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O desenvolvimento das Guerras Napoleônicas pelo continente europeu é o evento histórico que inaugura o processo de independência do Chile. No ano de 1808, as notícias sobre a invasão da Espanha motivaram a elite criolla a controlarem politicamente o território através de uma junta de governo. Naquele momento, os membros da própria sociedade chilena assumiam diretamente os poderes da antiga possessão hispânica.
Apesar do significado da conquista, a intenção dos integrantes dessa junta era somente administrar os territórios até que a situação política do trono espanhol voltasse ao normal. Entretanto, os poderes transitórios acabaram abrindo caminho para que uma eleição determinasse a escolha do Primeiro Congresso Nacional Chileno. Seus primeiros representantes, apesar de conservadores, traziam consigo a influência dos valores iluministas e a autonomia conquistada pelos norte-americanos.
Em pouco tempo, o ideal separatista ganharia fôlego com a chegada de Bernardo O’Higgins ao governo chileno. Nesse mesmo contexto, observamos que o ideal separatista ganhou outro importante apoio com a participação do general José de San Martín. Tendo acumulado experiência militar no processo de independência argentino, também seria decisivo ao realizar o treinamento e a condução do chamado “Exército dos Andes”.
No ano de 1818, após vencer a Batalha de Maipu, o exército de libertação assegurou definitivamente a libertação do julgo espanhol. Até o ano de 1823, Bernardo O’Higgins controlou o governo chileno com poderes ditatoriais. Em seus primeiros anos, o regime republicano instalado no Chile foi marcado por mandatos presidenciais de curta duração decorrentes das intensas disputas pelo poder no país recém-formado.
Por Rainer Sousa
Graduado em História