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A ingestão contínua e excessiva de água por atletas que se submetem a muita atividade física (maratonistas, ciclistas, etc.), pode causar a hiponatremia, que consiste em um desequilíbrio da concentração de sódio, correspondendo a taxas menores que 155 milimoles por litro.
Os sintomas da hiponatremia são: inchaço no estômago, vômito, fadiga extrema, perda de coordenação motora, fraqueza, apatia, dor de cabeça e, em casos mais severos, confusão mental, alucinação, podendo desencadear em coma e, até mesmo, morte.
Isso ocorre porque em atividades físicas mais intensas há uma tendência de se perder sódio pelo suor, que é extremamente importante ao organismo quanto à manutenção do volume dos líquidos corporais, na contração muscular e, também, na absorção de glicose. A ingestão de água feita de forma excessiva e gradual impede os rins de eliminarem seu excesso. As moléculas de H2O penetram nas células do organismo, encharcando-as e, também, diluindo o sódio disponível, com consequente redução da concentração deste. Vale lembrar que nosso organismo possui uma reserva de aproximadamente dois litros de água para ser utilizada!
Obviamente, o atleta pode e deve ingerir líquidos durante suas atividades, mas deve se precaver, para evitar tais transtornos. Assim, é necessária atenção no que se diz respeito à quantidade de água e fontes de sódio ingeridas antes, durante e depois desse tipo de atividade, buscando hidratar-se em intervalos maiores.
A hiponatremia pode ser consequência, também, de fatores como a presença da Síndrome da Secreção Inadequada de Hormônio Antidiurético, que provoca uma diminuição na produção da urina e aumento da retenção hídrica; uso de determinados anti-inflamatórios, que alteram a produção da urina e doenças cuja função excretora de água dos rins é comprometida, como doenças cardíacas, renais ou hepáticas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia