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O câncer de mama é o tipo de tumor maligno que mais provoca mortes entre indivíduos do sexo feminino, embora possa também acometer homens. Sua incidência é maior entre mulheres a partir dos 35 anos de idade, o que não significa que não possa ocorrer em grupos etários mais jovens.
A incidência familiar é outro fator de predisposição para o surgimento desses tumores. Mulheres que tiveram a primeira menstruação precocemente, menopausa tardia, gestação após os 30 anos de idade, ou nunca tiveram filhos; e aquelas pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas e se expuseram a radiações ionizantes; também devem estar ainda mais atentas.
Uma vez que:
- a mamografia não é um serviço de fácil acesso a toda a população, mesmo àquelas pessoas que pertencem ao grupo de risco;
- é inviável visitar o ginecologista mensalmente;
- pessoas com menos de 40 anos, mesmo com menor frequência, podem também ser acometidas por esse câncer;
O autoexame das mamas pode ser essencial para a detecção precoce de tumores.
Assim, com o diagnóstico recente, maiores são as chances de o tratamento apresentar resultados satisfatórios.
O autoexame é relativamente rápido, e só precisa ser feito uma vez ao mês. Em mulheres que menstruam, o ideal é que ele seja feito uma semana após o término do fluxo. Se tratando daquelas nas quais tal evento não ocorre, o ideal é marcar um dia específico do mês para fazê-lo – por exemplo: todo dia 15.
Primeiramente, no chuveiro, com os dedos esticados, mova-os em torno de cada uma das mamas, verificando se há ou não a presença de caroços, protuberâncias, e se a espessura se encontra alterada. Coloque a mão debaixo da axila e, com movimentos circulares, indo em direção à mama, procure por caroços ou alguma sensação de incômodo.
Depois, em frente a um espelho e em pé, levante os braços e observe se há diferenças significativas de tamanho ou formato. Analise também tais características com as mãos na cabeça e, depois, na cintura; flexionando bem os músculos dessa região.
Observe também os mamilos e auréolas, verificando se se encontram alinhados, e se há nódulos ou alterações em sua espessura ou textura. Aperte-os entre o indicador e polegar, e veja se ocorre a saída de algum fluido.
Nessa mesma posição, ou sentada, repita os procedimentos feitos durante o banho. Após esse momento, deitada, você fará essa mesma operação, com algumas modificações: coloque um travesseiro atrás do ombro direito, e o respectivo braço atrás da cabeça e, com a mão esquerda, analise a mama direita. Inverta o processo, comparando as estruturas das duas mamas.
Verificando alguma alteração, é muito importante buscar auxílio médico. Vale lembrar que a maioria dessas alterações não é câncer, mas somente um profissional será capaz de identificar do que se trata.
É importante saber que o autoexame é somente uma das ferramentas para se detectar alterações mamárias precocemente. Mas mais importante que ele é visitar o ginecologista pelo menos uma vez ao ano, para que seja feito o exame clínico (não protelando a consulta caso seja detectado algum nódulo); e fazer a mamografia regularmente. A Sociedade Brasileira de Mastologia sugere que este exame seja feito pela primeira vez aos 35 anos de idade; depois, aos 40, sendo repetido a cada dois anos; e anualmente, a partir dos 50.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola