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O lago e o pântano é o começo de todas as maravilhas.
Latona, aquela que o ciúme de Juno expulsou de terra em terra, chegou Lícia com duas crianças em seus braços, estava muito cansada e com sede. Logo na frente ela viu um lago com águas claras, naquele lugar os camponeses trabalhavam na colheita do junco e do vime.
Ela ajoelhou-se na beira do rio e saciou sua sede, quando então os aldeões proibiram. Suplicou aos aldeões para que os deixassem saciar a sede, mas eles com os corações endurecidos não deixaram.
Os aldeões não satisfeitos entraram no lago e começaram a mover a lama para que a água não pudesse mais ser bebida. Latona ficou com tanta raiva que levantou suas mãos aos céus e disse: “Que eles jamais saiam desse lago, que passem o resto de sua vida dentro dele!” E assim aconteceu.
E agora eles vivem dentro da água, às vezes submersos, levantando a cabeça na superfície e nadando. A voz tornou-se áspera de tanto coaxar, a garganta intumescida, a boca alargou-se, o pescoço encurtou-se, tornaram-se sapos.
Keilla Costa