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Cyberpunk, palavra originada a partir da cibernética, traz uma visão de universo underground da sociedade, ou seja, visão de contracultura, pois foge dos padrões impostos na intenção de obter novos espaços para expressão. É um gênero da ficção científica notado a partir de seu foco, baixo custo de vida e alta tecnologia.
O termo foi utilizado pela primeira vez em 1983 por Bruce Bethke, escritor norte-americano, mas rapidamente foi acolhido aos trabalhos de outros escritores como: William Gibson, Bruce Sterling, John Shirley, Rudy Rucker, Michael Swanwick, Pat Cadigan, Lewis Shiner, Richard Kadrey dentre outros.
É importante ressaltar que o escritor que obteve destaque nessa ficção foi William Gibson em Neuromancer – romance lançado em 1984, vencedor da ficção científica “tríplice coroa” do Prêmio Nebula.
A partir de vários estudiosos no assunto, o cyberpunk passou a ser uma visão de mundo, uma forma de vivenciar o conflito da realidade potencializada através do que era percebido apenas na literatura. O ver (despertar) além do corpo e da mente, a tecnologia idealizada a tempos, sendo implantada à realidade, a obtenção da informação livre para todos, o uso de tecnologias do ciberespaço.
O cyberpunk, como indivíduo, não se preocupa com o futuro, com as tecnologias que serão implantadas e sim com o agora. O ciberespaço é traduzido no instante em que é vivido, quer seja no âmbito político, urbano ou tecnológico.
Como dito anteriormente, os cyberpunks contrariam os padrões impostos pela sociedade; pela forma que se expressam, são taxados como indivíduos rebeldes e vândalos. A maioria dos cyberpunks apresenta as características listadas abaixo:
- Pessoas extremamente inteligentes a ponto de aprender sem o auxílio de terceiros,
- Gostam de músicas eletrônicas,
- Gostam de jogos em rede,
- Apreciam a eletrônica,
- Apreciam a ficção científica,
- Utilizam sistemas operacionais de código aberto,
- Não se apegam a estilos como de roupas e danças,
- São chamados de crackers, hackers, phreakers, otalcus e zippies, porém não são.
Por Gabriela Cabral