PUBLICIDADE
A sigla ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas, um acordo de âmbito comercial que os Estados Unidos (idealizador) pretendem implantar. Com base nesse acordo, os países do continente americano, exceto Cuba, integrariam esse bloco, e gradativamente, as taxas alfandegárias seriam retiradas para transações comerciais entre os seus membros.
A implantação desse bloco econômico serviria, primordialmente, aos interesses norte-americanos, tendo em vista que o déficit na balança comercial dos Estados Unidos é uma realidade. Desse modo, a efetivação da ALCA promoveria um aumento significativo nas exportações desse país. No futuro, os brasileiros poderiam adquirir bens e serviços de empresas americanas sem acréscimos decorrentes a impostos, assim como nossas empresas também entrariam atuando no mercado norte-americano. Entretanto, é notório que a concorrência é desigual, pois os setores produtivos da potência mundial estão muito a frente de nossas empresas. Isso é explicado pelo fato da economia norte-americana ser pelo menos doze vezes maior que a nossa. Se considerarmos a realidade de outros países do continente, essa diferença pode ser ainda maior.
Na reunião realizada no ano de 2001, os possíveis integrantes da ALCA esperavam sua inauguração até dezembro de 2005. O Brasil foi contra a rapidez da implantação, até porque essa é uma decisão de grande importância para o futuro do país. Muitos estudiosos afirmam que esse suposto bloco econômico é viável para os países ricos, como Canadá e Estados Unidos.
Na realidade, a disparidade socioeconômica entre essas duas importantes nações e o restante dos países da América dificulta a efetivação da ALCA. Sempre as economias fortalecidas vão sobressair sobre aquelas menos desenvolvidas.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola