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No ano de 1271, uma nova Cruzada foi preparada pelo Príncipe Eduardo da Inglaterra. De fato, em virtude de sua curta duração e própria ineficácia, a Nona Cruzada é vista por muitos estudiosos como uma espécie de continuação da Oitava Cruzada. Na verdade, as tropas do monarca inglês que se dirigiram até à região de Túnis estavam atrasadas e, por tal razão, não chegaram a tempo de auxiliarem os soldados do rei francês Luís IX, principal líder da Oitava Cruzada.
Chegando ao Oriente Médio, os soldados de Eduardo se situaram na região de São João d’Acre, um dos territórios próximos a Jerusalém que tinham sido dominados pelos sultões mamelucos. Desde 1268, o sultão Bybars havia conquistado aquele espaço e ameaçava seriamente a hegemonia dos cristãos. Com isso, a Nona Cruzada pretendia impor a conversão religiosa dos muçulmanos ali situados para que a Terra Santa se preservasse enquanto domínio cristão.
Consolidando algumas alianças militares junto aos inimigos do sultão, o príncipe Eduardo I conseguiu derrotar as forças inimigas e ter um resultado satisfatório nas batalhas inicialmente travadas. A vitória foi logo seguida por uma investida de soldados italianos que atacaram outras regiões do Oriente Médio com o objetivo de dizimarem populações muçulmanas. Deste modo, a Nona Cruzada ficava em aberto, mediante o desejo dos sultões em se vingarem da ação violenta dos exércitos cristãos.
No ano de 1282, novos confrontos estabeleceram a expulsão de italianos e ingleses da Terra Santa, graças à ação de um poderoso exército composto por mais de 200 mil muçulmanos. A vitória dos sultões determinou a expulsão definitiva dos cristãos do Oriente Médio e, ao mesmo tempo, empreendeu o fim das inúmeras batalhas que marcaram o movimento cruzadista.
Por Rainer Sousa
Mestre em História