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Actéon era um garoto que caçava cervos nas montanhas e era filho do rei Cadmo. Diana era uma rainha conhecida como a rainha caçadora. Havia um vale cheio de ciprestes de pinheiros, lugar onde a rainha era consagrada.
Existia uma gruta e ao seu lado jorrava uma fonte, que caia em uma bacia aberta, circundada por uma orla verdejante.
As deusas costumavam ir naquele lugar para banhar. Certo dia elas entraram com suas ninfas, Diana entregou a uma delas o seu dardo, sua aljava e seu arco, e a outra entregou seu manto enquanto outra tirava suas sandálias.
Crócale arrumou o cabelo da deusa enquanto Néfele, Híale e as outras traziam água em vasos grandes. Actéon que havia se separado de seus companheiros, continuou andando até que entrou na gruta, as ninfas percebendo a presença de um homem, gritaram e correram para junto da deusa, tentando escondê-la. Diana cercada pelas ninfas tentou pegar suas fechas, mas não conseguiu. Ela então pegou um pouco de água e jogou na cara de Actéon e disse: “Agora vai e conta, se puderes, que viste Diana desnuda”.
Rapidamente, cresceu em sua cabeça um par de chifres de cervos, o pescoço encompridou-se, as orelhas cresceram e tornaram-se pontudas, as mãos tornaram-se cascos, os braços tornaram-se patas e o seu corpo foi coberto por pêlos manchados. Actéon então fugiu.
Os cães de caça o avistaram e começaram a correr atrás dele, ele tentou gritar, dizer que era Actéon, mas não saia voz. Um cão atacou suas costas e outro mordeu seu ombro, enterrando os dentes em sua carne. Ele ergueu seus braços em súplica, para que os cães parassem com aquilo. Seus amigos de caça mandaram os cães à procura de Actéon, para que pudesse assistir juntamente com eles a grande diversão.
Depois de tantas mordidas e rasgadas, Actéon morreu. E então, a ira de Diana foi saciada.
Keilla Costa