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No mundo contemporâneo, nos acostumamos a reproduzir a visão de que todas as culturas compartilham de padrões de conforto e desenvolvimento próximos aos da nossa cultura. No entanto, essa visão de que os hábitos pré-históricos foram completamente superados caiu por terra quando, em 1971, encontrou-se em uma das ilhas do arquipélago da Filipinas uma pequena população com cerca de vinte e cinco pessoas isoladas em uma caverna natural.
Conhecidos como tasai, esse grupo utilizava vestes extremamente simples compostas por tangas, folhas de orquídea e fios de palma. Sem contar com nenhum tipo de atividade agrícola, os tasai viviam da coleta de raízes, banana, frutos de palmeira, gengibre, cogumelos, bagas, mel, pequenos anfíbios, insetos e peixes. Sem ao menos praticar a caça, esse povo somente se ocupava da coleta de alimentos e lenha. No restante do dia se dedicam ao descanso e atividades recreativas.
Sem conviverem em núcleos familiares isolados, os tasai viviam em uma mesma moradia. A família era dividia por casais responsáveis pela criação de toda sua prole. Mesmo constituindo um pequeno grupo de pessoas, o casamento entre os tasai era realizado com outros povos que moravam nas proximidades. Por isso, podemos entender como essa pequena civilização não foi extinta.
O conhecimento sobre os demais aspectos dessa civilização ainda foi pouco compreendido. Os estudiosos dessa civilização ainda não relataram algum tipo de prática religiosa entre os tasai. Além disso, não foram encontrados nenhum vestígio de pintura, escultura ou desenho. Mesmo ainda desconhecidos, os tasai demonstram aos antropólogos e historiadores que a humanidade não superou (e porque necessariamente deveria?) hábitos da cultura pré-histórica.
Por Rainer Sousa
Graduado em História