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A bulimia nervosa é um transtorno alimentar que acomete tanto mulheres quanto homens, geralmente de faixa etária que varia entre os vinte e quarenta anos de idade. Com causas que incluem predisposição genética, pressão social e familiar e valorização do corpo magro como sinônimo de beleza, é caracterizada pelo comportamento de se manter em períodos de grande restrição alimentar; alternado com episódios de comer compulsivamente quantidades exorbitantes de alimentos. Após tais períodos, o indivíduo recorre à chamada purga: estratégias, como indução de vômitos ou ingestão de laxantes e diuréticos, para supostamente reverter os efeitos que a alta ingestão de calorias geraria.
Desta forma, problemas relacionados ao funcionamento do coração e rins, mudanças bruscas de humor, inchamento de glândulas salivares, desidratação, osteoporose, queda de cabelos, fadiga, câimbras musculares, dores de garganta e problemas dentários são alguns problemas que esta pessoa pode desenvolver devido, principalmente, à carência de substâncias importantes ao funcionamento regular de seu organismo.
Como o organismo tende a se adaptar a alterações bruscas de ingestão de calorias, este acaba por realizar a estocagem de energia de forma mais eficaz, diminuindo também o seu metabolismo. Assim, a possibilidade de se ganhar peso acaba por aumentar, e a pessoa tende a ser ainda mais rigorosa consigo mesma, em relação a este aspecto.
Preocupações exageradas com a forma física, prática rigorosa e exagerada de atividades físicas e interesse extremo por assuntos ligados à alimentação e impulsividade; são alguns comportamentos que podem indicar a bulimia nervosa. Pessoas cujo trabalho está relacionado à imagem corporal têm maior probabilidade de desenvolvê-la.
O tratamento para este transtorno deve ser realizado por equipe multidisciplinar, incluindo médicos, terapeutas e nutricionistas. Pode ser necessário o uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia