PUBLICIDADE
A peste pulmonar é uma infecção rara, mas de grande transmissibilidade, causada pela bactéria Yersinia pestis: a mesma responsável pela peste bubônica - que matou, na Idade Média, um número assustador de pessoas. Diferentemente desta, cujo micro-organismo é transmitido pela picada da pulga do rato ou lesões provocadas por animais contaminados, na peste pulmonar a contaminação se dá pelas vias aéreas, por meio do contato com gotículas de saliva ou secreções nasais contaminadas, e o patógeno se aloja nos pulmões.
Com período de incubação que varia entre um e sete dias, o paciente passa a sentir dor no tórax, febre alta, calafrio e cefaleia, eliminando secreções com pus e sangue nos momentos de tosse.
O diagnóstico pode ser feito por meio de testes de sangue e análise da cultura de secreções orofaríngeas. Entretanto, devido à rápida evolução da doença, muitas vezes é necessário que seja iniciado o tratamento antes mesmo do fornecimento dos resultados.
Indica-se o acompanhamento médico em até 15 horas após o aparecimento dos sintomas, não sendo recomendado o uso da penicilina. Pode ser necessário o uso de medicamentos por pessoas que entraram em contato com as vítimas. Existe vacina para a peste pulmonar, mas sua eficácia ainda não foi bem estudada.
Não tratado a tempo, o paciente pode sofrer de insuficiência respiratória, colapso circulatório e/ou hemorragias, levando à morte em aproximadamente quatro dias. Este fator, juntamente com a alta transmissibilidade da bactéria, fez com que esta fosse utilizada por bioterroristas; pelo Japão, na II Guerra Mundial; e pelos EUA, nos anos 50.
Em 2005, houve um grande surto desta doença no Congo, com aproximadamente 60 mortes. Mais recentemente, em 2009, a cidade de Ziketan, da província de Qinghai, na China, foi colocada em estado de quarentena em razão de surtos da doença. Acredita-se, neste caso, que a peste pulmonar foi transmitida por um cachorro. Este, que teria morrido após se alimentar de uma marmota infectada, foi enterrado pelo mesmo homem que, três dias depois, foi a óbito em consequência da peste.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Veja mais!
Peste negra