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Nobre e chefe do governo do Principado de Mônaco nascido na cidade de Mônaco, que sob seu reinado de 55 anos, transformou um país quase inexistente em uma jóia urbanizada da Europa, um paraíso fiscal de 34 mil habitantes, com um forte desenvolvimento econômico e turístico.
Filho do príncipe Pierre, conde de Polignac, que se tornou um Grimaldi (1920), e da princesa Charlotte Louise Juliette Grimaldi, duquesa de Valentinois, estudou no colégio Summerfield na Grã-Bretanha, no colégio do Castelo de Rosey na Suíça e bacharelou-se em Montpellier, na França. Depois ingressou na Faculdade de Ciências Políticas de Paris. A princesa mãe havia renunciado a reinar cinco anos antes e o príncipe assumiu o trono (1949) após a morte de seu avô, o príncipe Louis II, falecido mais de seis meses antes.
Ao assumir o principado, o príncipe realizou uma reforma na Constituição. Com tal reforma, ele reduziu o poder da monarquia e criou uma assembléia, eleita pelo povo. Buscou reduzir a dependência econômica de Mônaco sobre o turismo, tornando o principado um paraíso fiscal, o que levou dezenas de bancos e instituições financeiras a país. Ao longo do tempo os negócios imobiliários também se tornaram uma atividade lucrativa.
Casou-se (1956) com a estrela de Hollywood Grace-Patricia Kelly (1929-1982) e do casamento nasceram duas filhos: Caroline (1957) e Stephanie (1965), e o príncipe herdeiro Albert Grimaldi (1958). Sua esposa morreu tragicamente (1982) em um acidente automobilístico nas colinas de Mônaco. No final do século passado (1997) o monarca celebrou o 700º ano da dinastia Grimaldi no poder. Viúvo, morreu aos 81 anos de idade no centro cardiotorácico do principado, vitimado por afecções broncopulmonares, cardíacas e renais, depois de um reinado de 55 anos. Com a morte do pai, o príncipe regente Albert II se tornou o novo soberano do principado.
Figura copiada do PRINCIPAUTÉ DE MONACO
A N E X O
(Trecho adaptado da edição eletrônica da Folha Online em 06/04/2005)
Mônaco tornou-se uma propriedade particular do Clã dos Grimaldi, uma família de origem genovesa, no final do século XIII (1297). Logo a história dos Grimaldi como soberanos do principado de Mônaco começou a mais de 700 anos e foi continuada secularmente graças a algumas arrumações de parentesco que incluíram até o reconhecimento de paternidade de filhos ilegítimos, que salvaram as naturais interrupções na linhagem masculina.
A herança do trono pelo próprio príncipe morto resultou de um desses arranjos. Quando serviu na Legião Estrangeira francesa (1897-1908), seu avô Louis, esteve na Argélia e engravidou a filha de uma modesta serviçal. Assim nasceu (1898) Charlotte Louise-Juliette, que mesmo ilegítima, foi levada para Mônaco e acabou sendo elevada ao posto de princesa, já que Louis não tinha filhos legítimos.
Então, para garantir a continuidade da família Grimaldi no trono, a princesa Charlotte casou-se (1920) com o conde Pierre de Polignac, que aceitou trocar o sobrenome Polignac para Grimaldi, seguindo a linhagem familiar. Do casamento nasceram dois filhos, Antoinette (1921) e Rainier (1923). Com a morte de Pierre (1949), Louise seria levada ao status de princesa-regente, mas abdicou do trono em favor do filho, à época com 25 anos.