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A imigração japonesa no Brasil foi responsável pela consolidação de diferentes colônias espalhadas pelo território brasileiro. O primeiro local de fixação dos japoneses foi organizado pelas instituições federais que capitaneavam o projeto de colonização “Monções”. Ocupando as regiões próximas de Sorocaba e Iguape, os primeiros imigrantes japoneses fizeram parte de bem sucedidos projetos de colonização.
Em 1912, famílias provenientes da província de Fukushima estabeleceram parcerias com fazendeiros do norte do Paraná. No ano de 1913, um grupo de imigrantes japoneses veio a ocupar o Estado de Minas Gerias para participarem de atividades auríferas na região. Em um período muito curto de tempo, a quantidade de imigrantes japoneses já ultrapassava o número de 10 mil pessoas. Não podendo custear a vinda de mais imigrantes, o Governo de São Paulo proibiu a entrada de novas famílias japonesas.
A região noroeste de São Paulo começou a se destacar como um dos principais focos da colonização nipônica. No início dos anos de 1930, os japoneses fixados em São Paulo ultrapassavam a casa dos 130 mil habitantes. De toda a população nipônica, mais de noventa por cento estava envolvida com a pequena e média agricultura. Com a Segunda Guerra Mundial, o alinhamento do governo brasileiro contra os países do Eixo (Japão, Alemanha e Itália) proibiu qualquer tipo de manifestação vinculada à cultura japonesa no Brasil.
Nos anos sessenta, a comunidade japonesa consolidada em solo brasileiro já quase somava mais de quatrocentas mil pessoas. Ao logo da história da presença japonesa, esta comunidade conseguiu se inserir plenamente nas instituições oficiais, na economia e na cultura brasileira. A partir do final dos anos 80, o tão extenso e marcante fenômeno de chegada de japoneses ao Brasil sofreu uma interessante inversão.
Tal fato, conhecido como “Fenômeno Dekassegui” marcou o processo de ida de brasileiros descendentes de japoneses para trabalhar em seu país de origem. Concebido como um processo decorrente das sucessivas crises da economia brasileira, hoje recebe a atenção das autoridades do Japão. Atualmente, diversos setores do entretenimento, da moda e da culinária nipônica fazem parte dos costumes da cultura brasileira.
Por Rainer Sousa
Graduado em História