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Até 1498, quando Cristóvão Colombo chegou à região da atual Venezuela, o território era habitado por índios caraíbas e arauaques. Os espanhóis passaram a explorar a colônia a partir do século XVIII, fazendo a utilização de mão de obra escrava africana para plantar cacau e café. A independência da Venezuela foi obtida em 1819 sob a liderança de Simón Bolívar.
A partir disso, a Venezuela passou a fazer parte da Grã-Colômbia (Equador, Panamá, Venezuela e Colômbia). Sua retirada da federação deu-se em 1830. Após o governo do general José Antônio Paez, houve quase um século de ditadura, guerras civis e disputas nas fronteiras. A descoberta das grandes jazidas de petróleo ocorreu no início do século XX. As primeiras eleições presidenciais aconteceram apenas após a construção de 1947.
A legalização dos partidos de esquerda e a pacificação da nação após dez anos de guerrilhas foram feitos do então presidente eleito em 1969, Rafael Caldera. No fim da década de 1980, ocorreram grandes levantes populares contra a corrupção no governo e as medidas adotadas para combater a crise econômica. Um grupo de militares tentou derrubar o presidente Andrés Pérez em 1992, mas fracassaram.
Aproximadamente mil militares foram presos, incluindo o coronel Hugo Chávez (fundador do movimento nacionalista). Em 1993, Pérez foi afastado por causa de acusações sobre o desvio de 17 milhões do governo. No ano de 1998, Hugo Chávez, anistiado, foi eleito presidente. Ainda que suas medidas de governo tenham conquistado o apoio da população mais pobre, desagradaram os empresários.
Golpe
A partir de 2001, Hugo Chávez começou a perder apoio político dentro do país. Em 2002, foi iniciada uma greve geral. No dia 12 de abril, golpistas nomearam o representante dos empresários, Pedro Carmona, novo presidente. Milhares de partidários de Chávez saídos dos bairros populares tomaram o centro da capital. Comandantes rebelaram-se e pressionaram Carmona, que abandonou o palácio do governo.
Com isso, Chávez retomou seu posto em 14 de abril. Em seguida, surgiram vários conflitos e um princípio de guerra civil, o que desestabilizou a economia venezuelana, afetando diretamente os Estados Unidos, principal importador do petróleo do país. Isso fez com que os EUA pressionassem a oposição venezuelana para que fizesse um acordo com Chávez.
Em 2003, houve uma votação popular para definir se o presidente continuaria ou não no poder. Após uma série de discussões entre o governo e a oposição, foi realizado o referendo em 15 de agosto de 2004. Com 59% dos votos, Chávez foi mantido no poder.
Por Eliene Percília