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Na busca constante visando ao aprimoramento da nossa competência linguística, deparamo-nos com alguns pressupostos muitas vezes inimagináveis. E, por assim dizer, o artigo em questão tem por finalidade abordar uma recorrente prática, passível de algumas considerações. De modo a representá-la, atentemo-nos aos enunciados subsequentes:
Apesar de o garoto ser esforçado, não obteve êxito nas avaliações.
Apesar do garoto ser esforçado, não obteve êxito nas avaliações.
Certamente que estamos aptos a considerar como sendo correto o segundo exemplo, dado o corriqueiro emprego deste. Contudo, há que se mencionar uma importante colocação, referente ao primeiro enunciado:
Ao analisarmos o sujeito a que ele se relaciona, constatamos que se trata do termo “garoto”, detectado por intermédio da seguinte indagação:
Apesar de esforçado, quem não obteve êxito nas avaliações?
Obtemos como resposta: o garoto.
Partindo-se desse pressuposto, menciona-se o fato de que a constatação acima mencionada (referente ao primeiro exemplo), constitui-se de uma incoerência gramatical, posto que mediante aos postulados gramaticais não se recomenda contrair a preposição “de” com os artigos “o/a” ou com os pronomes representados por “ele”, “ela”, “aquele”, “este” e “esse” quando representarem sujeito de oração infinitiva. Tal afirmativa se atém ao pressuposto de que o elemento que é regido pela preposição é o verbo, não o sujeito.
Portanto, esse, assim como tantos outros, evidenciar-se-ão da seguinte forma:
Apesar de o garoto ser esforçado, não obteve êxito nas avaliações.
É chegada a hora de ela se manifestar perante todos aqui presentes.
Tudo depende de aquela garota confessar o erro cometido.
Antes de eles chegarem, a reunião não pode ser iniciada.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola