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A excomunhão, ouser excomungado, significa expulsar e proibir o fiel de continuar frequentando alguma comunidade religiosa. O excomungado fica proibido de continuar sua filiação com a igreja, de participar dos rituais de sua fé e de frequentar a comunidade religiosa. No período medieval, quando a Igreja Católica exercia enormes poderes, ser excomungado significava ser banido da sociedade.
O objetivo principal do presente texto será demonstrar como eram as cerimônias de excomunhão realizada na Idade Média, ou seja, como eram realizados os rituais de excomunhão.
A cerimônia de excomunhão tinha uma lógica a ser seguida: antes do início da cerimônia, a Igreja era toda preparada e as paredes eram todas forradas de preto. Após a preparação da Igreja, os sinos dobravam (som dos sinos) e o bispo e o clero, com tochas na mão, faziam a leitura da sentença de excomunhão na presença dos fiéis.
Feito isto, o bispo e o Clero pronunciavam a fórmula de anátema (da excomunhão): “Venham sobre eles todas as maldições e pragas do Egito, que vieram sobre o Rei Faraó e sua gente, porque não obedeceram à lei de Deus. Sejam malditos nos povoados e no campo, onde quer que estejam, e no comer e beber, e no velar, dormir, viver e morrer. Os frutos de suas terras sejam malditos e os animais que possuem. Envie-lhes, Deus, fome e pestilência que os consuma. De seus inimigos sejam repreendidos e a todos aborreçam. O diabo esteja”.¹ Posteriormente à leitura, o bispo e os padres apagavam as tochas e o ritual era finalizado. A pessoa excomungada era reduzida a nada e seu convívio social era praticamente inexistente.
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[1]SANTOS, João Henrique dos. ‘A Aproximação dos distantes: Os Éditos de Anátema e Excomunhão cristã e judaico no século XVII’. In: Revista Vértices, nº 10. São Paulo: USP, p. 7 e 8.
Leandro Carvalho
Mestre em História