Símbolos olímpicos

Desde que começaram a ser disputados na era moderna, os Jogos Olímpicos ganharam alguns símbolos.

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A cada quatro anos, vários países reúnem-se para celebrar uma grande festa do esporte mundial: as Olimpíadas. Com origem e tradição grega, o evento tomou proporções mundiais no fim do século XIX por iniciativa do Barão de Coubertin, aristocrata francês. Com a reestruturação do evento na era moderna e a criação do Comitê Olímpico Internacional (COI), foram criados também alguns símbolos para representar os jogos.

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Esses símbolos representam os ideais propostos pelos jogos olímpicos. Além da unidade entre os países que participam da competição, eles também remetem à universalidade do esporte e à paz.

Leia também: Paralimpíadas —  evento esportivo dedicado aos atletas com algum tipo de deficiência.

Tópicos deste artigo

Quais são os símbolos olímpicos?

  • Anéis Olímpicos

A principal representação dos Jogos Olímpicos é a bandeira estampada com os anéis olímpicos, que também são a marca do COI. Os cinco aros interligados que compõem o estandarte possuem cores diferentes, cada uma representando um continente: azul, a Europa; amarelo, a Ásia; preto, a África; verde, a Oceania; e vermelho, as Américas.

Os anéis entrelaçam-se para dar voz a valores como o universalismo e o humanismo. Os aros que compõem a bandeira são de cores diferentes para representar o respeito às diversidades de todas as nações e contrastam com o fundo branco, que representa a paz entre os continentes. Quando foi criado, esse símbolo tinha o objetivo de se opor ao nacionalismo exagerado que levava à tensão entre países no início do século XX.

Bandeira com os aneis olímpicos.
A união de cinco anéis de diferentes cores remete aos cinco continentes. [2]

O uso dos Anéis Olímpicos como um dos símbolos principais dos jogos começou em 1913, após a Olimpíada de Estocolmo, em 1912, primeira edição a receber participantes de todos os continentes. A imagem dos aros entrelaçados vista pela primeira vez foi desenhada à mão pelo Barão de Coubertin e estava no topo de uma carta escrita por ele.

Como uma expressão simbólica, ao final de cada edição dos Jogos, a Bandeira Olímpica é passada para a próxima cidade-sede.

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  • Tocha

A tocha é o mais antigo símbolo das olimpíadas e faz a ligação entre os jogos realizados na Grécia Antiga e os disputados na Era Moderna. O fogo sagrado, tido como elemento purificador, era usado pelos gregos em frente aos seus principais templos, com o Santuário de Olímpia, que recebia as competições esportivas.

O acendimento da chama é feito com a luz solar por meio da skaphia, uma espécie de espelho côncavo que agrega os raios do sol em um só ponto, provocando combustão. Essa tradição para acender a tocha ainda é mantida e é realizada meses antes do início dos jogos, em frente ao Templo de Hera, por onze mulheres caracterizadas como sacerdotisas.

Mulher acendendo a tocha olímpica.
A Tocha Olímpica é acesa na Grécia. [3]

Em 1928, os Jogos Olímpicos de Amsterdã foram a primeira edição do evento na Era Moderna a ter uma pira olímpica acesa em um dos estádios. Já o revezamento da tocha foi implantado pela primeira vez em Londres, no ano de 1948.

Além de remeter a um contexto histórico, a Chama Olímpica simboliza a paz, a união e a amizade. Durante o revezamento feito antes dos jogos em Olímpia, os mensageiros saíam com as tochas pelas cidades gregas anunciando a data das competições. Esses mensageiros anunciavam também uma “trégua sagrada”, que cessava as guerras em curso até o fim dos jogos.

Atualmente, cada sede das olimpíadas desenvolve um design próprio para a tocha, levando em conta suas características culturais. Depois de acesa, a tocha passa por algumas cidades da Grécia e segue para o país onde a competição será realizada, onde o objeto passa pelas mãos de diversos carregadores nas principais cidades. O trajeto termina no estádio onde será celebrada a abertura.

  • Lema

Citius, Altius, Fortius é a expressão latina que define o espírito olímpico e significa: o mais Rápido, o mais Alto, o mais Forte. A essência da frase está na superação de limites, proposta aos atletas que competem nos jogos. A frase é atribuída ao Padre Henri Dion, que ensinava esportes nos arredores de Paris e era amigo do Barão de Coubertin.

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Com esse lema, Coubertin desejava dar aos jogos a tarefa de exigir o melhor dos competidores, levando-os à excelência nas partidas. O lema foi instituído em 1894, por ocasião da criação do COI.

  • Medalhas

Os primeiros campeões olímpicos recebiam como prêmio uma coroa feita com folhas de louro e oliveira. Os vencedores também recebiam alimentação gratuita por toda a vida, garantia de seu lugar em teatros e o título de herói da sua cidade.

No ano de 392, após converter-se ao cristianismo, o Imperador Romano Teodósio I proibiu a realização dos jogos. Quando voltou a ser realizado no ano de 1896, os vencedores foram presenteados com uma medalha de ouro e um ramo de oliveira.

A partir de 1904 foi instituída a premiação para o segundo e terceiro colocados, que receberiam medalhas de prata e bronze, respectivamente. Essa modalidade de pontuação acabou espalhando-se por outras competições esportivas.

Medalhas de ouro, prata e bronze.
A premiação olímpica é feita com três tipos de medalhas: ouro, prata e bronze.

Atualmente, a cunhagem das medalhas é de responsabilidade do país anfitrião e precisa ter diâmetro mínimo de 6 cm por 3 mm de espessura e trazer na parte frontal a imagem da deusa Nike, símbolo da vitória nas olimpíadas. Contradizendo o nome da premiação, a medalha de ouro precisa ser feita com 92,5% de prata e 6 g de ouro.

  • Mascotes

Mascotes das olimpíadas.
Os mascotes são criados com base nas características regionais. [4]

Outro representante dos jogos olímpicos é o mascote, que muda a cada edição. O primeiro mascote oficial foi apresentado na Olimpíada de Munique, em 1972. O Waldi, como era chamado, foi inspirado na figura de um cachorro da raça dachshund, muito comum na região.

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Desde então, os países que receberam os jogos criaram mascotes com base em suas características regionais. Já teve urso, águia e até montanhas personificadas, mas o que mais inspirou a criação de mascotes olímpicos até hoje foi a mistura de elementos. Nos jogos de Pequim, em 2008, por exemplo, foram cinco mascotes representando desejos. Em Londres e Atlanta, os personagens criados não tinham forma de animais, eram desenvolvidos em computador e misturavam diversos formatos.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, o mascote recebeu o nome de Vinícius, em homenagem a Vinícius de Morais, e é uma mistura de vários animais da nossa fauna.

Créditos de imagem

[1] lazyllama / Shutterstock.com

[2] lazyllama / Shutterstock.com

[3] Ververidis Vasilis / Shutterstock.com

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[4] A.RICARDO / Shutterstock.com

Anéis olímpicos.
Imagens, rituais e objetos foram criados para simbolizar os jogos olímpicos. [1]
Crédito da Imagem: Shutterstock
Escritor do artigo
Escrito por: Rafael Batista Escritor oficial Brasil Escola
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BATISTA, Rafael. "Símbolos olímpicos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/simbolos-olimpicos.htm. Acesso em 10 de dezembro de 2025.
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