PUBLICIDADE
A cachaça é o caldo de cana fermentado e destilado, uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Teria sido inventada ao acaso, no Brasil colonial e açucareiro. É utilizada como coquetel em uma bebida muito conhecida, a caipirinha.
A cana-de-açúcar é uma planta pertencente à família das gramíneas, originária da Ásia, seu cultivo data desde os tempos mais antigos da história. Na fermentação, as leveduras (microorganismos) transformam o açúcar da garapa em álcool. O produto resultante, chamado de vinho, é aquecido em alambiques, para então se transformar em cachaça.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
A história da cachaça reporta-se aos egípcios antigos, primeiros responsáveis pela fermentação. Curava várias doenças, a partir da inalação de líquidos aromatizados e fermentados, absorvidos diretamente do bico de uma chaleira em um ambiente fechado.
Os gregos registraram o processo de obtenção da acqua ardens. A água que pega fogo, água ardente, chegou ao conhecimento dos alquimistas que lhes atribuíram propriedades místicos-medicinais. Transformando-se em água da vida, sendo prescrita como elixir da longevidade.
Devido à força da expansão do Império Romano, a aguardente foi da Europa para o Oriente Médio. Os equipamentos para destilação como os que são conhecidos hoje, foram descobertos pelos árabes. Eles não usam a palavra al kuhu e sim al raga, que deu origem ao arak, nome da aguardente mais popular na península arábica.
Arak é uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água. A tecnologia de produção difundiu-se pelo velho e novo mundo. Na Itália, o destilado de uva ficou conhecido como grappa. Em terras germânicas, recebeu o nome de Kirsch, sendo destilado a partir da cereja. Na Escócia ficou popular o Whisky, destilado da cevada sacrificada. Portugal também aplicou a tecnologia dos árabes e destilou sua aguardente a partir do bagaço de uva.
Por Patrícia Lopes