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E você, já voltou atrás em alguma decisão?
Atendo-nos a uma análise minuciosa do enunciado em questão, sobretudo no que se refere ao sentido expresso pelo verbo voltar, percebemos que o emprego do termo que a ele sucede (representado pela palavra atrás) a princípio parece desnecessário. Tal fato, caso fosse comprovado, em se tratando dos fatos linguísticos, configuraria o que denominamos de pleonasmo, redundância ou tautologia, assim como preferirmos.
Ele, caracteristicamente, representa as muitas circunstâncias nas quais o falante, de modo involuntário, comete “desvios”, representando, portanto, um desacordo perante o padrão formal da linguagem.
Contudo, o sentido aqui expresso não se refere ao fato de retomar um procedimento já realizado anteriormente, ou seja, voltar não implica necessariamente considerar um ponto físico que esteja posto atrás da pessoa considerada, mas sim de algo relacionado à ideia de desfazer o que foi feito, com vistas a adquirir uma nova concepção no que se refere a um determinado assunto.
Portanto, esteja certo(a) de que a expressão não retrata os desvios dos quais citamos anteriormente, uma vez que além de fazer parte de nosso vocabulário (considerada correta), pertence também ao vocabulário de renomados autores, como por exemplo, o representante da era Romântica, José de Alencar : "Não havia meio de fazê-lo voltar atrás".
Mas esteja atento (a) a um fato:
A expressão “voltar para trás” ´representa sim um caso típico de redundância. Portanto, evite utilizá-la mediante determinadas situações de comunicação.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola