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Hoje é Dia Nacional da Bossa Nova

Data comemorativa é uma homenagem ao maestro Tom Jobim, que nasceu neste dia em 1927

Em 25/01/2023 02h00 , atualizado em 25/01/2023 13h53
Tom Jobim
Estátua de Tom Jobim no Rio de Janeiro/Crédito da imagem [1] Crédito da Imagem: SvetlanaTestova | Shutterstock
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Comemora-se hoje, 25 de janeiro, o Dia Nacional da Bossa Nova, um dos principais gêneros musicais brasileiros. A data comemorativa foi definida pela Lei nº 11.926, de 17 de abril de 2009, durante o segundo governo do presidente da república Luís Inácio Lula da Silva.

Dia Nacional da Bossa Nova é uma homenagem ao cantor, compositor e maestro Tom Jobim, que nasceu no mesmo dia. Jobim foi um dos músicos que mais difundiram o estilo musical. O maestro nasceu no ano de 1927 e morreu em 1994, aos 67 anos.

O que é Bossa Nova?

A Bossa Nova é um gênero musical brasileiro que surgiu no final da década de 1950 e que possui influências do samba e do jazz estadunidense. Criada por João Gilberto, a Bossa Nova marca uma ruptura com o estilo, som e atitude da música brasileira tocada nas rádios até aquele momento.

Antes da Bossa Nova, a música brasileira era marcada pelos excessos. O novo estilo musical propunha justamente o contrário: a simplicidade. 

Para difundir a Bossa Nova, João Gilberto se uniu a músicos como Tom Jobim, Newton Mendonça, Carlos Lyra, Vinicius de Moraes e Nara Leão.

Veja abaixo as principais características da Bossa Nova:

  • Forma mais intimista de fazer música;

  • Tom de voz mais suave, quase sussurrando;

  • Voz mantendo diálogo com os instrumentos da música;

  • Letras sobre temas cotidianos.

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Tom Jobim e Bossa Nova

Cantor, compositor, pianista, violonista e maestro, Tom Jobim teve um importante papel na ascensão da Bossa Nova no Brasil e no mundo.

Enquanto João Gilberto trouxe o ritmo e a batida, Tom Jobim trouxe uma harmonia um pouco mais requintada ao movimento. Sua participação na Bossa Nova foi imortalizada em composições como Eu sei que vou te amar (1958), Águas de março (1972), Pela luz dos olhos teus (1977), entre outras.

Garota de Ipanema

Vinícius de Moraes compôs a música "Garota de Ipanema" junto com Tom Jobim [2]

A música "Garota de Ipanema" (1962) é considerada a canção mais famosa da Bossa Nova e da história da música brasileira. A letra foi composta por Tom Jobim em parceria com o também compositor e músico Vinícius de Moraes,

Pesquisas indicam que essa canção faz tanto sucesso até hoje, porque fala sobre coisas simples da vida e as pessoas têm empatia por isso. "Garota de Ipanema" é a música mais gravada de todos os tempos e em todo o mundo.

Em entrevista a uma rádio no final da década de 70, Tom Jobim contou que o episódio narrado na música “Garota de Ipanema”, a mais famosa de sua carreira, realmente aconteceu.

Jobim lembrou que, no início dos anos 1960, em Ipanema, realmente havia uma garota excepcionalmente bonita. Enquanto ele e seus amigos tomavam um chopp no bar Veloso, a moça passava por lá a caminho do mar e todo mundo parava para vê-la, porque a moça “era cheia de graça”.

O compositor criou uns esboços da letra da música e os mostrou ao seu amigo Vinícius de Moraes, que também deu algumas pitadas. Assim, em 1962, nasceu a canção “Garota de Ipanema”. Em 1965, Jobim disse que a garota que serviu como inspiração para a música era real e, na época, tinha 18 anos. Ela chama-se Helô Pinheiro e até hoje tem status de celebridade.

Por que a Bossa Nova acabou?

Com o Golpe Militar de 1964, a música brasileira passou por mais uma transformação. Novamente refletindo seu tempo, a arte saiu das composições leves e arranjos simples da Bossa Nova para trazer temas sociais para suas letras e performances artísticas.

Nesse sentido, marca-se o “fim cronológico” da Bossa Nova em 1966 e o surgimento da MPB (Música Popular Brasileira).

Entretanto, o fim do movimento não significou o fim da produção artística e musical da Bossa Nova. Águas de março, de Tom Jobim, surgiu quase uma década depois da ditadura musical.

Créditos de imagem:

[1]  - SvetlanaTestova | Shutterstock

[2] Domínio público / Acervo Arquivo Nacional

Por Silvia Tancredi
Jornalista