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Em 12 de outubro de 1990, a Academia Brasileira de Letras, Academia das Ciências de Lisboa e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, aprovaram em Lisboa um projeto de ortografia unificada da Língua Portuguesa.
O novo acordo ortográfico entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009. Visa à unidade da língua, o aumento de seu prestígio social e a redução, ou até mesmo a extinção das barreiras encontradas pelos países e falantes lusófonos quando, por exemplo, tentam difundir suas conquistas, reflexões e conteúdos, pois as diferenças ortográficas atrapalham a circulação de tais obras.
Vejamos o conteúdo de algumas propostas:
- Trema: o trema deixa de existir, com exceção de palavras de nomes próprios estrangeiros. Exemplo: mülleriano, de Müller.
- Acentuação: o acento dos ditongos orais abertos “éi” e “ói” desaparece nas palavras paroxítonas. O acento se mantém caso se trate de oxítonas. Exemplo: herói, heroico.
- H inicial: emprega-se por força da etimologia e em virtude da adoção convencional.
Exemplos: homem, humor, hã?, hum!
Mantém-se numa palavra composta ligada a um elemento anterior por meio do hífen.
Exemplo: pré-história, anti-higiênico.
Em Portugual, o "h" inicial será suprimido, apesar da etimologia, quando sua ausência já está consagrada pelo uso, como em erva (herva) e úmido (húmido).
Suprime-se em composição por aglutinação: desarmonia, inábil, reabilitar.
As modificações propostas, segundo especialistas, devem alterar 0,45% do vocabulário do Brasil, em Portugal a mudança prevista é de 1,6%.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura