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O guaraná em pó, derivado do mesmo fruto que dá nome ao refrigerante, é rico em cafeína e teobromina – substâncias encontradas no café e chocolate, respectivamente, sendo a segunda de efeitos mais brandos do que a primeira. A concentração de cafeína presente no guaraná em pó pode ser até quatro vezes maior do que a encontrada no café; fornecendo efeitos com duração média de seis horas.
Agindo nos mesmos receptores do sistema nervoso central que a cocaína e as anfetaminas, só que de forma bem mais leve, tais substâncias aumentam o estado de alerta do indivíduo e dão a ele uma sensação de bem-estar, uma vez que liberam adrenalina e dopamina no sangue. Por tal motivo, o guaraná é amplamente utilizado por estudantes, principalmente em época pré-vestibular.
O problema é que, dependendo do organismo do indivíduo e do horário em que foi ingerido o guaraná, o sono profundo, ou até mesmo o sono leve, podem ficar comprometidos (leia o texto sobre a importância do sono). Devido a este fator, o sujeito tende a acordar indisposto, requerendo o uso de quantidades maiores deste, para se sentir bem animado. Assim, pode dar início a um círculo vicioso que, quando é rompido, geralmente confere à pessoa sintomas como dores de cabeça e humor deprimido.
Conclusão: se considerarmos como droga qualquer substância que altera o funcionamento do sistema nervoso central e que apresenta potencial em causar dependência, mesmo que este seja baixo, o guaraná em pó pode ser considerado uma droga e, portanto, deve ser utilizado de forma racional.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia