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Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Siphonaptera
Pulgas são insetos pequenos, sem asas, com pernas longas, de corpo marrom escuro e achatado, coberto por placas. São excelentes saltadoras, podendo saltar aproximadamente dezoito centímetros na vertical e trinta e três na horizontal; e muito resistentes, graças à presença de placas na superfície de seu corpo. Existem mais de 3000 espécies espalhadas em todo o mundo, exceto na Antártida.
Pulgas adultas podem ficar meses sem se alimentar, permitindo com que sobrevivam por muito tempo, mesmo quando a oferta nutricional se presenta escassa. Muitas delas se alimentam de sangue de mamíferos e aves, graças às peças bucais adaptadas para perfurar e sugar: são ectoparasitas.
Cada fêmea pode liberar cerca de 500 ovos; e estes são lançados fora do corpo do hospedeiro, em ninhos, covas, solo, e até em carpetes e frestas de pisos. Deles, em aproximadamente doze dias, saem larvas. Elas se alimentam de dejetos, restos de pele e outros resíduos, e passam por três estágios, nos quais ocorrem trocas de pele. Depois, formam casulos, se transformam em pupas e, após este estágio, adquirem forma adulta.
Pulgas podem provocar “bicho de pé” e também causar doenças, sendo estas relacionadas ao seu hábito alimentar. Como ovos de tênias fazem parte do cardápio das larvas, estas podem ser hospedeiras de tal verme, transmitindo-o a outros animais. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando animais de estimação lambem as feridas provocadas pela pulga, ingerindo o inseto contaminado; e no caso de seres humanos, ao brincar com o pet e, acidentalmente, ingerir uma ou mais pulgas contendo o parasita. Já a peste bubônica e o tifo murino são transmitidos através da picada da pulga; e este ato, ou mesmo o contato direto com o inseto em questão, pode provocar alergias.
Considerando os transtornos que pulgas tendem a provocar, existem inúmeras formas de eliminar tais animais. O uso de reguladores de crescimento, inibidores de desenvolvimento, pesticidas, produtos veterinários específicos para os animais de estimação e repelentes são alguns deles. É importante conversar com um veterinário, zootecnista ou mesmo com profissional de dedetização para analisar qual é a medida mais adequada ao seu caso específico, e como proceder.
Como nem sempre possui baixo custo, e em alguns casos o tratamento não é eficaz em longo prazo, prevenir a infestação de pulgas pode ser uma medida mais eficaz. Assim, cuidar da higiene de seu animal de estimação, limpando o local onde ele dorme, e também lavando seus objetos uma vez por semana; eliminar frestas do piso, aspirar frequentemente carpetes e tapetes, podar a grama e manter a manutenção do jardim em dia; são medidas muito eficazes.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia