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No século XIX, a Confederação Germânica reunia uma série de estados independentes entre as quais se destacavam a Prússia e a Áustria. Do ponto de vista econômico, os prussianos almejavam a organização de um grande parque industrial capaz de formar uma burguesia nacional e modernizar o cenário econômico do país. Com isso, poderiam criar as condições necessárias para reunificar o território alemão e dar fim à hegemonia imposta pelos austro-húngaros.
De fato, o governo prussiano não tinha condições de empreender essa sonhada transformação sem contar com o auxílio de outros estados integrantes da confederação. Por volta da década de 1830, o governo prussiano capitaneou a formação de uma grande zona aduaneira em que os estados alemães pudessem transitar livremente seus produtos industrializados e matérias-primas. Conhecida como Zollverein, esse acordo intensificou as atividades comerciais e o nascimento de indústrias nas regiões participantes.
Não esquecendo suas rivalidades políticas, a Prússia organizou o Zollverein sem contar com a participação do Império Austro-Húngaro. Dessa forma, a economia da nação rival não poderia competir com o processo de modernização econômica experimentado pelos estados cooperantes. Chegando à década de 1860, já era possível notar as diferenças que apartavam os austro-húngaros e os integrantes da zona aduaneira.
O sucesso de tal medida foi de suma importância para que a Prússia desse início às ações militaristas que permitiriam a execução da Unificação Alemã. Sob a liderança do ministro Otto Von Bismarck, os prussianos formaram um hábil exército que asseguraria as vindouras anexações territoriais. Em 1871, após a vitória na Guerra Franco-Prussiana, os alemães selavam a concepção de um estado unificado.
De fato, não há como entender as vitórias militares prussianas sem que antes observemos os impactos trazidos pela cooperação econômica edificada pelo Zollverein. Além disso, vemos que essa mesma situação permitiu que os alemães, em curto espaço de tempo, expandissem seus interesses a ponto de rivalizarem com a força econômica exercida por Inglaterra e França nos mercados internacionais.
Por Rainer Sousa
Graduado em História