PUBLICIDADE
Depois do envolvimento da Índia em um conflito pela disputa de fronteira com a China, em 1962, o poderio militar indiano aumentou significativamente. A derrota contra a China promoveu um reforço das linhas de fogo indianas. Nesse mesmo período, a Índia tentava um processo de integração gradual da Caxemira, fazendo da região área de controle jurídico do governo da Índia.
Em uma revolta ocorrida em dezembro de 1963, decorrente do roubo de uma relíquia da mesquita de Hazratbal, as autoridades paquistanesas viram no incidente uma oportunidade de reprimir a ação indiana na Caxemira. Desse modo, Índia e Paquistão voltaram a guerrear pelo controle da Caxemira. Mais uma vez, utilizando de soldados infiltrados, o exército paquistanês iniciou, em 1965, a ocupação do Vale da Caxemira na chamada Operação Gibraltar.
Não obtendo a mobilização local esperada, as tropas camufladas paquistanesas foram facilmente dominadas pelas forças indianas. No entanto, persistindo em seu objetivo militar, novas tropas do Paquistão abriram uma nova frente de batalha pelo sul da Caxemira. Contando com a surpresa desse novo ataque, os paquistaneses conseguiram adentrar o território indiano chegando a ameaçar a ligação da Índia com a Caxemira.
Para reprimir a ameaça paquistanesa, a Índia invadiu a fronteira do Paquistão dominando regiões da província do Punjabi, região vizinha à capital Lahore. Os paquistaneses tentaram retaliar o avanço indiano enviando tropas à região de Khem Karan. No entanto, as tropas indianas já haviam se antecipado a essa manobra das Forças Armadas do Paquistão.
Dessa forma, a Índia conseguiu vencer os paquistaneses. Ao longo do mês de setembro os conflitos se encaminhavam para mais um impasse entre os dois países. Nessa altura, as Nações Unidas mais uma vez envolveu-se na questão, exigindo o cessar-fogo. No início de 1966, as duas nações assinaram o Tratado de Tashkent, que selou o fim do conflito.