A oxidação de compostos orgânicos é uma reação muito útil no processo de tratamento de efluentes (esgotos). Graças à ação oxidante de bactérias aeróbicas é possível converter a água cheia de impurezas em água própria para o consumo. Entende-se por bactéria aeróbica aquela que se desenvolve somente na presença de oxigênio.
O processo de oxidação da matéria orgânica tem início no momento em que as bactérias reagem com OD (oxigênio dissolvido na água). A reação tem como produto moléculas mais simples (CO2, H2O).
A chamada demanda biológica de oxigênio (DBO) é a quantidade de O2 necessária para oxidar o material orgânico. A DBO serve como indicativo para avaliar a qualidade da água, se for elevada, indica a presença de muito OD (oxigênio dissolvido), não restando oxigênio livre para a respiração dos peixes. A morte de peixes em um meio aquático acarreta num aumento ainda maior da DBO.
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As bactérias anaeróbicas são aquelas que conseguem se desenvolver na falta de O2 na água, sabe como? Elas utilizam o oxigênio presente nos restos orgânicos dos efluentes.
Nesse caso ocorre uma redução dos resíduos em vez de uma oxidação.
O grande impasse para o uso de bactérias anaeróbicas no tratamento de efluentes é que tais bactérias decompõem o material orgânico em compostos de cheiro ruim, como por exemplo, derivados da amônia (NH3) e sulfeto de hidrogênio (H2S). É por isso que a maioria dos esgotos tem cheiro desagradável.
Por Líria Alves
Graduada em Química