar e para expressar emoções antes mesmo do desenvolvimento da linguagem verbal. Essa forma primitiva de comunicação sonora pode ser considerada a semente da música. Os sons da natureza, como o canto dos pássaros, o som das águas e os ruídos dos animais, inspiraram os primeiros humanos a produzirem sons rítmicos e melódicos usando a própria voz e objetos encontrados na natureza.

Instrumentos musicais primitivos, como flautas feitas de ossos e tambores de pele de animal, datam de dezenas de milhares de anos atrás. Essas primeiras manifestações musicais eram frequentemente ligadas a rituais religiosos, celebrações e atividades cotidianas, como a caça e a colheita. A música, desde seus primórdios, desempenhou um papel fundamental na coesão social, na comunicação e na expressão cultural das comunidades humanas.

Evolução da música

→ Música na Pré-História

Representação pré-histórica da música e da dança, parte importante da história da música e da história da dança.
Representação pré-histórica da música e da dança.[2]

Durante a Pré-História, a música era principalmente uma forma de comunicação e expressão de emoções. Os sons produzidos com a voz e instrumentos simples, como ossos e pedras, eram usados em rituais religiosos, cerimônias e festividades. Esses sons também serviam para coordenar atividades grupais, como a caça e a agricultura. A música pré-histórica é evidenciada por achados arqueológicos de flautas de osso datadas de mais de 40.000 anos, indicando que a criação musical é uma atividade ancestral.

→ Música na Idade Antiga

◦ Música no Egito Antigo

Representação da música no Egito Antigo, parte importante da história da música.
Representação da música no Egito Antigo.

No Egito Antigo, a música tinha um papel central na sociedade, tanto em contextos religiosos quanto nos seculares. Os egípcios utilizavam uma variedade de instrumentos, como harpas, liras, flautas e tambores. As inscrições e pinturas nas tumbas mostram músicos tocando em celebrações, funerais e rituais religiosos.

Acreditava-se que a música tinha o poder de conectar o ser humano aos deuses, e ela era utilizada em templos e cerimônias para invocar a proteção e a benevolência divina. Além disso, a música estava presente em banquetes e festas da elite egípcia, refletindo a importância cultural e social dessa arte.

◦ Música na Mesopotâmia

Na Mesopotâmia, a música também desempenhava um papel vital na vida religiosa e cultural. As tábuas de argila e inscrições mostram que os mesopotâmicos usavam instrumentos como a lira, a harpa e diversos tipos de flautas e tambores.

A música era parte integrante das cerimônias religiosas e festividades, bem como do entretenimento nas cortes reais. Hinos e cânticos religiosos eram comuns, e acredita-se que a música era usada para contar histórias e transmitir conhecimentos. O Código de Hamurabi menciona músicos, destacando a importância da música na sociedade mesopotâmica.

◦ Música na Grécia Antiga

A música na Grécia Antiga era uma das mais importantes artes, fundamental para a educação e a cultura. Os gregos acreditavam que a música tinha um profundo efeito sobre o caráter e a moral das pessoas. Ela estava presente em várias esferas da vida grega, incluindo cerimônias religiosas, festivais, teatro e competições esportivas.

Os instrumentos mais comuns incluíam a lira, a cítara, o aulos e a flauta, e compositores como Terpandro e Píndaro são lembrados por suas contribuições à música grega. A teoria musical também floresceu, com figuras como Pitágoras e Aristóxeno desenvolvendo conceitos que influenciam a música ocidental até hoje.

◦ Música na Roma Antiga

Afresco representando cena musical na Roma Antiga.[3]

A música na Roma Antiga foi fortemente influenciada pela cultura grega, e muitas das práticas musicais gregas foram adotadas pelos romanos. A música era parte essencial de cerimônias religiosas, eventos militares, teatros e banquetes. Instrumentos como a tuba (uma espécie de trompete), a lira, a flauta e diversos tipos de tambores eram comuns.

Durante o Império Romano, a música também desempenhava um papel na educação e na vida cotidiana. Os romanos adaptaram e expandiram a notação musical grega, contribuindo para o desenvolvimento da música escrita.

→ Música na Idade Média

Durante a Idade Média, a música sofreu uma transformação significativa com o surgimento da música sacra e secular. A música sacra, especialmente o canto gregoriano, dominava o cenário musical europeu. Esses cânticos monofônicos eram usados na liturgia da Igreja Católica e eram transmitidos oralmente antes do desenvolvimento da notação musical.

Paralelamente, a música secular floresceu com trovadores e menestréis, que viajavam por feiras e castelos, cantando sobre amor, guerra e outros temas do cotidiano. A polifonia começou a emergir, culminando no desenvolvimento de complexas composições vocais.

→ Música na Idade Moderna

◦ Música no Renascimento

O Renascimento marcou um período de grande inovação e desenvolvimento na música. A polifonia se tornou mais elaborada e sofisticada, com compositores como Josquin des Prez e Palestrina criando obras que exploravam a textura vocal.

A invenção da imprensa permitiu a disseminação mais ampla da música escrita, facilitando a troca de ideias entre músicos e compositores. O madrigal e a música coral se tornaram populares, e os instrumentos começaram a ganhar destaque em composições.

O Renascimento foi uma era de experimentação e florescimento musical que estabeleceu muitas das bases para a música ocidental moderna.

◦ Música no Barroco

Pintura de Johann Sebastian Bach, um dos principais nomes da história da música.
Johann Sebastian Bach foi um importante nome da música barroca.

O período Barroco (1600-1750) foi caracterizado por uma maior expressividade e ornamentação na música. A ópera surgiu como uma forma importante de arte, com compositores como Monteverdi e Handel criando obras-primas que ainda são encenadas hoje. O Barroco também viu o desenvolvimento do concerto, da sonata e da suíte.

Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi e Georg Philipp Telemann foram alguns dos compositores que definiram a música barroca com suas obras complexas e emocionantes. A música instrumental ganhou proeminência, e a técnica de baixo contínuo se tornou uma característica marcante desse período.

◦ Música no Classicismo

Fotografia de Ludwig Van Beethoven, um dos principais nomes da história da música.
Ludwig Van Beethoven foi um importante nome da música do Classicismo.

O Classicismo (1750-1820) foi um período de equilíbrio, clareza e forma na música. Compositores como Haydn, Mozart e Beethoven buscaram simplicidade e elegância em suas obras, contrastando com a complexidade do Barroco.

A sonata, a sinfonia e o quarteto de cordas se tornaram formas predominantes. O desenvolvimento da harmonia tonal e da estrutura formal, como a forma sonata, permitiu maior coesão e desenvolvimento temático nas composições. O Classicismo estabeleceu muitos dos fundamentos da música ocidental, influenciando gerações de compositores que se seguiram.

→ Música na Idade Contemporânea

◦ Música no século XX

O século XX foi um período de grande diversidade e inovação na música. Movimentos como o impressionismo, o expressionismo, o neoclassicismo e o minimalismo desafiaram as convenções estabelecidas. Compositores como Debussy, Stravinsky, Schoenberg e Philip Glass exploraram novas formas de expressão musical, incorporando técnicas como a atonalidade e a música eletrônica. O jazz, o blues, o rock e o pop emergiram como estilos populares, refletindo mudanças sociais e tecnológicas.

Além disso, a globalização trouxe maior interação entre as tradições musicais de diferentes culturas, resultando em uma fusão e hibridização de estilos.

◦ Música na atualidade

Atualmente, a música continua a evoluir e a se diversificar e continua a ser uma forma poderosa de expressão cultural e pessoal, refletindo as complexidades e diversidades da sociedade contemporânea.

A tecnologia desempenha um papel central na criação, produção e distribuição da música. Plataformas de streaming permitem que artistas independentes alcancem audiências globais. A música eletrônica e o hip-hop dominam as paradas, enquanto gêneros tradicionais continuam a florescer. A acessibilidade dos softwares de produção musical democratizou a criação musical, permitindo que pessoas de todas as origens criem e compartilhem sua música.

Veja também: Qual é a história da literatura?

Curiosidades sobre a música

  • Estudos sugerem que ouvir música clássica, especialmente as composições de Mozart, pode temporariamente melhorar o desempenho de tarefas cognitivas. Esse fenômeno é conhecido como “efeito Mozart”.
  • A canção mais antiga conhecida é um hino sumério de cerca de 3400 anos, encontrado na antiga cidade de Ugarit, na Síria. A melodia foi transcrita em tablaturas cuneiformes.
  • A música tem sido usada em terapias para tratar uma variedade de condições médicas, desde ansiedade até a recuperação de derrames. A musicoterapia é um campo em crescimento que aproveita os benefícios terapêuticos da música.
  • Existem milhares de instrumentos musicais diferentes ao redor do mundo, cada um com sua própria história e som único. Desde o didgeridoo aborígene até o theremin, a variedade é vastíssima.
  • A música é uma linguagem universal. Embora estilos e preferências possam variar, a capacidade da música de evocar emoções e conectar pessoas transcende barreiras culturais e linguísticas.

Créditos de imagem

[1] Luís Guilherme Fernandes Pereira / Wikimedia Commons (reprodução)

[2] Henri Breuil / Wikimedia Commons (reprodução)

[3] Sailko / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

PALISCA, Claude. História da Música Ocidental. Gradiva: 2014.

RODRIGUES, Maria. O Livro da Música Clássica. Globo Livros: 2019.

Escritor do artigo
Escrito por: Tiago Soares Campos Bacharel, licenciado e doutorando em História pela USP. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito pela PUC. É professor de História e autor de materiais didáticos há mais de 15 anos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

CAMPOS, Tiago Soares. "História da música"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/artes/historia-da-musica.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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