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A trajetória do Império Mongol

Gêngis Khan foi o líder político-militar responsável pela formação do Império Mongol.
Gêngis Khan foi o líder político-militar responsável pela formação do Império Mongol.
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Sob a liderança do lendário Gêngis Khan, os mongóis concretizaram a formação de um dos mais extensos impérios de toda a História. Do ponto de vista cultural, os mongóis eram dotados de uma forte tradição militar em que qualquer contenda era resolvida por meio da luta. Foi a partir disso que o futuro líder Gêngis Khan empreendeu as condições necessárias para organizar este império.

Tudo começou quando, nas últimas décadas do século XII, Temujin Borgjin, o futuro Khan, teve a sua esposa raptada pela tribo dos merquitas. Com o incidente, Temujin se uniu militarmente a duas outras tribos para reaver sua mulher. Após a vitória, veio à tona a precariedade que caracteriza o conchavo militar entre os mongóis. Jamuka, um de seus companheiros de luta, acabou buscando forças para tomar as terras de Temujin Borgjin.

Nesse confronto, Temujin acabou utilizando de sua posterior vitória para ampliar seus laços com várias tribos mongóis. Em 1206, reunido com vários chefes das tribos das estepes, Temujin Borgjin foi transformado em Gêngis Khan. Com unificação política, ele passou a impor a convocação automática a todos os jovens que estivessem sob o domínio de seus territórios.

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Primando a formação de um exército de soldados que dominassem a montaria e o arco, Khan realizou uma violenta política expansionista em busca de riquezas, terras e escravos. Ao longo de sua vida, este lendário militar conseguiu dominar territórios chineses, muçulmanos e russos. Em 1227, quando seu exército subordinava algumas cidades do sul da Rússia, Gêngis Khan foi acometido de uma terrível febre (provavelmente malária) que ceifou a sua vida.

Após o ocorrido, Ogedei (1186 - 1241), terceiro filho de Gêngis, assumiu o governo mongol e empreendeu novas conquistas militares. Superou a dinastia Jin no nordeste da China, tomou a Polônia e a cidade de Moscou e praticamente quase todo território húngaro. Nesse momento, o triunfante Ogedei reforçava a possibilidade de invasão dos mongóis na Europa. Contudo, em 1246, já bastante próximo da Península Itálica, o comando militar mongol ficou vago com a morte de seu principal líder.

A demora para se definir quem poderia assumir o Império Mongol acabou enfraquecendo a organização de um avanço sobre a Europa. No ano de 1294, a morte do imperador Kublai Khan estabeleceu a divisão política dos territórios mongóis entre quatro herdeiros. A desarticulação abriu portas para que outras nações conquistassem a Mongólia. No século XVII, os chineses se transformaram em senhores absolutos de todo o mundo mongol.

No ano de 1911, os mongóis conseguiram reaver a sua independência política em relação à China. Na década seguinte, uma revolução comunista fez com que a Mongólia estivesse politicamente e economicamente influenciada pelo regime soviético. O regime democrático no país só vigorou em 1990, em consequência da própria desarticulação de todo o bloco socialista. Atualmente, os mongóis enfrentam dificuldades diversas e estão economicamente subordinados aos chineses.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "A trajetória do Império Mongol"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/a-trajetoria-imperio-mongol.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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