Os puritanos foram um grupo de protestantes ingleses que surgiu durante o século XVI. Eles defendiam uma reforma mais radical da Igreja Anglicana, buscando purificá-la de elementos considerados católicos. Os puritanos eram conhecidos por sua postura rígida, moralidade austera e forte ênfase na leitura da Bíblia.
Quanto à sua relação com as monarquias absolutistas, os puritanos eram frequentemente perseguidos e reprimidos por esses governos, pois suas crenças e práticas religiosas entravam em conflito com a autoridade monárquica e a hierarquia da Igreja estatal. As monarquias absolutistas geralmente buscavam controlar a religião e impor uma única forma de culto, o que gerava conflitos com os puritanos, que defendiam a liberdade religiosa e a autonomia das congregações.
As aspirações políticas dos puritanos incluíam a busca pela liberdade religiosa, a reforma da Igreja Anglicana de acordo com suas convicções e a limitação do poder monárquico. Eles desejavam um governo mais representativo e participativo, onde a igreja e o estado estivessem separados.
A articulação para a derrubada de Carlos I em 1640 esteve relacionada à insatisfação dos puritanos com o reinado do monarca inglês. Carlos I era acusado de tentar impor uma forma de culto mais próxima do catolicismo, o que gerou resistência por parte dos puritanos. Além disso, o rei governava de forma autoritária, sem consultar o Parlamento e desrespeitando direitos e liberdades individuais. Essa insatisfação culminou na Guerra Civil Inglesa, que resultou na derrubada de Carlos I e na instauração de um governo republicano liderado por Oliver Cromwell.