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O Timor-Leste, a única colônia portuguesa situada na Ásia, visada por causa do sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, permaneceu sobre o domínio colonial até 1975. Com a nova política lusa após a Revolução dos Cravos, o governo português decidiu abandonar a ilha em agosto de 1975, entregando a soberania da ilha à FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste), que proclamou a independência da república no dia 28 de Novembro de 1975.
Após um curtíssimo período de tempo, a Indonésia, sob o comando do general Suharto, mandou suas tropas invadirem a ilha e anexá-la a seu território. Formava-se assim, a 27ª província indonésia, chamada "Timor Timur”, a ONU repudiou completamente a invasão.
A partir daí, o exército indonésio começou a fazer um sangrento massacre aos timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas, além de boa parte das florestas do país ter sido completamente destruída, para assim limitar o refúgio dos guerrilheiros, foi nesse período também que o líder do movimento de independência timorense, Xanana Gusmão, foi preso.
A situação econômica da Indonésia, que já não era das melhores, passou por sérias complicações com a crise da Ásia em 1997. Com o aumento da pressão dos timorenses e dos países ocidentais (que seriam o apoio à crise financeira indonésia), foi negociada a realização de um referendo sobre a independência do território, sob a supervisão de uma missão da Organização das Nações Unidas.
Mais um vez, o exército indonésio espalhou o terror entre a população, ameaçando a todos que votassem pela independência. Após o resultado final do referendo, 78,5% dos timorenses queriam a independência. Novamente, a Indonésia realizou mais uma onda de violência: homens armados mataram todas as pessoas suspeitas de terem votado pela independência, assim, a população começou a fugir e a ONU percebeu a necessidade de uma ação militar na região.
No dia 22 de setembro de 1999, tropas da ONU entraram no Timor e se depararam com um país devastado, com grande parte de sua infra-estrutura destruída. Atualmente sob o comando do Brasil, a missão da ONU conta com o apoio militar vindo da Malásia, Austrália e Nova Zelândia, estabilizando relativamente a situação no Timor. A situação aliada à pressão política e econômica de Portugal e dos países ocidentais provocou na Indonésia, uma onda ideológica de ódio anti-Ocidente.