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Bispo católico espanhol nascido em Cifuentes, Espanha, segundo bispo do Yucatan e considerado o primeiro pesquisador da civilização maia. Ingressou na ordem franciscana (1541) e, por interesse próprio, deslocou-se para o Novo Mundo, instalando-se no vice-reinado da Nova Espanha, hoje México, onde procurou ajudar os índios, dizimados por doenças transmitidas pelos europeus, fome e maus tratos.
Deste seu trabalho escreveu o clássico Relación de las cosas de Yucatán (1566), uma descrição sobre o povo maia, especialmente suas religião e cultura, especialmente com ênfase sobre sua escrita em glifos. Na época a civilização maia já não existia mais como sociedade viva, sua decadência iniciara-se muito antes da chegada dos espanhóis à América, mas havia material suficiente para seu conhecimento. Nomeado bispo de Yucatán (1572) ordenou, por zelo religioso e contrariando sua admiração por aquele povo, a destruição de ídolos e livros maias, uma atitude que prejudicou irremediavelmente o estudo histórico daquela civilização, embora compreensível no contexto de sua época e de seu cargo.
Quase tudo o que é conhecido sobre a escrita maia são de três livros, sendo que o resto foi destruído pelos espanhóis e pelo próprio bispo. Ele sentia que os livros estavam inspirados pelo diabo e assim ele também ficou conhecido historicamente por esta destruição de livros, queimando mais de cinco mil ídolos e 27 rolos glíficos em Mani, Yucatan. Morreu em Mérida, Yucatán.