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Este assunto não é dos mais higiênicos, mas é interessante saber sobre a composição da cera que se forma naturalmente dentro de nossos ouvidos. A começar pela anatomia de nosso aparelho de audição, que é composto de um tubo curvo que vem do tímpano até a parte externa da cabeça. Essa parte equivale ao canal auditivo externo, mas não é aí que se encontra nosso material de estudo.
Seguindo a anatomia, temos a parte interna da orelha, um canal mais fechado com poucos pelos e que possui glândulas sebáceas (ceruminosas), essas são as responsáveis pela produção do cerúmen, a popular cera de ouvido.
Na verdade, o que parece ser uma impureza produzida pelo nosso corpo, nada mais é do que uma proteção para impedir que partículas de sujeira entrem em nosso aparelho auditivo.
O cerúmem é composto por uma mistura de queratina (pedaços de pele) e ácidos graxos de cadeia longa (saturados e insaturados). Agora, se você já se aventurou a experimentar essa substância, deve ter notado um gosto amargo, arg! Isto porque há presença de ácidos graxos e quando estes reagem com ar atmosférico, se oxidam; daí o gostinho rançoso.
Algumas pessoas têm mania de higienizar os ouvidos utilizando hastes flexíveis de algodão (cotonetes), mas aqui vai um alerta: só as utilize para higienizar a parte externa do canal, um contato mais profundo pode ser prejudicial, uma vez que a cera tem a função de proteger, ao retirá-la você estará expondo seus ouvidos.
Por Líria Alves
Graduada em Química