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Entende-se por joint venture a associação econômica entre duas empresas, que podem ou não ser do mesmo ramo, durante um período específico e limitado. Essa parceria pode operar de várias maneiras, executando-se para fins logísticos, industriais, comerciais, tecnológicos e outros. Em muitos casos, a joint venture atua no sentido de ampliar o mercado consumidor de grandes multinacionais sem demandar um grande investimento em infraestruturas e transportes.
Uma joint venture também costuma ser chamada de cooperação econômica e sua diferença em relação a outras associações é que as empresas envolvidas não perdem suas personalidades jurídicas. Se uma empresa A, por exemplo, faz uma joint venture com uma empresa B, elas não se fundem, ou seja, ambas continuam existindo independentemente, com seus próprios corpos administrativos e econômicos. Em outras formas de parceria, tais como os trustes, as empresas fundem-se ou unem os seus capitais, o que não ocorre na joint venture.
Um exemplo de joint venture bastante conhecido no Brasil foi a Autolatina — uma cooperação econômica entre a Volkswagen e a Ford entre 1987 e 1996. Nessa cooperação, foi realizado o compartilhamento dos custos de montagem, produção e comercialização, além de parcerias voltadas para o fortalecimento de ambas as marcas no país.
Outro exemplo clássico foi a Playtronic, uma joint venture entre a Nintendo, a Gradiente e a Estrela do Brasil que garantiu o sucesso de todas essas marcas no mercado nacional. Ao final dessa parceria em 2000, os games da Nintendo encareceram (por terem de ser importados), as assistências técnicas diminuíram e toda a linguagem dos jogos e suportes não mais estava disponível em português.
As vantagens da joint venture são notáveis: diminuição de custos de produção; expansão de marcas em locais afastados sem a necessidade de presença física das empresas; aquisição de técnicas, conhecimentos e tecnologias; diminuição da concorrência ou atenuação de seus efeitos; ampliação de mercados; melhoria na qualidade dos produtos e serviços, entre outras.
Na China, a prática da joint venture é bastante difundida. Isso acontece porque o governo chinês exige que as empresas multinacionais que se instalam em seu país realizem essa cooperação econômica com companhias nacionais, com o objetivo de não enfraquecer o mercado nacional e de evitar que o capital externo se prejudique. Como os benefícios do mercado industrial chinês são bastante interessantes para os investidores, essas parcerias são, então, amplamente realizadas, o que faz aumentar a produção e a exportação de produtos industrializados.
Por Me. Rodolfo Alves Pena