Dia Mundial do Vitiligo: conheça modelo que convive com doença desde quatro anos
Dia Mundial do Vitiligo: conheça modelo que convive com doença desde quatro anos
Barbarat Sueyassu, que leva vida normal mesmo tendo vitiligo, dá dicas para conviver melhor com doença
Em 25/06/2024 07h00
, atualizado em 26/06/2024 13h17
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Hoje, 25 de junho, é o Dia Mundial do Vitiligo. A data tem como objetivo informar e conscientizar sobre a doença, que atinge mais de um milhão de pessoas no Brasil.
O vitiligo é uma doença que causa manchas brancas no corpo que ocorrem devido à ausência ou redução dos melanócitos na pele.
O Dia Mundial do Vitiligo foi definido em 25 de junho como forma de homenagear o cantor Michael Jackson, que morreu em 2009 e era portador da doença. O artista afirmou publicamente que tinha vitiligo em 1993, em um programa de televisão.
A doença vitiligo pode ser cobrada em provas de escola, especialmente da disciplina biologia. O tema também pode cair em provas de vestibulares e do Enem, por exemplo. Então, a recomendação é estudar o que é a doença, os sintomas, as causas e o tratamento de vitiligo e, ainda, conferir depoimentos de portadores da doença que podem ter vida normal.
Conheça modelo que tem vitiligo desde os quatro anos
Barbarhat Sueyassu, modelo e influencer digital, 28 anos, descobriu que tinha vitiligo aos 4 anos de idade quando notou uma manchinha mais clara no pé.
"Depois, foram surgindo outras manchinhas no corpo e minha mãe me levou para o dermatologista para descobrir o que eram. O médico detectou que era vitiligo", lembra.
Segundo Barbarhat conta, com o tempo as manchinhas brancas foram aumentando e ela iniciou tratamentos. Passou a usar pomadas e medicamentos orais, mas as manchas não sumiam.
Comentários na infância
A modelo comenta que, na infância, não se importava com as manchinhas que o vitiligo ocasiona. "Não entendia porque tinha que fazer o tratamento, achava meio chato, por exemplo, ter que tomar cinco minutos de sol, essas coisas", afirma.
Conforme a jovem salienta, ela teve uma infância feliz e normal, uma vez que o vitiligo não a limitava em nada. Entretanto, o que realmente a incomodava na infância era o que as pessoas falavam.
Na escola, por exemplo, ela sofria bullying de outras crianças, o que a deixava triste. E, na rua, muitas vezes pessoas ficavam olhando para ela de uma forma diferente e outras ofereciam ajuda.
"Alguns me olhavam estranho na rua e era muito chato. Outras paravam minha mãe querendo oferecer tratamento. Diziam 'conheço tal pessoa que usou tal medicamento e se curou", comenta.
Importância da terapia
A mãe de Barbarhat Sueyassu a colocou na terapia ainda quando ela era criança, pois, de acordo com a modelo, sabia que sua filha seria agredida na sociedade de alguma forma.
Aos 15 anos, a jovem parou o tratamento médico contra o vitiligo, pois percebeu que as manchinhas somente estavam aumentando. Foi nesse período que a modelo teve alta da terapia.
"Sei muito da importância da terapia. Ajudou-me muito a lidar com o vitiligo; se não fosse esse tratamento, não seria um décimo do que sou hoje"
Vida normal de modelo e influencer
Há quase dez anos, Barbarhat começou a carreira de modelo fotográfica. Desde então, ela guarda todas as fotos que fez e, com isso, pode perceber a evolução do vitiligo em seu corpo.
A jovem, também formada em Psicologia, mostra sua beleza em diversas campanhas. Entre elas, estão algunas que estimulam a diversidade estética. Mas, ela acredita ser importante ter mais campanhas assim. "A fotografia e a publicidade carecem muito de representatividade", avalia.
Hoje, sendo modelo e influencer digital, Barbarat tornou-se referência para muitas pessoas que têm vitiligo. E poder ajudar os outros a deixa muito feliz.
"A nossa autoestima se fortalece quando paramos de nos comparar com pessoas que não têm nada a ver com a gente e, sim, com pessoas mais parecidas"
Uma curiosidade é que, quando era mais nova, segundo a modelo, sua única referência de vitiligo era o cantor Michael Jackson, mas, conforme ela lembra, na época não se falava muito do vitiligo porque o artista já apareceu com a doença e não foi mostrado o processo do manchas no corpo do cantor.
Dicas para conviver com o vitiligo
Com vitiligo há mais de 20 anos, Barbarhat Sueyassu tem propriedade para dar dicas para conviver com o vitiligo da melhor forma. Confira:
Procure pessoas com a mesmas vivências que a sua. Pode ser alguém da internet mesmo;
Siga pessoas que vejam o lado positivo da vida;
Entenda que o vitiligo é único para cada um. "Não sabemos qual sera o percurso do vitiligo no corpo", ressalta.
Procure informações seguras. Não caia em fake news;
Não existem promessas de cura, porque o vitiligo tem tratamento, mas não tem cura;
Estude a doença, pois informação liberta;
Faça terapia, pois ajuda bastante.
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O que é vitiligo?
Conforme este artigo, vitiligo é uma doença em que se observa a perda de coloração da pele (lesões cutâneas de hipopigmentação). A perda da coloração é consequência de uma redução ou ausência das células responsáveis pela produção de melanina, conhecidas como melanócitos.
A doença não provoca consequências graves à saúde do paciente, porém muitos desenvolvem problemas emocionais, sendo observada, em muitos casos, uma queda na autoestima do paciente.
Sintomas do vitiligo
O principal sintoma do vitiligo é o surgimento de manchas na pele. Muitos pacientes não apresentam outros sintomas além dessas lesões, porém, em alguns casos, a área afetada pode apresentar dor e sensibilidade. No entanto, vale salientar que, na maioria dos casos, essas lesões não coçam, não doem e também não descamam.
As manchas podem surgir pequenas e aumentar de tamanho ao longo do tempo. Além disso, novas manchas podem surgir, o que, ocasionalmente, pode levar ao acometimento completo do corpo. Além das manchas, pelos e cabelos também podem embranquecer.
Como é o tratamento do vitiligo?
O tratamento do vitiligo não visa à cura da doença, mas pode auxiliar a estabilizar o quadro e até mesmo garantir uma repigmentação da pele. O dermatologista pode recomendar diferentes procedimentos, como o uso de medicamentos que induzem a repigmentação, fototerapia, tratamento com laser, técnicas cirúrgicas ou transplante de melanócitos.
Vale lembrar que, como a doença não causa comprometimento da saúde física do indivíduo, o tratamento apresenta caráter estético.