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Ultimamente, o estreitamento dos laços e distâncias entre os países foram responsáveis pela concepção de uma ampla pauta política comum. Dessa forma, surgiram assuntos de ordem internacional que poderiam afetar vários países ao mesmo tempo. Notando tal mudança no panorama das relações políticas contemporâneas, o presidente francês Valéry Giscard d’Estaing teve a ideia de reunir os chefes de Estado das nações mais economicamente influentes.
A reunião acontecida em 1975 acabou rendendo bons resultados e, com isso, estipulou a reunião periódica dessas nações mais importantes. Com o passar do tempo, os membros integrantes dessa cúpula ficaram conhecidos como G8 e, hoje, contam com a participação de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Paralelamente, a atual cúpula do G8 também abre espaço para um representante da União Europeia.
Apesar da relevância da reunião, o encontro do G8 pretende criar um cenário informal em que esses importantes representantes políticos possam discutir os temas de maior relevância. Cada vez mais, as demandas mundiais se avolumam e, por isso, a agenda da reunião é preparada antecipadamente para que os temas de maior impacto não sejam simplesmente ignorados.
Entre os dias 8 e 10 de julho de 2009, a cúpula do G8 irá se reunir mais uma vez na cidade italiana de L’Aquila. Essa não é a primeira vez que o G8 se reúne em território italiano, sendo que a primeira oportunidade aconteceu no ano de 1980, na cidade de Veneza. No vindouro encontro, os membros do G8 têm uma pauta de assuntos bastante extensa para o agitado momento experimentado no cenário internacional.
No campo político, os membros pretendem discutir o recente golpe militar que se desenvolveu em Honduras e os distúrbios causados pelo resultado do processo eleitoral iraniano. Além disso, outro assunto de grande preocupação envolve os recentes testes bélicos ocorridos na Coreia do Norte e as violentas agitações de natureza político-religiosa ocorridos na China.
A segurança alimentar também é um ponto fundamental a ser discutido nessa nova reunião. Atualmente, mesmo com a obtenção de recordes na produção de grãos, o problema da fome vem se tornando cada vez mais alarmante. O incentivo a programas de controle de natalidade, novos modelos de distribuição da produção agrícola e a ajuda emergencial aos países mais necessitados serão pontos cruciais desta rodada de debates.
Outro velho e ainda importante tema a ser refletido no G8 gira em torno da emergência da questão ambiental. Desde a assinatura do Protocolo de Kyoto, várias metas são regularmente debatidas com os países envolvidos na assinatura desse importante tratado ambiental. A redução dos índices de emissão de CO2 é um ponto essencial para que o aquecimento global e outras catástrofes naturais sejam evitadas. Contudo, alguns países não se mostram proativos na busca por respostas para o problema.
Usualmente, as reuniões do G8 contam com uma série de protestos em que organizações não governamentais e outros movimentos criticam o papel desempenhado por esta cúpula. Apesar da relevância daquilo tudo que será debatido em L’Aquila, vários intelectuais e especialistas alertam que medidas de maior efeito deverão ser tomadas para que os objetivos saiam do papel. Sem dúvida, repensar o modelo de desenvolvimento das nações se tornou algo inevitável nestas últimas décadas.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola