Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Amélia

Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Amélia de Leuchtenberg era filha de Eugenio de Beauharnais e de Augusta Amélia, filha de Maximiliano José, rei da Baviera. Eram seus irmãos, Augusto, que mais tarde casou-se com Maria da Glória, Maximiliano Eugênio, Theodolinde e Caroline. Após a morte da Imperatriz Leopoldina, D. Pedro mandou para a Europa como emissário especial, o Marques de Barbacena para uma difícil missão: arrumar-lhe uma nova esposa.

Ela teria que ser de uma alta linhagem, ser bonita, educada e jovem. Difícil missão porque a fama de D. Pedro na Europa não estava boa, todos comentando suas relações com a Marquesa de Santos e as humilhações imposta por ele à sua falecida esposa Leopoldina.

Mas o Marquês logrou êxito de sua missão com a aceitação de uma linda princesa da Bavária de 17 anos. Ela tinha todas as qualidades exigidas por D. Pedro. Além de ser neta do rei da Bavária pelo lado materno, era neta pelo lado paterna da Imperatriz Josephine primeira esposa de Napoleão. Seu pai era o conde de Leuchtenberg, Eugenio de Beauharnais, filho adotivo de Napoleão Bonaparte. Ela era, portanto a sua neta adotiva.

O marques de Barbacena, com sua comitiva, a princesa Amélia e seu irmão Augusto de 19 anos viajaram por terra de Munique até o litoral da Bélgica, lá tomando a fragata Imperatriz comandada pelo Vice Almirante brasileiro, Conde de Souzel.

A fragata dirigiu-se inicialmente para Portsmouth na Inglaterra para pegar a filha de D. Pedro, Maria da Glória, com 10 anos, que se encontrava na Europa para estudos.
Após uma longa viagem sem incidentes, a fragata aportou no Rio de Janeiro no dia 16 de Outubro de 1829.

No dia 17 o casal recebeu as benções nupciais da igreja e Amélia tornou-se a segunda imperatriz do Brasil. Para comemorar este fato foi criada a comenda Ordem da Rosa para condecorar militares e civis. Após dois anos de casados, a situação de D. Pedro como imperador estava ficando crítica, com movimentos de revoltas tanto na área civil como militar. Aliando estes fatos com a usurpação do trono de Portugal por D. Miguel, no dia 7 de Abril de 1831, D. Pedro abdicou em favor de seu filho Pedro II que estava com cinco anos, deixando como seu tutor, José Bonifácio e partiu juntamente com sua esposa e a filha Maria da Glória para Europa.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Amélia estava grávida de três meses de Maria Amélia e sofreu muito com enjôos na viagem. O primeiro porto a ser alcançado foi de Faial, nos arquipélagos de Açores. Após reabastecer, o navio seguiu rumo ao porto de Cherburg, França. Lá estudaram a estratégia da revolução e decidiram que o melhor lugar para estes preparativos era a Inglaterra e partiram para Londres.

No dia 31 de Novembro de 1831 nasceu Maria Amélia. D. Pedro, que havia organizado uma pequena esquadra, mal armada e caindo aos pedaços, conseguiu conquistar a cidade de Porto, mas por um preço muito alto: mais de 4.000 mortos, mais da metade de seus 7.500 homens.

Com a chegada de reforços da esquadra inglesa, seus homens conseguiram derrotar as tropas fiéis à D. Miguel que fugiu para a França, acabando também a pretensão da Princesa Ludovika de casar-se com ele. D. Amélia ajudou a criar a sua enteada Maria da Glória e também a filha de D. Pedro com a Marqueza de Santos, Isabel Maria.

Em 20 de Setembro de 1834 - Morre D. Pedro vitimado pela tuberculose. No dia 4 de Fevereiro de 1854 morre também vítima de tuberculose a sua filha, Maria Amélia com 23 anos. Ela estava noiva do príncipe Maximilian Habsburg, sobrinho da imperatriz Leopoldina do Brasil. No dia 26 de Janeiro de 1876 morre Amélia aos 64 anos. 

Escritor do artigo
Escrito por: Brasil Escola Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ESCOLA, Brasil. "Amélia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/amelia.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

De estudante para estudante