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Veja mais sobre a participação brasileira nas Paralimpíadas 2024

Para compreender melhor a participação do Brasil nas Paralimpíadas 2024, conversamos com uma das nossas representantes na canoagem, Mari Santilli, sobre a sua trajetória no esporte.

Em 28/08/2024 11h30 , atualizado em 30/08/2024 14h53
Arco do triunfo com bandeira do Brasil transparente por cima. Texto na imagem: Brasil nas Paralimpíadas.
O Brasil é uma das dez maiores potências nas Paralimpíadas. Crédito da Imagem: Franck Legros / Shutterstock
Ouça o texto abaixo!

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O Brasil, nas Paralimpíadas 2024 de Paris, envia 280 atletas, o que é a maior participação da delegação nacional em jogos no exterior, ficando atrás apenas dos números alcançados na edição ocorrida no Rio de Janeiro, em 2016.

Até o momento, a delegação brasileira nas Paralimpíadas já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze). Já são quatro edições seguidas em que o Gigante das Américas fica entre as dez melhores nações no quadro de medalhas das Paralimpíadas.

Para compreender bem a trajetória dos representantes brasileiros, conversamos com Mari Santilli, atleta de canoagem que compete nas categorias KL3 e VL3. Veja tudo que descobrimos!

Mari Santilli no treino de canoagem. Créditos: Alessandra Cabral/CPB

Tornar-se paratleta

Mari Santilli era atleta amadora de triatlo e corrida de rua até que, em 2006, sofreu um acidente de moto e teve de passar por uma amputação. A convite de uma amiga, começou a participar de competições de natação do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Em 2014, ela migrou para a canoagem e em 2015 já foi convidada para a Seleção Brasileira. Hoje, é uma veterana dos Jogos Paralímpicos com duas participações.

Indo para sua terceira edição nos jogos de Paris, representará o Brasil nas modalidades KL3 e VL3, estas modalidades são voltadas para atletas com movimento do tronco, braço e pernas que utilizam o caiaque (KL3) e a canoa (VL3).

A transformação do esporte

O ingresso no paraesporte olímpico foi a realização de um sonho para Mari. Ela começou como amadora e tinha o desejo de viver do esporte de alto rendimento.

Ela afirma ter sido a sua “oportunidade de viver nesse mundo”. A atleta é formada em educação física e, consciente do poder transformador do esporte, leva para a vida das pessoas os benefícios provenientes da prática esportiva, além de ser uma representante vitoriosa do Brasil em competições mundo afora.

Ela declarou:

“Tenho muito orgulho dos 10 anos que estou na canoagem paralímpica, de todos os mundiais que participei e Jogos Paralímpicos. Até agora, minhas maiores conquistas foram as medalhas de bronze nos mundiais 2022/2023.”

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Brasil nas Paralimpíadas

Nas duas últimas edições das Paralimpíadas, o Brasil conquistou 72 medalhas. Mesmo competindo em duas modalidades a menos nos jogos de Tóquio em comparação à edição carioca, subiu uma posição no quadro geral de medalhas, indo de 8º para 7º lugar.

Desde 1972, o Brasil participou de todas as edições das Paralimpíadas e só não conquistou medalhas na primeira participação e nos jogos de 1980. De 2004 para 2016, o número de medalhas brasileira mais do que dobrou, indo de 33 para 72.

Exceto os estados de Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, todas as unidades federativas brasileiras têm representantes nos jogos de Paris. São Paulo é o estado com maior número de atletas, são 71.

Esta é a delegação brasileira com a maior representação feminina da história: 45% são mulheres, o que representa 117 atletas de alto nível.

Conselhos para quem quer se tornar paratleta

Por fim, pedimos que Mari desse um conselho para jovens que desejam se tornar paratletas:

Você precisa gostar do que faz, esse é o primeiro passo. A cobrança é alta no alto rendimento do esporte, é preciso dedicação e seriedade para alcançar seus objetivos. Trace objetivos e procure todas as formas possíveis para atingi-los.”

Por Tiago Vechi

Jornalista