Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Robert Edward Lee

Robert Edward Lee, um dos mais respeitados soldados da história americana
Robert Edward Lee, um dos mais respeitados soldados da história americana
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Militar norte-americano nascido em Stratford, Virgínia, brilhante chefe das forças Confederadas durante a guerra civil norte-americana, a chamada Guerra de Secessão, considerado um dos mais famosos e respeitados soldados da história americana. De uma família tradicional da Virgínia, era o quarto filho do militar e político Henry Lee e Anne Hill Carter. O primeiro Lee que chegou América do Norte (1641) foi Richard Lee, onde assumiria a função de secretário colonial do governador William Berkeley e se fixou no condado de Westmoreland, Virgínia, onde a família Lee cresceu. Seu pai participou aos 19 anos das lutas pela Independência das 13 colônias organizando uma tropa de cavalaria, tornou-se tenente-coronel do Exército Continental e o apelidado de Light Horse Harry e, depois, foi eleito governador da Virgínia (1792), mudando-se para Richmond.

Lá seu pai conheceu sua mãe Anne, com quem casaria no ano seguinte. O casal teria, além do futuro general, mais quatro filhos: Charles, Sidney, Ann e Mildred. Seu pai ainda participaria de uma guerra, como general-de-divisão, enfrentando os ingleses (1812) e faleceu seis anos depois (1818). Como a saúde de sua mãe era delicada, ele, com apenas 11 anos, assumiu todas as responsabilidades da casa, amadurecendo-se muito rápido. Aos 18 anos optou por ingressar na Academia Militar de West Point. Essa decisão foi tomada em parte pela tradição militar da família, em parte pelas dificuldades financeiras que impediam que ele freqüentasse uma universidade. Destaque o curso, graduou-se como 2º tenente da Engenharia do Exército (1829) como segundo aluno de sua turma, infelizmente no mesmo ano sua mãe faleceu em Ravenworth, Virgínia.

Transferido para a Fortaleza Monroe, trabalhou na construção das fortificações de Hampton Roads (1829-1834), em obras na Georgia, Virginia e New York. Casou-se com Mary Ann Randolph Curtis, bisneta da primeira esposa de George Washington, com quem teria sete filhos. 1º tenente (1837), a capitão (1838), sua primeira experiência em um campo de batalha ocorreu durante a guerra dos Estados Unidos contra o México (1845-1848) quando serviu nos staffs de John Wool e do general-comandante do Exército norte-americano, Winfield Scott, no grupo de oficiais engenheiros, mostrando grande habilidade durante as batalhas. Após a da guerra, trabalhou em Baltimore Harbor (1849-1852), efetuando construção de fortificações.

Foi superintendente da Academia Militar de West Point (1852-1855). Quando o Regimento de Cavalaria foi ampliado (1855), aceitou a promoção de tenente-coronel para comandar a 2ª Cavalaria para evitar a lenta promoção para os engenheiros. Como tenente-coronel do 2º Regimento de Cavalaria, foi enviado ao Texas ocidental, servindo no policiamento das fronteiras contra os ataques dos índios (1856-1861). Chamado a Washington (1861) por Winfield Scott, a convite do próprio presidente, Abraham Lincoln, que escolhia oficiais para comandar as tropas da União contra os estados rebelados do Sul e acreditava que ele poderia ser o general-comandante do Exército da União.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Embora fosse contra a secessão e escravidão, surpreendentemente não aceitou o convite de Lincoln, para que permanecesse a serviço da União, preferindo a lealdade ao Governador John Letcher, da Virgínia, e lutar para defender sua terra natal, familiares e amigos. Pediu desligamento do Exército norte-americano em abril (1861) e partiu para comandar as forças da Virgínia, foi nomeado general da Confederação e enviado pelo presidente confederado, Jefferson Davis, para lutar na região oeste da Virgínia. Na Guerra de Secessão obteve marcantes vitórias contra os exércitos nortistas em Richmond (1862) e em Chancellorsville (1863). No mesmo ano, tentou marchar sobre Washington, mas suas tropas, inferiores às do norte, foram derrotadas em Gettysburg, na Pensilvânia. Em 6 de fevereiro (1865), foi nomeado comandante-chefe de todo o exército Confederado.

Ulysses Grant, nomeado general-comandante dos exércitos da União (1864), iniciou uma ofensiva que levaria a Confederação à derrota. Durante várias batalhas, conseguiu impedir a progressão de Grant, causando-lhe pesadas baixas, contudo, a possibilidade de repor soldados era muito maior na União do que na Confederação. Sabendo disso, Grant não parou de atacá-lo, mesmo com as numerosas baixas. Próximo a julho (1864), Grant resolveu atacar Petersburg, cidade próxima a Richmond. Sem conseguir tomá-la, iniciou um cerco que duraria meses. Levado quase à exaustão, o comandante sulista resolveu abandonar Petersburg e Richmond com o que restava de suas tropas. Mesmo assim, Grant foi ao seu encalço, até que em 9 de abril (1865), obteve sua rendição em Appomatox. Derrotado, mas extremamente prestigiado por vencidos e vencedores, depois da guerra voltou a Richmond como um prisioneiro de guerra libertado e dedicou os anos seguintes e a fixar um exemplo de conduta para outros milhares de ex-confederados.

Após receber várias propostas de emprego resolveu aceitar a presidência do Washington College (1865), hoje denominado Washington e Lee University. Ao assumir o cargo, teve como primeira missão a reconstrução da faculdade, que teve sua biblioteca e seus laboratórios saqueados e muitos prédios destruídos durante a guerra. Durante sua direção, inaugurou outros três cursos: Física, Matemática e Línguas Modernas. No entanto sua principal inovação foi acabar com um currículo obrigatório, deixando sob a escolha dos estudantes quais as disciplinas cursariam, desde que ocupassem todo o seu período escolar.

Depois voltou para Lexington (1870), na Virgínia, onde faleceu em 12 de outubro daquele mesmo ano, de uma doença no coração da qual já sofria a alguns anos (1863) e lá foi enterrado. Este general norte-americano, depois da derrota do Sul, serviu como símbolo de coragem em derrota e encarnou um dos melhores elementos da herança sulista. O seu enorme prestígio adquirido no tempo de guerra, tanto no Norte como no Sul, e a sua devoção a Causa Perdida, inspirou um simbolismo inconsciente que fez dele uma figura legendária mesmo antes de sua morte.

Escritor do artigo
Escrito por: Brasil Escola Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ESCOLA, Brasil. "Robert Edward Lee"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/robert-edward-lee.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante